Há dois anos desapareceu o chamado "monte Branco" com milhões e milhões de areia e deixou um penedo enorme de uma única pedra. Não fizeram nada não disseram nada...
Ano passado, desapareceu grande parte da areia do Portinho e ficaram calhaus... Não disseram nada Não fizeram nada...
Este ano, desapareceu muito mais areia e ficaram muitos mais calhaus... não vão fazer nada e o recanto mais belo do mundo ligado ao oceano Atlantico, com o mar calmo e azul, vai desaparecer e termina a praia para onde eu ia com dois anos.
Mas neste País tudo se perde e isso não conta!
Maria Luísa
p.s.tenho de travar minhas caminhadas na net, pois me estou a ressentir e eu estou em tratamento por muitos meses e a continuar... com muitos limites!
Eheheheh... a isto é que eu chamo "rematar com Chave de Ouro", Poeta! Refiro-me ao último verso, claro!
Europa, já te imagino Como a outra, a orbitar Congelada e sem destino, Numa mudez milenar...
Mas brinco, Europa... só brinco! Sei bem dos povos que, em ti, Trabalharão com afinco, Viverão como eu vivi...
Mas... que estranha nostalgia Me invadiu, tão de repente, Tolhendo dedos e voz?
Se o "esquema" se te avaria, Sobra-te sempre esta gente... Sobramos-te todos nós!
Está meio tonto, o meu sonetilho... comecei por imaginar a Europa a vogar pelo espaço, gelada... como o satélite de Júpiter que tem o mesmo nome... mas veio-me logo a "pieguice" à flor da pele, eheheh... nem eu nem ninguém pode saber exactamente como se irá comportar a Europa, em termos económicos... é uma daquelas crises que se estão a complicar de tal forma que não deixa grande oportunidade a previsões que possam vir a coincidir com a realidade... o que é certo é que nem a brincar eu consigo deixar a Europa vazia e gelada... pelo menos hoje, não estou a conseguir "brincar" com essa ideia...
Estou a lembrar-me, a propósito deste teu comentário, da praia - um imenso areal... - que ficava mesmo em frente da casa da avó Maria Augusta e para onde eu ia desde os primeiros meses de vida... também desapareceu toda. Completamente. Está reduzida a um paredão de enormes pedras entre as águas do Tejo/Atlântico e a linha dos comboios...
Inimputável? Não sei... Inventemos novas vidas Regidas por nova lei E pelo sonho movidas
Porque o Homem continua E o mundo não se dissolve... Muito menos pr`a quem sua A ver se "isto" se resolve...
E, nesta diagonal Que o Tempo traça ao passar Sobre as mãos de quem trabalha,
Terei de ir ao hospital, Amanhã, se lá chegar... Nisso, não há quem me valha...
Foi o que me ocorreu... embora me pareça uma tontice misturar, num único sonetilho, alguma especulação (?) sobre o futuro da humanidade e o meu futurozinho imediato... mas estes sonetilhos nunca tiveram outras pretensões que não a de tagarelar um pouco consigo, Poeta. Apenas lhes impus o improviso. Por isso mesmo é que gosto de os deixar tal como "nascem", mais palavra, menos palavra, mais pequenina emenda, menos pequenina emenda...
Claro... sobretudo para nós, os que vamos tendo acesso às novas tecnologias... mas olha que acabei de passar cinco horitas no banco de uma sala de espera hospitalar e, garanto-te, pareceram-me cinco eternidades! O tempo, para além daqueles metros quadrados em que por várias vezes quase adormeci na cadeira, corria à alucinante velocidade de sempre... mas o tempo emocional, em certas circunstâncias, parece prevalecer sobre o outro... Estás melhor? Abraço grande!
Move-se o mundo, lá fora... Já não é tempo de heróis, É tempo de todos nós Pois tudo se passa "agora" E aquilo que vem "depois" Pode bem tornar-se atroz...
Arrumemos nossa casa Sem esquecer a sintonia Com tudo o que nos rodeia... Contra nós, o ferro em brasa De opressiva tirania Que promete a Panaceia...
Contra nós, esta loucura De nos dizerem que nada, Ou quase nada nos cabe! Estamos contra a ditadura E essa história mal contada Que quer que tudo desabe!
Saiu em sextilhas, Poeta... vez por outra, lá vem assim... Abraço grande!
Os diplomatas são pessoas inteligentes (muito)e falam pouco, só se expandem por palavras com vários significados, na altura certa. Por isso escolheram a diplomacia. Os erros pertencem aos outros, eles são os conciliadores...apenas conciliadores!Assim se aprende a escrever e a viver.
A idéia era deixares este comments no "Prosa-poética" onde também estou a escrever. E preciso de ti por lá, uma única vez.Só tenho o Jabei...e mais alguns amigos, poucos.
Tenho um exame feito a corpo inteiro e depois às mãos e mais análises. Ainda não prontos. Em Setembro (princípio) há nova consulta.
Mas a dor passou! O cansaço e as restrições continuam, dado se tratar de muitos meses mais. Por essa razão, não me aventuro a Nova Oeiras. Mas a dor passou...por enquanto... resultados, muito vão demorar, mas como digo acima, Setº. dirá mais alguma coisa. E parecia ser coisa fácil...eu sabia que não era.
Rancores? O que são rancores? - sei-o bem, mas nunca os sinto... - Naveguem, navegadores! Mente, Fernão, que eu não minto...
Apesar de habituada Às "loucuras"de improviso Fiquei um tanto espantada, Tive um ataque de riso
Ao escrever o que senti Logo na quadra primeira... Divagando é que o escrevi,
Nem sei bem por que tonteira Pois mal o fiz e reli, Vi que tinha feito asneira...
Ah, Poeta... acho que a primeira quadra é mais aquilo que se pode chamar um "reflexo" ocasionado pela leitura do seu sonetilho, do que uma resposta... estive mesmo, mesmo para apagar e refazer... mas a verdade é que foram exactamente essas, as primeiras palavras que me vieram. Um tanto ou quanto surreal... mas genuíno.
Não me peças desculpas, amiga! O importante, para já, é que continues o tratamento e o repouso, com uns pedacinhos de tempo que possas dedicar ao computador e à escrita. Já é muito bom sinal a dor ter passado! Vou já ao Prosa Poética!
O Chá move-se para perceber a conversa e depois, fazer politica evasiva e misteriosa...
Beijo para ti e familia. Quando apareces com a Mª. João? Já tenho saudades vossas. O naperon pintado que tua mulher mandou, está no meu quarto. Beijo para ela.
Bem vão tentando mudar A Constituição de Abril Pr`a poderem cercear A liberdade civil...
Mas talvez ela se oponha E o "tiro pela culatra" Nos mostre a plena vergonha Do que ainda se idolatra
Pois não tendo eira nem beira, Sendo, assim, tão escravizado Encontre, o povo, maneira
De a cumprir, de a conservar... Seja de Abril o legado Que se não deixa curvar!
Boa noite, Poeta! "Desencantei" uns ficheiros velhos que andavam perdidos nos cafundós dos cafundós do 2008 e... nem queira saber! Pelas minhas "contas" precisava de uns dois anos de trabalho, só - tão só - para actualizar e reformular a esmagadora maioria dos poemas que tenho nos meus blogs... É cada asneira, cada dissonância! Tenho muitos poemas e noto perfeitamente que foram feitos "em cima do joelho", a correr, sem cuidado nem revisão... quase como estes sonetilhos que, pelo menos, têm a "desculpa" de serem respostas improvisadas... Mas vou ter mesmo de arranjar tempo para começar a rever tudo... não faço ideia de como o farei, mas acredito que se justifica. Abraço grande!
Mas a verdade, Poeta, É que há proteína a mais Para alguns, só para uns tantos... Aqueles que não têm xeta Estão, tal como os animais, No pior dos desencantos...
Não sei bem como vai ser, Mas isto há-de transformar-se, Sei-o bem, tenho a certeza! O homem tem de crescer, De aprender a revoltar-se Contra a ideia de riqueza!
E calem-se os indecisos, Conformados, conformistas Que não sabem dizer não, Porque esses não são precisos! Trabalhadores e artistas São a nossa solução!
Pois eu cá, se lhe deixar - seja o que for, não me interessa! - Alguma coisa que usei Terá ele de mo roubar - e é bom que o faça depressa!- Porque eu nada lhe darei!
Só nas palavras que gasto A pronunciar-lhe o nome Já lhe vou dando demais, Portanto, nelas desbasto! Vou satisfazendo a "fome" Com palavras nacionais...
E daqui, deste passeio, - que assim se chama esta rua... - Não lhe aceno de certeza! Não é por ele que recheio Tudo de versos à lua E às forças da natureza!
Saiu-me em sextilhas, mais uma vez, Poeta... Abraço grande!
O Facebook fechou o meu mural por segurança. Alguém tentou lá entrar!
Agora não tenho acesso ao face nem a ninguém do face.
Pedem uma quantidade de documentos oficiais para terem a certeza que sou eu.
Eu não sei como o fazer, pois até a foto de perfil tem de pertencer a um documento oficial . Talvez o António Garrochinho que é meu amigo me possa ajudar. Dá o meu email para ele me escrever (é uma tentativa)
Peço desculpa mas estive ausente todo o dia, com uma amiga, no hospital. Estranhíssimo,. teres o mural encerrado... acho que tenho, na caixa do correio, uma identificação qualquer feita por ti... mas não te preocupes que eu tento dar o teu endereço ao António Garrochinho. Eu nem sequer me lembro de como foi que entrei para o Face... só me lembro que não foi com grande entusiasmo, pelo menos no início... há cada maluqueira neste mundo virtual... Mas fica o recado dado... a não ser que também eu esteja bloqueada...
Faz-nos bem rir, Maria Luísa! Já me tenho rido com gosto por aqui, sobretudo no Facebook... Hoje de manhã o teu mural estava bem visível para mim, mas teremos que contar com a hipótese de o que está visível para uma poder não o estar para outra. Essas ferramentas de "esconde-esconde" existem no Face... eu é que acho que tenho mais que fazer, não me interessa andar a perder tempo com elas e, acima de tudo, o que torno público para um, torno para todos os hipotéticos leitores. Se quero dizer qualquer coisa mais pessoal, utilizo a caixinha do correio que, supostamente, deve ser privada. Abraço, amiga!
Ainda não foi consumido, mas já acredito que um dia possa acontecer. Acredito!
Ontem estive numa casa no sopé da Serra da Arrábida, mas em caminhos planos e bons e no final tomei chá, mas já não podia ouvir a conversa de uma senhora que interrompia todas as pessoas que falavam. Ao tomar´o chá a odiei e não a poude calar... Acontece muito.
Vergonha será miséria Mas não para o miserável, Só pr`a quem o reduziu A tal sorte, a tal pilhéria, E, perante a fortuna estável, Serenamente dormiu...
Miséria não é pobreza, É pior, muito pior! É viver sem condições, É não ter pão sobre a mesa, Nem ter alívio pr`á dor Na pior das aflições!
Vidinha mais comedida, Nunca fez mal a ninguém... Mas faz mal perder direitos E perder tanto da vida Também não faz nenhum bem... Quem foi que falou de eleitos???
Só tenho dom pr`a poemas, Não sei de aumento de estratos, Nem sequer quero saber... Sobrevivo a mil problemas Mas nunca assinei contratos Com esses tais do poder!
Saiu-me "aguerridito", este, eheheh... ou melhor, "estas" sextilhas saíram-me bem aguerridas ...
Não tenho cartão nenhum E, se há missão pr`a cumprir, Cumpro-a fazendo o jejum Que já fiz... ou está pr`a vir...
Venho de uns versos ligeiros, Muito alegres, saltitantes E encontro estes, guerreiros, Com massacres intrigantes...
Que grande, imenso contraste, Quando o versejo me leva Da alegria ao seu inverso...
E a resposta é um desastre Porque espera que eu me atreva A pôr tal surpresa em verso...
Olá, Poeta! Venho mesmo de uns versos levezinhos... uma espécie de conversa de mulheres que querem divagar um pouco, esquecer os dias maus... não me foi muito fácil responder a este seu sonetilho, mas tudo o que me ocorreu está aí... Abraço grande!
Noutras circunstâncias, provavelmente não me teria sentido tão surpreendida por esta palavra, Maria Luísa... penso que o "choque" adveio da leveza e da graciosidade em que ainda me encontrava mergulhada e para as quais me tinha transportado o poema que acabara de publicar no http://poetaporkedeusker.blogs.sapo.pt/... a poesia, em mim, também é um estado de espírito, e eu vinha a "flutuar" nas palavras daquele soneto...
Não, eu nunca fui vendida! Flores a mais são de mau gosto, São como a causa perdida De quem foge ao próprio imposto...
Flores a mais, num tempo destes, Representam distracção Ou miopias agrestes Que provocam má visão...
Eu respeito, quanto baste, Qualquer criatura viva, Não me interessa a flor já morta,
Nem acuso esse desgaste, Mas não procuro quem priva Com quanto a mim não me importa...
Já perdi um que estava menos horrível do que este... estou a tentar prestar atenção à TV - hoje lembrei-me de a ligar... - e acabo de ouvir o Nuno Melo a chamar-me "instrumento". Não a mim, em particular, claro, mas eu também não tenho sido nenhuma elogiadora das políticas de direita... Como eu uso uma simbologia muito própria ao nível da linguagem, suponho que ele me tenha elogiado imaginando o contrário... pronto, estou para aqui a teclar com os meus botões, não ligue... Abraço grande!
ResponderEliminarDesportivamente
e no são
deveria ser assim...
uma bela tarde Luisa
ResponderEliminarmas eu gosto
é mais à minhoto...refiro o termo
não queria susceptibilizar fosse o que fosse...
beijinhos pra ti
ResponderEliminarembora vejas cravos nos mercados
esses são criados em estufa todo o ano
os dela são só da época
Abril e Maio...
feliz fim de semana...
A finalidade dos Jogos é mesmo essa que digo!
ResponderEliminarBoa tarde para ti...Abraço,
M. L.
Essa do mais à minhoto não entendo. Sorry
ResponderEliminarM.L.
Então fico esperando a próxima Primavera.
ResponderEliminarTalvez chegue até lá...
M.L.
São de estufa. Não têm cheiro, nem doçura, nem amor.
ResponderEliminarM.L.
ResponderEliminare vê que é genuíno...Português...
o entoar...
feliz noite Luisa
ResponderEliminaros próximos acredito que sim... Tal como eu...
ResponderEliminaros de estufa
é como dizes...vejo que percebes...
ResponderEliminarvi o teu Portinho da Arrábida
na TV
e sinceramente
umas passadeiras em areia
material natural existente
fariam da tortura de chegar à beira mar
um outro sabor...
que nem sequer dispendioso
50 metros x 5 passadeiras= 250 metros
( 250 x 2 de largura x 0.05 de altura)
= 25 metros cúbicos...
uma ninharia...
E NÃO SÃO PAREDÕES OU ESPORÕES
QUE RESOLVERÃO O PROBLEMA...
a mais bonita noite feliz pra ti...
“Imagina-te”
ResponderEliminarImaginação sem limites
Não consegue imaginar
Por vezes só dá palpites
Outras nem consegue dar
Não perguntem razões
Deste vazio imenso
Onde habitam alucinações
Num deambular intenso
Sei que existe fronteira
A separar hemisférios
Só não tenho a certeza
Quem da loucura se abeira
Ao deixar o reino dos sérios
Se imagina com clareza.
Imaginar não faz mal...
ResponderEliminarÉ, muito pelo contrário,
Um belíssimo sinal
Deste nosso... imaginário...
O que me chama a atenção
É tão só a dor imensa
Que há na imaginação
De um ser vivo que mal pensa...
Sofrimento! É essa a linha,
Se se fala de fronteira...
Nenhuma razão mesquinha
Me poderia levar
A falar desta maneira
Se não fosse pr`ó lembrar...
Abraço grande, Poeta!
Estou perfeitamente de acordo contigo, Maria Luísa! Paz e União!
ResponderEliminarAbraço grande!
Falta uma peça é o chá.
ResponderEliminarHá dois anos desapareceu o chamado "monte Branco" com milhões e milhões de areia e deixou um penedo enorme de uma única pedra.
ResponderEliminarNão fizeram nada
não disseram nada...
Ano passado, desapareceu grande parte da areia do Portinho e ficaram calhaus...
Não disseram nada
Não fizeram nada...
Este ano, desapareceu muito mais areia e
ficaram muitos mais calhaus...
não vão fazer nada e o recanto mais belo do mundo ligado ao oceano Atlantico, com o mar calmo e azul, vai desaparecer e termina a praia para onde eu ia com dois anos.
Mas neste País tudo se perde e isso não conta!
Maria Luísa
p.s.tenho de travar minhas caminhadas na net, pois me estou a ressentir e eu estou em tratamento por muitos meses e a continuar...
com muitos limites!
Abraço
Mª. Luísa
Acredito!
ResponderEliminarM. L.
Não entendi o último terceto que é o principal...
ResponderEliminarPaciência...M. L.
Minha amiga não entendo...
ResponderEliminarO chá uma peça? Explica melhor.
M.L.
um feliz dia então...
ResponderEliminar“Adeus velha Europa”
ResponderEliminarDesagregação anunciada
Que só por hipocrisia
Não foi já consumada
Vai acontecer nesse dia
Quando não houver nada
Que possa ser mais valia
Da agregação planeada
Onde este fim se inscrevia
Após a efémera duração
Europa eu de ti me despeço
Sempre alegre e a cantar
E após esta bela canção
Só mais uma coisa te peço
Leva o coelho e o gaspar.
Prof Eta
Eheheheh... a isto é que eu chamo "rematar com Chave de Ouro", Poeta! Refiro-me ao último verso, claro!
ResponderEliminarEuropa, já te imagino
Como a outra, a orbitar
Congelada e sem destino,
Numa mudez milenar...
Mas brinco, Europa... só brinco!
Sei bem dos povos que, em ti,
Trabalharão com afinco,
Viverão como eu vivi...
Mas... que estranha nostalgia
Me invadiu, tão de repente,
Tolhendo dedos e voz?
Se o "esquema" se te avaria,
Sobra-te sempre esta gente...
Sobramos-te todos nós!
Está meio tonto, o meu sonetilho... comecei por imaginar a Europa a vogar pelo espaço, gelada... como o satélite de Júpiter que tem o mesmo nome... mas veio-me logo a "pieguice" à flor da pele, eheheh... nem eu nem ninguém pode saber exactamente como se irá comportar a Europa, em termos económicos... é uma daquelas crises que se estão a complicar de tal forma que não deixa grande oportunidade a previsões que possam vir a coincidir com a realidade... o que é certo é que nem a brincar eu consigo deixar a Europa vazia e gelada... pelo menos hoje, não estou a conseguir "brincar" com essa ideia...
Abraço grande, Poeta!
Estou a lembrar-me, a propósito deste teu comentário, da praia - um imenso areal... - que ficava mesmo em frente da casa da avó Maria Augusta e para onde eu ia desde os primeiros meses de vida... também desapareceu toda. Completamente. Está reduzida a um paredão de enormes pedras entre as águas do Tejo/Atlântico e a linha dos comboios...
ResponderEliminarAbraço grande, Maria Luísa!
É um chá de letras.
ResponderEliminarDepende do assunto de que se fala à volta dele,
ResponderEliminarassim ele toma o titulo, muito variável...
Neste caso que apresenta será um chá de letras!
Mª. Luísa
“Inimputável”
ResponderEliminarO bem estar social
Não parece razoável
Por isso o presente sinal
P’ra torná-lo insustentável
P’ra concretizar sem prurido
Empobrecimento é inevitável
É lícito e para ser cumprido
Eu sei que não é agradável
Pobrezinho e agradecido
Por te deixarem viver
Neste equilíbrio instável
Agradece por teres morrido
Muito digno e a padecer
Na sociedade inimputável.
Inimputável? Não sei...
ResponderEliminarInventemos novas vidas
Regidas por nova lei
E pelo sonho movidas
Porque o Homem continua
E o mundo não se dissolve...
Muito menos pr`a quem sua
A ver se "isto" se resolve...
E, nesta diagonal
Que o Tempo traça ao passar
Sobre as mãos de quem trabalha,
Terei de ir ao hospital,
Amanhã, se lá chegar...
Nisso, não há quem me valha...
Foi o que me ocorreu... embora me pareça uma tontice misturar, num único sonetilho, alguma especulação (?) sobre o futuro da humanidade e o meu futurozinho imediato... mas estes sonetilhos nunca tiveram outras pretensões que não a de tagarelar um pouco consigo, Poeta. Apenas lhes impus o improviso. Por isso mesmo é que gosto de os deixar tal como "nascem", mais palavra, menos palavra, mais pequenina emenda, menos pequenina emenda...
só desejar um bom dia
ResponderEliminarDesejar um bom dia, é o máximo que se pode desejar...
ResponderEliminarUm bom dia para ti.
Maria Luísa
A natureza se transforma - hoje é assim, amanhã não se sabe...
ResponderEliminarO que me confunde é que nesta época presente,
tudo se passa com uma rapidez desmedida e
inexplicável.
Bj. Mª Luísa
Mas é ao amigo que tenho de perguntar:
ResponderEliminarQue peça falta ao chá?
Mª. Luísa
O chá sorri.
ResponderEliminarClaro... sobretudo para nós, os que vamos tendo acesso às novas tecnologias... mas olha que acabei de passar cinco horitas no banco de uma sala de espera hospitalar e, garanto-te, pareceram-me cinco eternidades! O tempo, para além daqueles metros quadrados em que por várias vezes quase adormeci na cadeira, corria à alucinante velocidade de sempre... mas o tempo emocional, em certas circunstâncias, parece prevalecer sobre o outro...
ResponderEliminarEstás melhor?
Abraço grande!
“Donos da república”
ResponderEliminarPor dinheiro desvairado
Sem trazer nada de novo
Assim anda o nosso estado
Esquecendo este seu povo
Muito poucos vivem bem
À conta da despesa pública
Tratam os outros com desdém
São os donos da república
Com uma história infinita
De muito episódio atroz
Esta república madrasta
Onde a crise é congénita
E ninguém levanta a voz
Dizendo republicanos basta.
Prof Eta
O chá não está louco.
ResponderEliminarMove-se o mundo, lá fora...
ResponderEliminarJá não é tempo de heróis,
É tempo de todos nós
Pois tudo se passa "agora"
E aquilo que vem "depois"
Pode bem tornar-se atroz...
Arrumemos nossa casa
Sem esquecer a sintonia
Com tudo o que nos rodeia...
Contra nós, o ferro em brasa
De opressiva tirania
Que promete a Panaceia...
Contra nós, esta loucura
De nos dizerem que nada,
Ou quase nada nos cabe!
Estamos contra a ditadura
E essa história mal contada
Que quer que tudo desabe!
Saiu em sextilhas, Poeta... vez por outra, lá vem assim...
Abraço grande!
O CHÁ É DIPLOMATA!
ResponderEliminarOs diplomatas são pessoas inteligentes (muito)e falam pouco, só se expandem por
palavras com vários significados, na altura certa. Por isso escolheram a diplomacia.
Os erros pertencem aos outros, eles são os conciliadores...apenas conciliadores!Assim se aprende a escrever e a viver.
M. L.
O chá nunca enlouquece! Que ilusão e desconhecimento, meu amigo.
ResponderEliminarProcure, por favor e encontra o porquê!
M. L.
O chá sorri...mas só na altura certa...
ResponderEliminarM.L.
A idéia era deixares este comments no
ResponderEliminar"Prosa-poética" onde também estou a escrever.
E preciso de ti por lá, uma única vez.Só tenho o Jabei...e mais alguns amigos, poucos.
Tenho um exame feito a corpo inteiro e depois às mãos e mais análises. Ainda não prontos.
Em Setembro (princípio) há nova consulta.
Mas a dor passou! O cansaço e as restrições continuam, dado se tratar de muitos meses
mais. Por essa razão, não
me aventuro a Nova Oeiras. Mas a dor passou...por enquanto...
resultados, muito vão demorar, mas como digo acima, Setº. dirá mais alguma coisa.
E parecia ser coisa fácil...eu sabia que não era.
Desculpa a minha ausência.
Bj. Mª. Luísa
“Navegantes”
ResponderEliminarNavega a favor dos ventos
Qu’eles mostram o caminho
Ainda que só, por momentos
Nunca te julgues sozinho
Tens o vento por companhia
Que a bom porto te levará
Se navegares em harmonia...
Tempestade um dia surgirá
Então não esqueças os valores
Aprendidos durante a bonança
Recusa essa frase repetida
Põe de parte os rancores
Coloca nos pratos da balança
As diversas fases da vida.
Rancores? O que são rancores?
ResponderEliminar- sei-o bem, mas nunca os sinto... -
Naveguem, navegadores!
Mente, Fernão, que eu não minto...
Apesar de habituada
Às "loucuras"de improviso
Fiquei um tanto espantada,
Tive um ataque de riso
Ao escrever o que senti
Logo na quadra primeira...
Divagando é que o escrevi,
Nem sei bem por que tonteira
Pois mal o fiz e reli,
Vi que tinha feito asneira...
Ah, Poeta... acho que a primeira quadra é mais aquilo que se pode chamar um "reflexo" ocasionado pela leitura do seu sonetilho, do que uma resposta... estive mesmo, mesmo para apagar e refazer... mas a verdade é que foram exactamente essas, as primeiras palavras que me vieram. Um tanto ou quanto surreal... mas genuíno.
Abraço grande!
Não me peças desculpas, amiga! O importante, para já, é que continues o tratamento e o repouso, com uns pedacinhos de tempo que possas dedicar ao computador e à escrita. Já é muito bom sinal a dor ter passado!
ResponderEliminarVou já ao Prosa Poética!
O chá move-se.
ResponderEliminarObrigada. Beijos para ti,
ResponderEliminarMª. Luísa
O Chá move-se para perceber a conversa e depois, fazer politica evasiva e misteriosa...
ResponderEliminarBeijo para ti e familia. Quando apareces com a Mª. João? Já tenho saudades vossas.
O naperon pintado que tua mulher mandou, está no meu quarto. Beijo para ela.
Mª. Luísa
“Obrigado fmi”
ResponderEliminarAbril e revolução
Crise a cada esquina
Está verde p’ro peão
Nesta luta intestina
Obrigado fmi
Pelo negro pintado
Nesse outro peão aí
À parede encostado
Negro não é esperança
Roubar não é Abril
Esquina é contradição
Nunca houve mudança
Deste povo servil
A quem roubaram a razão.
Iremos passar para dar um beijinho e cumprimentos ao formidável casal, só não prometo quando, mas assim que surgir a oportunidade telefonarei.
ResponderEliminarOlho este povo cansado
ResponderEliminarDe ver a vida a passar,
De viver das aparências
Na mais dura das carências
A que o vão fazer chegar
Para o terem bem calado…
Meu povo tão criativo
De poetas e cantores,
Gente com caule e raiz
Que nunca será feliz
Nas mãos dessoutros senhores
Que o querem manter cativo
Vejo a gente nas canseiras
Das noites sobressaltadas
Pelos dias sempre incertos
E nos olhos, muito abertos,
Mil perguntas formuladas
De mil e uma maneiras…
Ah, povo, se fores dormir
E eles tentarem sufocar
O cravo que tens no peito
Ao roubarem-te o direito
De viver, de trabalhar
E, até mesmo, de sentir…
Oiço a gente que murmura,
Que duvida e quer respostas,
Que não consegue entender
Porque é que há-de acontecer
Que as regras sejam impostas
Como eram na ditadura
Povo de garra, com garras,
Que rosna sob um chicote
Que a muitos soube calar
Mas que recusa aceitar
As loucuras de um Quixote
Que nunca vestiu samarra!
Não cales, povo que sofres,
A tua revolta imposta
Por amos que não quiseste!
Mostra-te indómito, agreste,
Diz que Portugal não gosta
Que disponham dos seus cofres
Ou da força dos seus braços
Cansados de não saber
Se, amanhã terão trabalho,
Se lhes fica, ou não, retalho
Do que puderem colher,
Do fruto dos seus cansaços!
[este povo inda tem garra
pr` a derrubar os chicotes
que o tentarem subjugar
e recusa-se a aceitar
ordens vindas de Quixotes
sem burrico e sem samarra!]
Maria João Brito de Sousa
O chá é sol.
ResponderEliminarSetúbal,
ResponderEliminarhttp://www.novaera-alvorecer.net/setubal_cidade.htm
Amigo,
ResponderEliminarLindo o que me enviou. obrigada!
Mª. luísa
Lindo o que escreveste. Precioso!
ResponderEliminarUm abraço,
Mª. Luísa
Mas me parece que não conheces este povo!
ResponderEliminarBrilhante o que escreveste...sem sombra de dúvida, mas que sonhaste com um povo que deixou de exixtir há muito...sonhaste...
Desculpa, este meu não acreditar no povo!...
Mª. Luísa
Por vezes é sombra e assassinio. Depende das pessoas que o bebem...
ResponderEliminarMª. Luísa
Ressalvo "Existir" ...
ResponderEliminarM. l.
Fico esperando!
ResponderEliminarBeijos,
M. Luísa
Obrigada, Maria Luísa!
ResponderEliminarAbraço grande!
Eu ainda acredito, amiga... tenho de acreditar! Não conseguiria sobreviver de outra forma... e ainda há gente com garra!
ResponderEliminarBeijinho!
“Novos treinadores”
ResponderEliminarO monstro volta a ganhar
No jogos dos matraquilhos
Desta vez contra o Gaspar
Do país dos maltrapilhos
E volta a troika pr’avisar
Nada de mais choradeiras
Os golos são pr’a marcar
Comprem novas chuteiras
E afinem a pontaria
Estamos cá para treinar
Mas não esta porcaria
Chicotada psicológica já
Ponham o treinador a andar
Que essa táctica já não dá.
Prof Eta
Não lhe posso responder...
ResponderEliminarNem sequer sei quem ganhou!
Se acaso cheguei a ler,
Pode crer que "me passou"...
Às vezes oiço falar
Mas, desta vez, nem ouvi...
Ou não consigo lembrar
Porque decerto o esqueci...
Todos temos de filtrar
Tanta, tanta informação
Que não podemos guardar...
É processo inconsciente
Que nunca sei "desligar"
Na minha cansada mente...
Poeta, eu sei que não será muito normal... mas é a verdade. Não sei mesmo!
Abraço grande!
O chá não faz guerra.
ResponderEliminarAmigo,
ResponderEliminarO chá não é um guerreiro, mas um diplomata.
Mas muitas guerras planeadas a tomar o chá.
O chá tem uma missão coberta de espinhos.
Verdade seja dita!
Mª. Luísa
“Povo fmi”
ResponderEliminarDe um trago a revolução
No cálice que transbordava
De violência e opressão
Contra o que discordava
Pois era só de uns a razão
Enquanto não se acordava
Acordou-se p’rá discussão
Mas se alguém pensava
Que por haver constituição
Alguma coisa mudava
Podem desenganar-se então
Pois agora é gente escrava
De um poder de repressão
Que antes não se imaginava.
Bem vão tentando mudar
ResponderEliminarA Constituição de Abril
Pr`a poderem cercear
A liberdade civil...
Mas talvez ela se oponha
E o "tiro pela culatra"
Nos mostre a plena vergonha
Do que ainda se idolatra
Pois não tendo eira nem beira,
Sendo, assim, tão escravizado
Encontre, o povo, maneira
De a cumprir, de a conservar...
Seja de Abril o legado
Que se não deixa curvar!
Boa noite, Poeta!
"Desencantei" uns ficheiros velhos que andavam perdidos nos cafundós dos cafundós do 2008 e... nem queira saber! Pelas minhas "contas" precisava de uns dois anos de trabalho, só - tão só - para actualizar e reformular a esmagadora maioria dos poemas que tenho nos meus blogs...
É cada asneira, cada dissonância!
Tenho muitos poemas e noto perfeitamente que foram feitos "em cima do joelho", a correr, sem cuidado nem revisão... quase como estes sonetilhos que, pelo menos, têm a "desculpa" de serem respostas improvisadas...
Mas vou ter mesmo de arranjar tempo para começar a rever tudo... não faço ideia de como o farei, mas acredito que se justifica.
Abraço grande!
O chá encontrou o céu.
ResponderEliminarO chá tem pureza de costumes,
ResponderEliminarajuda os que o bebem
escuta conversas
e conhece os bons e os maus
e não divulga...
Merece o céu!
M. Luísa
“Jangada de pedra”
ResponderEliminarA Espanha resgatada
Pobres de los hermanos
Com a siesta renegada
Vão aumentar os enganos
A hacienda penhorada
Fará crescer os danos
A finança não vê nada
Lucros não são humanos
Crescem sem proteína
Nesta ibéria pré falida
Onde o homem não medra
Nem com muita cafeína
Ele tem esperança de vida
Nesta jangada de pedra.
Prof Eta
Mas a verdade, Poeta,
ResponderEliminarÉ que há proteína a mais
Para alguns, só para uns tantos...
Aqueles que não têm xeta
Estão, tal como os animais,
No pior dos desencantos...
Não sei bem como vai ser,
Mas isto há-de transformar-se,
Sei-o bem, tenho a certeza!
O homem tem de crescer,
De aprender a revoltar-se
Contra a ideia de riqueza!
E calem-se os indecisos,
Conformados, conformistas
Que não sabem dizer não,
Porque esses não são precisos!
Trabalhadores e artistas
São a nossa solução!
Feliz tarde de Domingo, Poeta!
O chá é quase tudo.
ResponderEliminarÉ quase...
ResponderEliminarO Tudo é o Todo!
Talvez interesse ler "Juventude" no
http://prosa-poetica.blogs.sapo.pt
Maria Luísa
“Viela fmi”
ResponderEliminarMuito obrigada fmi
Tenho casa singela
Podes aumentar imi
Eu fico aqui à janela
A acenar só para ti
Vês como sou bela
E nunca m’esqueci
Do nome desta viela
É uma viela de paixão
Sou fã da alta finança
Dou minha vida por ela
Tanta é minha devoção
Vou deixar-te d’herança
A minha casa amarela.
Pois eu cá, se lhe deixar
ResponderEliminar- seja o que for, não me interessa! -
Alguma coisa que usei
Terá ele de mo roubar
- e é bom que o faça depressa!-
Porque eu nada lhe darei!
Só nas palavras que gasto
A pronunciar-lhe o nome
Já lhe vou dando demais,
Portanto, nelas desbasto!
Vou satisfazendo a "fome"
Com palavras nacionais...
E daqui, deste passeio,
- que assim se chama esta rua... -
Não lhe aceno de certeza!
Não é por ele que recheio
Tudo de versos à lua
E às forças da natureza!
Saiu-me em sextilhas, mais uma vez, Poeta...
Abraço grande!
O chá faz lei.
ResponderEliminar“Se é crise”
ResponderEliminarSe é crise exige reacção
Se é crise exige sagacidade
Se é crise não é negação
Sendo crise de verdade
Se é crise exige perseverança
Se é crise não é estagnação
Se é crise traz a mudança
Que conduz à evolução
Se é crise apela à criatividade
Se é crise apela ao lado humano
Se é crise é incitamento
Se é crise é oportunidade
De viver o lado mundano
Vive a crise do momento.
Mas se ela mata e consome,
ResponderEliminarNos reduz esta existência,
Nos faz passar tanta fome...
Onde está essa coerência?
Que remédio tenho eu!
Enquanto por cá estiver,
Religioso ou ateu,
Tenho mesmo de a viver!
Mas gastar o tempo inteiro
A agradecer-lhe por ser
Um apelo... isso é loucura!
Resolva-se ela, primeiro
Que eu nunca pedi pr`á ter,
Nem provoquei tal ruptura!
Abraço grande, Poeta!
O chá não tem dores.
ResponderEliminarSim o chá faz lei!
ResponderEliminarAbraço,
M. l.
Mª. João
ResponderEliminarO Facebook fechou o meu mural por segurança. Alguém tentou lá entrar!
Agora não tenho acesso ao face nem a ninguém do face.
Pedem uma quantidade de documentos oficiais para terem a certeza que sou eu.
Eu não sei como o fazer, pois até a foto de perfil
tem de pertencer a um documento oficial .
Talvez o António Garrochinho que é meu amigo me possa ajudar. Dá o meu email para ele me escrever (é uma tentativa)
luisa_maldonado@sapo.pt
Eu estou incomunicável !
M. L.
O chá não tem dores, mas pode aliviar muitas dores.
ResponderEliminarMª. Luísa
“A longa corrida”
ResponderEliminarTrabalhadores e artistas
São uma boa solução
Raro são conformistas
Não raro dizem que não
Tudo o que vês te darei
Se quebrares a vontade...
Obrigado, não precisarei
Eu fiz voto de humildade
É longo o meu caminho
Mas nunca pela riqueza
Tudo o que vês eu produzo
Sem descanso, com carinho
E podes ter plena certeza
Nunca o fiz para meu uso.
Peço desculpa mas estive ausente todo o dia, com uma amiga, no hospital.
ResponderEliminarEstranhíssimo,. teres o mural encerrado... acho que tenho, na caixa do correio, uma identificação qualquer feita por ti... mas não te preocupes que eu tento dar o teu endereço ao António Garrochinho. Eu nem sequer me lembro de como foi que entrei para o Face... só me lembro que não foi com grande entusiasmo, pelo menos no início... há cada maluqueira neste mundo virtual...
Mas fica o recado dado... a não ser que também eu esteja bloqueada...
Pode até tussir a vaca,
ResponderEliminarPode a galinha ter dentes,
Podem cortar-lhes, qual faca,
Seus anseios mais ardentes,
Que eles jamais hão-de vergar!
Estarão prontos a morrer
Muito antes de atraiçoar
A causa em que ousaram crer!
Será, sim, longo o caminho,
Mas é profícua a jornada
E sempre belos, os frutos
Do que nos dão, com carinho,
Sempre ao longo desta estrada,
Sempre gente... não produtos!
Cá está, muito manquito, mas muito sentido... esta coisa de passar um dia no hospital, cansa-me até à alma...
Abraço grande, Poeta!
O chá é consumido.
ResponderEliminarO chá, própriamente , foi consumido ao longo dos séculos e fez parte dos pobres e dos ricos.
ResponderEliminarDeu acesso à pobreza e à riqueza,
às casas de chá,
às Gueixas
e a muitos cerimoniais
Aos Bórgia
e ao veneno que nele se inseria
e matava.
Mas o chá é puro, como tudo,
depende do intuito de quem o usa.
Mª. Luísa
Fizeste-me rir com gosto...essa de tu poderes estar também bloqueada...e continuo a rir!
ResponderEliminarHá muito não ria, obrigada.
Isto, na realidade, é uma confusão de doidos.
Mª. Luísa
Faz-nos bem rir, Maria Luísa! Já me tenho rido com gosto por aqui, sobretudo no Facebook...
ResponderEliminarHoje de manhã o teu mural estava bem visível para mim, mas teremos que contar com a hipótese de o que está visível para uma poder não o estar para outra. Essas ferramentas de "esconde-esconde" existem no Face... eu é que acho que tenho mais que fazer, não me interessa andar a perder tempo com elas e, acima de tudo, o que torno público para um, torno para todos os hipotéticos leitores. Se quero dizer qualquer coisa mais pessoal, utilizo a caixinha do correio que, supostamente, deve ser privada.
Abraço, amiga!
“País de equivalentes”
ResponderEliminarTens filhos tens cadilhos
Isso era antes da troika
Agora só arranjas sarilhos
Se és pai na nação heróica
Orçamento vai determinar
Que te cortem a dedução
E por cada filho a estudar
Já escolheram a profissão
Poderá ser licenciado
Ou até tirar o mestrado
Se não fôr filho de doutor
Pode chegar a canalizador
Se não tiver jeito paciência
Pode pedir a equivalência.
Prof Eta
A paciência está guardada
ResponderEliminarPr`a lidar c`o semelhante...
De resto, não guardo nada;
Sou poeta militante!
Pode crer que assim será!
Criadas as condições,
O pobre não chega lá
Por mais qu`estude as lições...
E, se for inteligente,
Se superar as lacunas
Destes desníveis de classe,
Dirão que é um delinquente
E um perigo pr`ás fortunas
[ganhas nas casas de passe...]
Muito metafórico... demasiado, talvez, naquilo das "casas de passe" ...mas penso que a mensagem passa.
Abraço grande, Poeta!
O chá foi consumido.
ResponderEliminar“Alternantes”
ResponderEliminarPassos foi a São Bento
Mas não é p’ra alternar
Observando o momento
Deve ser p’ra nos lixar
O Coelho de mansinho
Passou-lhe a mão p’lo pêlo
Coitado do Zé Povinho
Não se livra do novelo
Cada vez mais enleado
Na trama escorregadia
Das alternância constantes
Meu povo foste enganado
P’la bendita democracia
Que te oferece alternantes.
Prof Eta
O chá venceu.
ResponderEliminarEstão sempre as "classes" no jogo
ResponderEliminarE as finanças, pelo meio,
Já nervosas, gritam "Fogo!"
À chama que eu mesma ateio...
Morre o senhor Capital
Afogado em seu dinheiro...
Por bem, não vai e, a mal,
Quer que morramos primeiro...
Há, então, que erradicá-lo
Antes que ele nos erradique
Por sermos, sempre, os culpados...
Ó gente; é decapitá-lo!
Mesmo que alguém nos critique
Ficam os dados lançados!
Obrigada e um bom fim de semana, Poeta!
Ainda não foi consumido, mas já acredito que um dia possa acontecer. Acredito!
ResponderEliminarOntem estive numa casa no sopé da Serra da Arrábida, mas em caminhos planos e bons e no
final tomei chá, mas já não podia ouvir a conversa de uma senhora que interrompia todas as pessoas que falavam.
Ao tomar´o chá a odiei e não a poude calar...
Acontece muito.
Abraço, Mª. luísa
No meu caso e da senhora que interrompia tudo, não venceu!
ResponderEliminarM. L.
“Grandes do mundo”
ResponderEliminarLiberta a tua mente
Dessa pobre escravatura
Apensas sendo consequente
Terás um dom que perdura
E não deixes que matem
Todos os nossos profetas
Nem tão pouco desbaratem
O que eram nossas metas
Ajuda a construir o futuro
Como foi escrito um dia
P’los grandes do nosso mundo
Não é este presente impuro
Que despertará p’rá alegria
Dum devir assim fecundo.
Foi no libertar da mente
ResponderEliminarQue tomei a decisão
De ficar, humanamente,
Do lado do meu irmão...
Futuros são construídos
Por decisões similares;
Pouco a pouco conseguidos,
Dados, depois, aos milhares...
Se algo eu tiver que negar,
Seja a decisão de uns poucos
Sobre este mundo solar
E, se necessário for,
Poder morder esses loucos
Que mo tentarem impor...
Cá está, meio manquito, mas "rimado", Poeta!
O chá tem o controlo.
ResponderEliminar“Sem vergonha”
ResponderEliminarNão são corruptos senhora
Perdoai aos delatores
Que falaram fora d’hora
Contra os senhores doutores
Eles têm um poderoso dom
Mas é um poder inato
Transforma mau em bom
E faz aumentar o estrato
Não é ilícito enriquecer
Na sociedade actual
Que parece decidida
Em a vergonha esquecer
Que a vergonha afinal
É ficar pobre tod’a vida.
Prof Eta
ResponderEliminarVergonha será miséria
Mas não para o miserável,
Só pr`a quem o reduziu
A tal sorte, a tal pilhéria,
E, perante a fortuna estável,
Serenamente dormiu...
Miséria não é pobreza,
É pior, muito pior!
É viver sem condições,
É não ter pão sobre a mesa,
Nem ter alívio pr`á dor
Na pior das aflições!
Vidinha mais comedida,
Nunca fez mal a ninguém...
Mas faz mal perder direitos
E perder tanto da vida
Também não faz nenhum bem...
Quem foi que falou de eleitos???
Só tenho dom pr`a poemas,
Não sei de aumento de estratos,
Nem sequer quero saber...
Sobrevivo a mil problemas
Mas nunca assinei contratos
Com esses tais do poder!
Saiu-me "aguerridito", este, eheheh... ou melhor, "estas" sextilhas saíram-me bem aguerridas ...
O chá é colorido.
ResponderEliminarO controlo de quê, meu querido?
ResponderEliminarJá nada tem controlo!
M. Luísa
O chá é colorido!
ResponderEliminarMas muitas vezes fica colorido de vergonha...
Te referes a esse colorido?
Mª. Luísa
“Troika com carinho”
ResponderEliminarPortugal assim entendeu
Não havia outro caminho
E portanto empobreceu
Disse a troika com carinho
Se algum dia enriqueceu
De uma ilusão não passou
Quem gasta o que não é seu
Fez a cama onde se deitou
Não foi falta de dinheiro
Que entrou aos milhões
E nada ficou como dantes
Perguntem aos governantes
E do templo os vendilhões
Que desses não me abeiro.
Prof Eta
E esses tais governantes...
ResponderEliminarO que acha que irão dizer?
Já deram provas bastantes
Do que nos querem fazer!
O falatório, contudo,
Continua... os demagogos
Julgam ter o povo mudo
Sem o resgatar de afogos...
Alguns acreditarão
Nas patranhas que debitam...
Eu nem sei como é possível!?
Connosco fica a razão
Daqueles que nunca acreditam
Nesse "paleio" intangível!
Abraço grande, Poeta!
É o chá que te segue.
ResponderEliminarSe ele me segue,
ResponderEliminareu imagino uma Deusa
caminhando algures
olhando as montanhas azuis escuras
e o mar, ainda, muito ao longe...
Caminho para Santa Catarina - Brasil.
Mª. Luísa
“Vórtice consumista”
ResponderEliminarJuventude não é caminho
Se não fôr sendo integrada
Pelas esquinas do carinho
Duma mão mais calejada
Juventude cedo se esgota
Nas vielas do desalento
E o amor já não brota
Terminou o seu momento
Já a visão humanitária
É uma causa perdida
Em prol duma outra visão
Toda a teia societária
Está sendo consumida
Num vórtice, numa ilusão.
O melhor compromisso é o chá.
ResponderEliminarNão me comprometo com o chá,
ResponderEliminarmas com a água...sem chá!
Mª. Luísa
Eu já escrevi no "prosa"
ResponderEliminarA juventude não é uma raça
e de repente tem 20 anos...depois 40...a seguir 60...depois 80...se tiver a sorte de não morrer, muito antes.
A vida se ri
sempre que quer
e se transforma
quando menos se espera...
Maria luísa
“O massacre”
ResponderEliminarNão esqueças o cartão
O crédito é fundamental
P’ra cumprires a missão
Do foro governamental
E o carro com motorista
Que te leva a todo o lado
A um jantar intimista
De negócios povoado
Por mais que se insista
O povo fica arredado
Deste banquete final
Dou-te apenas uma pista
Com o povo massacrado
Isto pode acabar mal.
Prof Eta
Não tenho cartão nenhum
ResponderEliminarE, se há missão pr`a cumprir,
Cumpro-a fazendo o jejum
Que já fiz... ou está pr`a vir...
Venho de uns versos ligeiros,
Muito alegres, saltitantes
E encontro estes, guerreiros,
Com massacres intrigantes...
Que grande, imenso contraste,
Quando o versejo me leva
Da alegria ao seu inverso...
E a resposta é um desastre
Porque espera que eu me atreva
A pôr tal surpresa em verso...
Olá, Poeta! Venho mesmo de uns versos levezinhos... uma espécie de conversa de mulheres que querem divagar um pouco, esquecer os dias maus... não me foi muito fácil responder a este seu sonetilho, mas tudo o que me ocorreu está aí...
Abraço grande!
O chá não tem sede.
ResponderEliminarEle é a própria sede!...
ResponderEliminarMª. L.
Tanto se fala de massacres...mas sabem o que é um massacre?
ResponderEliminarÉ tenebroso demais para se falar... "só por falar"...
Mª. Luísa
Na realidade se fala de "massacres" só por falar...
ResponderEliminarmas um massacre não é para usar a palavra... "só por usar"...
Mª. Luísa
Noutras circunstâncias, provavelmente não me teria sentido tão surpreendida por esta palavra, Maria Luísa... penso que o "choque" adveio da leveza e da graciosidade em que ainda me encontrava mergulhada e para as quais me tinha transportado o poema que acabara de publicar no http://poetaporkedeusker.blogs.sapo.pt/... a poesia, em mim, também é um estado de espírito, e eu vinha a "flutuar" nas palavras daquele soneto...
ResponderEliminarAbraço grande, amiga!
“Depenados”
ResponderEliminarDo massacre silencioso
Não se fala, parece mal
Voz do povo era pernicioso
Se acaso chegasse ao jornal
Podem até chamar-lhe festa
Que com a fome latente
Povo nem sequer protesta
Todos à festa minha gente
Sem saúde e sem dinheiro
Tenham por vós mil cuidados
Encham a barriga primeiro
Não se sintam massacrados
Cheguem nutridos a Janeiro
Para serem depenados.
Prof Eta
O chá está quase.
ResponderEliminar“Jogadas”
ResponderEliminarPortugal hoje vai jogar
No campo da austeridade
Assim é quem quer ganhar
Acima da sua possibilidade
Muitos golos quer marcar
Com um jogador milionário
Mas acaba por defraudar
Todo e qualquer erário
E o público a aplaudir
Nem sabe da penalização
Por cada golo falhado
Mas vai ter que contribuir
Com a saúde e a habitação
E grita, o árbitro foi comprado.
Prof Eta
“Este é um novo dia”
ResponderEliminarParaíso não está perdido
Está por agora esquecido
Porque andas combalido
Escravo dum mau sentido
Que te aprisiona o coração
E te ofusca a consciência
Porque segues a televisão
E lhe prestas a obediência
Mas podes dizer basta
No dia da tua libertação
Em que a felicidade te guia
Te liberta da vida madrasta
Escutarás uma nova canção
Este será o teu novo dia.
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=mj5aAPmgGgQ
O sinal continua tão fraquinho que nem deu para ouvir o vídeo todo, Poeta... terei de voltar para ver se o consigo reproduzir integralmente.
ResponderEliminarNem perdido nem esquecido;
Está sempre um passo adiante
Dum espaço nunca medido
Mas que é sempre equidistante
Entre nós, no já vivido,
E o que em nós quer ir avante;
Entre nós e o prometido
Pelo sonho triunfante...
Dessa alegria, Poeta,
Só se deverá falar
Se estiverem conquistadas
As fronteiras de uma meta
Que passam por não calar
Injustiças declaradas...
Abraço grande, Poeta!
Estou com apenas dois pontinhos num ícone indicador que só costuma funcionar com uma carga não inferior a cinco...
Já estou "depenada" há tanto,
ResponderEliminarTanto tempo que nem sei...
Se as penas formassem pranto,
Meu não era... eu já sequei!
Mas há massacres, não nego!
Alguns são muito evidentes,
Outros, como o desemprego,
Perniciosos, latentes,
Todos eles, porém, partilham
Dessa mesma iniquidade
E duma mesma fractura
Que a tantos de nós perfilham
Dizendo que a liberdade
Paga esta imensa factura...
Abraço grande, Poeta!
O sinal está fraquíssimo... já perdi este sonetilho que agora vai "reconstruído"...
Ah, mas que enorme verdade!
ResponderEliminarJogam-se vidas inteiras
Nesta absurda austeridade
Que afoga de mil maneiras
Proletários e burgueses...
Dos poetas... nem se fala,
Mas são eles, as mais das vezes,
A voz que nunca se cala,
A que sempre denuncia,
A que não tem qualquer medo
De dizer toda a verdade...
[este jogo, em teoria,
parece nem ter segredo;
reproduz realidade...]
Vi agora que fiquei offline... a ligação foi-se completamente. Vou tentar fazer copy/paste
O chá é puro.
ResponderEliminar“Felicidade descartável”
ResponderEliminarConsumir ideias estéreis
Desígnio da humanidade
E quantas mais tivéreis
Mais estéril a sociedade
Vendidas por atacado
Geram lucro de milhões
São produto envenenado
Propostas como soluções
Para os males incuráveis
Da sociedade de consumo
Que busca a felicidade
Nesses bens descartáveis
Onde não encontra rumo
Logo desde a tenra idade.
Um chazinho de certeza.
ResponderEliminar“Complemento da austeridade”
ResponderEliminarArroto a austeridade
Porque estou satisfeito
Venha agora a liberdade
Senão acabo desfeito
A ditadura do imposto
Para uns é fenomenal
A mim põe-me indisposto
Das tripas já passo mal
O medicamento ia comprar
Mas perdi o rendimento
Por causa dessa desdita
Não mais parei de obrar
Tornou-se num complemento
A minha tripa anda aflita.
Prof Eta
Fisiológica abordagem
ResponderEliminarDeste pacto de agressão
A dar-nos a clara imagem
Do que os governantes são
Embora eu tenha a vantagem
Da liberdade de acção
Pode uma ou outra viagem
Impor-se-me, qual excepção...
Amanhã volto a não estar
Disponível para a escrita
E a produção dos poemas...
O dinheiro que eu gastar
Fará crescer a desdita
De quem narra estes problemas...
Abraço grande, Poeta!
“Amigos”
ResponderEliminarAmigos os sacrifícios
Ainda não terminaram
Amigos dos sete ofícios
Por onde é que andaram
Amigos de Portugal
Eu sou apenas um amigo
Não faço isto por mal
Só me preocupo contigo
Amigos esta lição
Que a aprendam também
Antes de irem à dispensa
Amigos do coração
Isto é p’ro vosso bem
A austeridade compensa.
Prof Eta
O chá espera.
ResponderEliminarVou tentar melhorar...
ResponderEliminarAbraço,
Mª. Luísa
“Inferno fiscal”
ResponderEliminarJá que brincam c’o fogo
Uma coisa eu vos direi
Antevejo um só epílogo
Bem quente p’lo que sei
A equidade é no inferno
Onde todos possam arder
Pois chegado o inverno
Não haverá o que comer
Fala-vos a voz da razão
A fome por conselheira
Não é bom instrumento
Falta o gás para o fogão
Acende-se uma fogueira
É chegado o momento.
Sou uma mulher de acção
ResponderEliminarQue já nem consegue agir...
O Poeta tem razão
E eu tenho o corpo a dormir...
Tanta, tanta privação
Há-de este povo sentir
Que já nem tem dimensão;
Ninguém a pode medir...
Tanto insano sacrifício
Nos será agora imposto
Com esta nova agressão
Que agora tem seu início...
É bem mais do que um desgosto;
Escravatura e submissão!
Não estou bem. Peço desculpa.
O chá detalhou.
ResponderEliminar“Sacrifício supremo”
ResponderEliminarA política é uma arte
Vendem a morte em vida
Pagarás só uma parte
Sobretaxa está decidida
É em suaves prestações
De apenas sete pontos
P’ra evitar revoluções
E não aceitamos descontos
Que o momento é de carpir
A morte assim vendida
Pela falta de sustento
Sacrifício supremo a seguir
Já que a morte está decidida
Será mesmo a cem porcento.
Prof Eta
Nem sei se ainda versejo
ResponderEliminarDepois de ouvir o Gaspar...
(perdi agora este ensejo
de o não dizer, de o calar...)
Enquanto a troika acredite,
Ficam eles muito contentes
Pensando que a treta evite
Estes protestos crescentes
"Diga lá, de olhos nos olhos;
Está a mentir ou não está?
Fala-nos, sorrindo, em escolhos,
Mas só vemos é montanhas
E já não chegamos lá
Com tantas, tantas patranhas!"
Enfim, Poeta... é isto mesmo. Abraço grande!
O chá é austero.
ResponderEliminar“Que tristeza”
ResponderEliminarNo meu país, que tristeza
A pobreza e o rancor
Mas não é com certeza
Esta a tristeza maior
Maior é a cruel frieza
Dos números em redor
Matam a esperança indefesa
Os humanos e a sua dor
Tristes podemos viver
Mas com um fim em vista
Que impulsione a mudança
Ou então tudo se irá perder
Pois não há quem resista
Se lhe mataram a esperança.
“Dedo espetado”
ResponderEliminarUm ou dois dedos no ar
Isso que diferença faz
O azar veio p’ra ficar
Manifestação vem atrás
Logo a polícia de choque
Os guardiões do regime
Ao serviço do escroque
Que a vida nos comprime
Juntaram-se uns milhões
Levaram muita paulada
Foi um dia bem passado
Ainda entoaram refrões
E a malta segue animada
Com o dedo espetado.
Prof Eta
Chá com gema de ovo.
ResponderEliminar“Gás mostarda”
ResponderEliminarPortugal no bom caminho
Deste profundo abismo
Diz o alemão com carinho
P’ra disfarçar o nazismo
E toda a Europa refém
Dum IV Reich demente
Tratam todos com desdém
Mas não gazeiam a gente
Só que a malta gaseada
Com as medidas impostas
Anda com a cabeça marada
Não sei se do gás mostarda
Ou se é do gás das bostas
Que governam a manada.
Prof Eta
O chá está pobre.
ResponderEliminarEle andam pr`aí uns "gases"
ResponderEliminar- todos eles demagogia... -
Que tentam, sendo loquazes,
Impor a filosofia
Da catástrofe iminente,
Da pura fatalidade...
Anda tudo descontente,
Quer-se mais frontalidade!
Mas, sendo em frente o caminho,
Embora estando confuso
O percurso, neste mapa,
Cada dia mais baixinho
Fala a voz que agora acuso
De "lixar-nos" à socapa...
A net continua doidinha de todo, Poeta. Só agora lhe consigo responder...
Abraço grande!
“Indiferença”
ResponderEliminarHoje já não importa
A flôr no meu jardim
Os lírios à tua porta
Ou n’avenida o jasmin
O respeito foi vendido
Os princípios alienados
Nada pode ser perdido
E tudo são resultados
Por isso não conta a flôr
E se espezinha a terra
Por isso acabou o amor
E se fomenta a guerra
Por isso estás indolor
Com tanta dor na terra.
Não, eu nunca fui vendida!
ResponderEliminarFlores a mais são de mau gosto,
São como a causa perdida
De quem foge ao próprio imposto...
Flores a mais, num tempo destes,
Representam distracção
Ou miopias agrestes
Que provocam má visão...
Eu respeito, quanto baste,
Qualquer criatura viva,
Não me interessa a flor já morta,
Nem acuso esse desgaste,
Mas não procuro quem priva
Com quanto a mim não me importa...
Já perdi um que estava menos horrível do que este... estou a tentar prestar atenção à TV - hoje lembrei-me de a ligar... - e acabo de ouvir o Nuno Melo a chamar-me "instrumento". Não a mim, em particular, claro, mas eu também não tenho sido nenhuma elogiadora das políticas de direita... Como eu uso uma simbologia muito própria ao nível da linguagem, suponho que ele me tenha elogiado imaginando o contrário... pronto, estou para aqui a teclar com os meus botões, não ligue...
Abraço grande!
Chá para bananas.
ResponderEliminar“Salvar Portugal”
ResponderEliminarExistem muitas recitas
Não passam de intenções
Algumas foram eleitas
Para salvar as nações
Mas estando a afundar
Já não geramos riqueza
Com esta forma de pensar
Já penso que é esperteza
De quem anda a receitar
Mas não pretende a cura
Só prolongar a doença
Enquanto o doente respirar
Impõe-lhe uma vida dura
Assim a receita compensa.
Prof Eta
“Democracia ao contrário”
ResponderEliminarHoje há manifestação
Mas isso que importa
Se sinto a revolução
Aqui no peito já morta
Os últimos revolucionários
Já há muito que partiram
Substituídos por otários
Que os poderes assumiram
Assaltando a democracia
Pois têm as costas quentes
P’ra ir secando o erário
E ao povo que os financia
Já apelidam de dementes
É democracia ao contrário.
O chá coincidentemente.
ResponderEliminarIsso é bem mais complicado
ResponderEliminarDo que possa parecer...
Pobrezinho do coitado
Que ainda o não saiba ver!
Há gente que não parou
Desde o tempo do fascismo,
Que luta e sempre lutou
Contra todo o pessimismo!
Gente que tão pouco pede,
Que oferece mais que o que tem,
Que trabalha noite e dia,
Que não desiste - nem cede -
De tentar ir inda além
Do que o mundo prometia...
Cá vai, fraquito... mas convicto!
Abraço grande, Poeta!
“Manifestação comercial”
ResponderEliminarManifestação é fogo
Que arde sem se ver
Meu povo foi a jogo
Este jogado p’lo poder
É o poder que não se vê
Quem manda não aparece
Hoje passa a rodos na têvê
E amanhã já se esquece
Teremos nova austeridade
Nesta loucura prometida
Que nos arrasta em espiral
E p’rá semana na cidade
A manifestação já decidida
Será no centro comercial.
Prof Eta
“Tinta negra”
ResponderEliminarO povo fala nos muros
Escutem o que ele diz
Quando começam são puros
Mas não prevejo final feliz
A vida não é um drama
Mas sim uma teia pegada
Quem tem muito, muitos trama
Quem não tem, tem vida tramada
Nos muros palavras d’ordem
Anseios p’ra vidas futuras
À procura duma regra
As palavras também mordem
Podem ser muito duras
Fundo branco, tinta negra.
Também são muito importantes,
ResponderEliminarEsses muros de que fala,
Nas injustiças gritantes
Que a juventude não cala...
Muito querer ou ter demais
Nunca foi muito saudável...
Há excedentes anormais
Frutos de um sistema instável
Neste mundo onde o pão falta!
Palavras ficam mais duras
Assim que a "tampa nos salta"
E morder... mordem-nos, sim,
Quando se tornam maduras
No nosso humano jardim...
Aqui vai, com algumas dificuldades "técnicas" pelo meio... penso que abri separadores a mais...
Abraço grande!
O chá tem esperança.
ResponderEliminar“Gerações e desilusões”
ResponderEliminarP’ró que lhes havia de dar
Quererem-nos pobrezinhos
Depois do imenso penar
Dos nossos avós e paizinhos
Pobre país sem produtividade
Onde entraram aos milhões
Para promover a equidade
Mas só comprámos desilusões
Os milhões foram encaixados
Onde muito bem sabemos
Mas não há provas de nada
Pobre país de desgraçados
Três gerações e sofremos
E a próxima está destroçada.
Prof Eta
Não há esperança
ResponderEliminarapenas lembranças...
Beijo,
M. L.
“Não”
ResponderEliminarUm futuro sombrio
Sob o sol abrasador
Imagino, não sorrio
Não imagino tanta dor
É no Verão, faz frio
No silêncio um clamor
Alma perdida, sem fio
Dum passado sem sabor
Sombrio, sem futuro
O presente assustador
Um mestre, uma missão
Fio condutor, bom auguro
Um contacto com o amor
Uma esperança?... Não!
Pobres, sim... não miseráveis
ResponderEliminarSem direitos nem saúde
Com sonhos inalcançáveis
De alcançar maior virtude!
Quando bem distribuídos,
Projectando o necessário,
Esforços - todos! - reunidos,
Basta um pequeno salário!
Todos entendemos, creio,
Que o luxo não faz sentido
Nem pode ser sustentável
E, se o não sabem, receio
Que esteja o mundo perdido
E o Homem... pouco viável!
Abraço grande, Poeta!
O chá está em jogo.
ResponderEliminarHá sempre a esperança da flor
ResponderEliminarConforme ela a descreveu...
- Vou rimar "flor" com "amor",
depois vejo o que isto deu... -
E "há sempre alguém que diz não",
Outra voz que grita: - Basta!
Depois, uma multidão
Que cresce enquanto se afasta,
Um lampejo e a lucidez
De quem espelha, no futuro,
A resposta a tais porquês...
Ouve, Poeta; não vês
Que o momento é mesmo duro
E pede mais que o que crês?
Saiu... e eu tenho exames - antigos - amanhã muito cedo. Abraço grande!