sábado, 18 de agosto de 2012

Jogos Olimpicos



JOGOS  OLIMPICOS              

Que significam Paz
E União entre os povos!

Lutemos por isso!


Maria Luísa

A arte Zen na Cerimônia do chá




162 comentários:


  1. Desportivamente
    e no são
    deveria ser assim...

    uma bela tarde Luisa

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  2. mas eu gosto
    é mais à minhoto...refiro o termo

    não queria susceptibilizar fosse o que fosse...

    beijinhos pra ti

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  3. embora vejas cravos nos mercados
    esses são criados em estufa todo o ano

    os dela são só da época
    Abril e Maio...

    feliz fim de semana...

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  4. A finalidade dos Jogos é mesmo essa que digo!

    Boa tarde para ti...Abraço,

    M. L.

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  5. Essa do mais à minhoto não entendo. Sorry

    M.L.

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  6. Então fico esperando a próxima Primavera.
    Talvez chegue até lá...

    M.L.

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  7. São de estufa. Não têm cheiro, nem doçura, nem amor.

    M.L.

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  8. e vê que é genuíno...Português...

    o entoar...

    feliz noite Luisa

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  9. os próximos acredito que sim... Tal como eu...

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  10. os de estufa
    é como dizes...vejo que percebes...

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  11. vi o teu Portinho da Arrábida
    na TV
    e sinceramente
    umas passadeiras em areia
    material natural existente

    fariam da tortura de chegar à beira mar
    um outro sabor...

    que nem sequer dispendioso
    50 metros x 5 passadeiras= 250 metros

    ( 250 x 2 de largura x 0.05 de altura)
    = 25 metros cúbicos...

    uma ninharia...

    E NÃO SÃO PAREDÕES OU ESPORÕES
    QUE RESOLVERÃO O PROBLEMA...

    a mais bonita noite feliz pra ti...

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  12. “Imagina-te”

    Imaginação sem limites
    Não consegue imaginar
    Por vezes só dá palpites
    Outras nem consegue dar

    Não perguntem razões
    Deste vazio imenso
    Onde habitam alucinações
    Num deambular intenso

    Sei que existe fronteira
    A separar hemisférios
    Só não tenho a certeza

    Quem da loucura se abeira
    Ao deixar o reino dos sérios
    Se imagina com clareza.

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  13. Imaginar não faz mal...
    É, muito pelo contrário,
    Um belíssimo sinal
    Deste nosso... imaginário...

    O que me chama a atenção
    É tão só a dor imensa
    Que há na imaginação
    De um ser vivo que mal pensa...

    Sofrimento! É essa a linha,
    Se se fala de fronteira...
    Nenhuma razão mesquinha

    Me poderia levar
    A falar desta maneira
    Se não fosse pr`ó lembrar...


    Abraço grande, Poeta!

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  14. Estou perfeitamente de acordo contigo, Maria Luísa! Paz e União!
    Abraço grande!

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  15. Há dois anos desapareceu o chamado "monte Branco" com milhões e milhões de areia e deixou um penedo enorme de uma única pedra.
    Não fizeram nada
    não disseram nada...

    Ano passado, desapareceu grande parte da areia do Portinho e ficaram calhaus...
    Não disseram nada
    Não fizeram nada...

    Este ano, desapareceu muito mais areia e
    ficaram muitos mais calhaus...
    não vão fazer nada e o recanto mais belo do mundo ligado ao oceano Atlantico, com o mar calmo e azul, vai desaparecer e termina a praia para onde eu ia com dois anos.

    Mas neste País tudo se perde e isso não conta!


    Maria Luísa

    p.s.tenho de travar minhas caminhadas na net, pois me estou a ressentir e eu estou em tratamento por muitos meses e a continuar...
    com muitos limites!

    Abraço

    Mª. Luísa

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  16. Não entendi o último terceto que é o principal...

    Paciência...M. L.

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  17. Minha amiga não entendo...

    O chá uma peça? Explica melhor.

    M.L.

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  18. “Adeus velha Europa”

    Desagregação anunciada
    Que só por hipocrisia
    Não foi já consumada
    Vai acontecer nesse dia

    Quando não houver nada
    Que possa ser mais valia
    Da agregação planeada
    Onde este fim se inscrevia

    Após a efémera duração
    Europa eu de ti me despeço
    Sempre alegre e a cantar

    E após esta bela canção
    Só mais uma coisa te peço
    Leva o coelho e o gaspar.

    Prof Eta

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  19. Eheheheh... a isto é que eu chamo "rematar com Chave de Ouro", Poeta! Refiro-me ao último verso, claro!

    Europa, já te imagino
    Como a outra, a orbitar
    Congelada e sem destino,
    Numa mudez milenar...

    Mas brinco, Europa... só brinco!
    Sei bem dos povos que, em ti,
    Trabalharão com afinco,
    Viverão como eu vivi...

    Mas... que estranha nostalgia
    Me invadiu, tão de repente,
    Tolhendo dedos e voz?

    Se o "esquema" se te avaria,
    Sobra-te sempre esta gente...
    Sobramos-te todos nós!

    Está meio tonto, o meu sonetilho... comecei por imaginar a Europa a vogar pelo espaço, gelada... como o satélite de Júpiter que tem o mesmo nome... mas veio-me logo a "pieguice" à flor da pele, eheheh... nem eu nem ninguém pode saber exactamente como se irá comportar a Europa, em termos económicos... é uma daquelas crises que se estão a complicar de tal forma que não deixa grande oportunidade a previsões que possam vir a coincidir com a realidade... o que é certo é que nem a brincar eu consigo deixar a Europa vazia e gelada... pelo menos hoje, não estou a conseguir "brincar" com essa ideia...

    Abraço grande, Poeta!

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  20. Estou a lembrar-me, a propósito deste teu comentário, da praia - um imenso areal... - que ficava mesmo em frente da casa da avó Maria Augusta e para onde eu ia desde os primeiros meses de vida... também desapareceu toda. Completamente. Está reduzida a um paredão de enormes pedras entre as águas do Tejo/Atlântico e a linha dos comboios...

    Abraço grande, Maria Luísa!

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  21. Depende do assunto de que se fala à volta dele,
    assim ele toma o titulo, muito variável...

    Neste caso que apresenta será um chá de letras!

    Mª. Luísa

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  22. “Inimputável”

    O bem estar social
    Não parece razoável
    Por isso o presente sinal
    P’ra torná-lo insustentável

    P’ra concretizar sem prurido
    Empobrecimento é inevitável
    É lícito e para ser cumprido
    Eu sei que não é agradável

    Pobrezinho e agradecido
    Por te deixarem viver
    Neste equilíbrio instável

    Agradece por teres morrido
    Muito digno e a padecer
    Na sociedade inimputável.

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  23. Inimputável? Não sei...
    Inventemos novas vidas
    Regidas por nova lei
    E pelo sonho movidas

    Porque o Homem continua
    E o mundo não se dissolve...
    Muito menos pr`a quem sua
    A ver se "isto" se resolve...

    E, nesta diagonal
    Que o Tempo traça ao passar
    Sobre as mãos de quem trabalha,

    Terei de ir ao hospital,
    Amanhã, se lá chegar...
    Nisso, não há quem me valha...


    Foi o que me ocorreu... embora me pareça uma tontice misturar, num único sonetilho, alguma especulação (?) sobre o futuro da humanidade e o meu futurozinho imediato... mas estes sonetilhos nunca tiveram outras pretensões que não a de tagarelar um pouco consigo, Poeta. Apenas lhes impus o improviso. Por isso mesmo é que gosto de os deixar tal como "nascem", mais palavra, menos palavra, mais pequenina emenda, menos pequenina emenda...

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  24. Desejar um bom dia, é o máximo que se pode desejar...
    Um bom dia para ti.

    Maria Luísa

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  25. A natureza se transforma - hoje é assim, amanhã não se sabe...

    O que me confunde é que nesta época presente,
    tudo se passa com uma rapidez desmedida e
    inexplicável.

    Bj. Mª Luísa

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  26. Mas é ao amigo que tenho de perguntar:

    Que peça falta ao chá?

    Mª. Luísa

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  27. Claro... sobretudo para nós, os que vamos tendo acesso às novas tecnologias... mas olha que acabei de passar cinco horitas no banco de uma sala de espera hospitalar e, garanto-te, pareceram-me cinco eternidades! O tempo, para além daqueles metros quadrados em que por várias vezes quase adormeci na cadeira, corria à alucinante velocidade de sempre... mas o tempo emocional, em certas circunstâncias, parece prevalecer sobre o outro...
    Estás melhor?
    Abraço grande!

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  28. “Donos da república”

    Por dinheiro desvairado
    Sem trazer nada de novo
    Assim anda o nosso estado
    Esquecendo este seu povo

    Muito poucos vivem bem
    À conta da despesa pública
    Tratam os outros com desdém
    São os donos da república

    Com uma história infinita
    De muito episódio atroz
    Esta república madrasta

    Onde a crise é congénita
    E ninguém levanta a voz
    Dizendo republicanos basta.

    Prof Eta

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  29. Move-se o mundo, lá fora...
    Já não é tempo de heróis,
    É tempo de todos nós
    Pois tudo se passa "agora"
    E aquilo que vem "depois"
    Pode bem tornar-se atroz...

    Arrumemos nossa casa
    Sem esquecer a sintonia
    Com tudo o que nos rodeia...
    Contra nós, o ferro em brasa
    De opressiva tirania
    Que promete a Panaceia...

    Contra nós, esta loucura
    De nos dizerem que nada,
    Ou quase nada nos cabe!
    Estamos contra a ditadura
    E essa história mal contada
    Que quer que tudo desabe!

    Saiu em sextilhas, Poeta... vez por outra, lá vem assim...
    Abraço grande!

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  30. O CHÁ É DIPLOMATA!

    Os diplomatas são pessoas inteligentes (muito)e falam pouco, só se expandem por
    palavras com vários significados, na altura certa. Por isso escolheram a diplomacia.
    Os erros pertencem aos outros, eles são os conciliadores...apenas conciliadores!Assim se aprende a escrever e a viver.

    M. L.

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  31. O chá nunca enlouquece! Que ilusão e desconhecimento, meu amigo.
    Procure, por favor e encontra o porquê!

    M. L.

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  32. O chá sorri...mas só na altura certa...

    M.L.

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  33. A idéia era deixares este comments no
    "Prosa-poética" onde também estou a escrever.
    E preciso de ti por lá, uma única vez.Só tenho o Jabei...e mais alguns amigos, poucos.


    Tenho um exame feito a corpo inteiro e depois às mãos e mais análises. Ainda não prontos.
    Em Setembro (princípio) há nova consulta.

    Mas a dor passou! O cansaço e as restrições continuam, dado se tratar de muitos meses
    mais. Por essa razão, não
    me aventuro a Nova Oeiras. Mas a dor passou...por enquanto...
    resultados, muito vão demorar, mas como digo acima, Setº. dirá mais alguma coisa.
    E parecia ser coisa fácil...eu sabia que não era.

    Desculpa a minha ausência.

    Bj. Mª. Luísa

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  34. “Navegantes”

    Navega a favor dos ventos
    Qu’eles mostram o caminho
    Ainda que só, por momentos
    Nunca te julgues sozinho

    Tens o vento por companhia
    Que a bom porto te levará
    Se navegares em harmonia...
    Tempestade um dia surgirá

    Então não esqueças os valores
    Aprendidos durante a bonança
    Recusa essa frase repetida

    Põe de parte os rancores
    Coloca nos pratos da balança
    As diversas fases da vida.

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  35. Rancores? O que são rancores?
    - sei-o bem, mas nunca os sinto... -
    Naveguem, navegadores!
    Mente, Fernão, que eu não minto...

    Apesar de habituada
    Às "loucuras"de improviso
    Fiquei um tanto espantada,
    Tive um ataque de riso

    Ao escrever o que senti
    Logo na quadra primeira...
    Divagando é que o escrevi,

    Nem sei bem por que tonteira
    Pois mal o fiz e reli,
    Vi que tinha feito asneira...


    Ah, Poeta... acho que a primeira quadra é mais aquilo que se pode chamar um "reflexo" ocasionado pela leitura do seu sonetilho, do que uma resposta... estive mesmo, mesmo para apagar e refazer... mas a verdade é que foram exactamente essas, as primeiras palavras que me vieram. Um tanto ou quanto surreal... mas genuíno.

    Abraço grande!

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  36. Não me peças desculpas, amiga! O importante, para já, é que continues o tratamento e o repouso, com uns pedacinhos de tempo que possas dedicar ao computador e à escrita. Já é muito bom sinal a dor ter passado!
    Vou já ao Prosa Poética!

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  37. Obrigada. Beijos para ti,

    Mª. Luísa

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  38. O Chá move-se para perceber a conversa e depois, fazer politica evasiva e misteriosa...

    Beijo para ti e familia. Quando apareces com a Mª. João? Já tenho saudades vossas.
    O naperon pintado que tua mulher mandou, está no meu quarto. Beijo para ela.

    Mª. Luísa

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  39. “Obrigado fmi”

    Abril e revolução
    Crise a cada esquina
    Está verde p’ro peão
    Nesta luta intestina

    Obrigado fmi
    Pelo negro pintado
    Nesse outro peão aí
    À parede encostado

    Negro não é esperança
    Roubar não é Abril
    Esquina é contradição

    Nunca houve mudança
    Deste povo servil
    A quem roubaram a razão.

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  40. Iremos passar para dar um beijinho e cumprimentos ao formidável casal, só não prometo quando, mas assim que surgir a oportunidade telefonarei.

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  41. Olho este povo cansado

    De ver a vida a passar,

    De viver das aparências

    Na mais dura das carências

    A que o vão fazer chegar

    Para o terem bem calado…



    Meu povo tão criativo

    De poetas e cantores,

    Gente com caule e raiz

    Que nunca será feliz

    Nas mãos dessoutros senhores

    Que o querem manter cativo



    Vejo a gente nas canseiras

    Das noites sobressaltadas

    Pelos dias sempre incertos

    E nos olhos, muito abertos,

    Mil perguntas formuladas

    De mil e uma maneiras…





    Ah, povo, se fores dormir

    E eles tentarem sufocar

    O cravo que tens no peito

    Ao roubarem-te o direito

    De viver, de trabalhar

    E, até mesmo, de sentir…



    Oiço a gente que murmura,

    Que duvida e quer respostas,

    Que não consegue entender

    Porque é que há-de acontecer

    Que as regras sejam impostas

    Como eram na ditadura



    Povo de garra, com garras,

    Que rosna sob um chicote

    Que a muitos soube calar

    Mas que recusa aceitar

    As loucuras de um Quixote

    Que nunca vestiu samarra!

    Não cales, povo que sofres,

    A tua revolta imposta

    Por amos que não quiseste!

    Mostra-te indómito, agreste,

    Diz que Portugal não gosta

    Que disponham dos seus cofres

    Ou da força dos seus braços

    Cansados de não saber

    Se, amanhã terão trabalho,

    Se lhes fica, ou não, retalho

    Do que puderem colher,

    Do fruto dos seus cansaços!



    [este povo inda tem garra

    pr` a derrubar os chicotes

    que o tentarem subjugar

    e recusa-se a aceitar

    ordens vindas de Quixotes

    sem burrico e sem samarra!]





    Maria João Brito de Sousa

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  42. Amigo,

    Lindo o que me enviou. obrigada!

    Mª. luísa

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  43. Lindo o que escreveste. Precioso!

    Um abraço,

    Mª. Luísa

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  44. Mas me parece que não conheces este povo!

    Brilhante o que escreveste...sem sombra de dúvida, mas que sonhaste com um povo que deixou de exixtir há muito...sonhaste...

    Desculpa, este meu não acreditar no povo!...

    Mª. Luísa

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  45. Por vezes é sombra e assassinio. Depende das pessoas que o bebem...

    Mª. Luísa

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  46. Ressalvo "Existir" ...

    M. l.

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  47. Fico esperando!

    Beijos,

    M. Luísa

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  48. Eu ainda acredito, amiga... tenho de acreditar! Não conseguiria sobreviver de outra forma... e ainda há gente com garra!

    Beijinho!

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  49. “Novos treinadores”

    O monstro volta a ganhar
    No jogos dos matraquilhos
    Desta vez contra o Gaspar
    Do país dos maltrapilhos

    E volta a troika pr’avisar
    Nada de mais choradeiras
    Os golos são pr’a marcar
    Comprem novas chuteiras

    E afinem a pontaria
    Estamos cá para treinar
    Mas não esta porcaria

    Chicotada psicológica já
    Ponham o treinador a andar
    Que essa táctica já não dá.

    Prof Eta

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  50. Não lhe posso responder...
    Nem sequer sei quem ganhou!
    Se acaso cheguei a ler,
    Pode crer que "me passou"...

    Às vezes oiço falar
    Mas, desta vez, nem ouvi...
    Ou não consigo lembrar
    Porque decerto o esqueci...

    Todos temos de filtrar
    Tanta, tanta informação
    Que não podemos guardar...

    É processo inconsciente
    Que nunca sei "desligar"
    Na minha cansada mente...


    Poeta, eu sei que não será muito normal... mas é a verdade. Não sei mesmo!

    Abraço grande!

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  51. Amigo,

    O chá não é um guerreiro, mas um diplomata.

    Mas muitas guerras planeadas a tomar o chá.

    O chá tem uma missão coberta de espinhos.

    Verdade seja dita!

    Mª. Luísa

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  52. “Povo fmi”

    De um trago a revolução
    No cálice que transbordava
    De violência e opressão
    Contra o que discordava

    Pois era só de uns a razão
    Enquanto não se acordava
    Acordou-se p’rá discussão
    Mas se alguém pensava

    Que por haver constituição
    Alguma coisa mudava
    Podem desenganar-se então

    Pois agora é gente escrava
    De um poder de repressão
    Que antes não se imaginava.

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  53. Bem vão tentando mudar
    A Constituição de Abril
    Pr`a poderem cercear
    A liberdade civil...

    Mas talvez ela se oponha
    E o "tiro pela culatra"
    Nos mostre a plena vergonha
    Do que ainda se idolatra

    Pois não tendo eira nem beira,
    Sendo, assim, tão escravizado
    Encontre, o povo, maneira

    De a cumprir, de a conservar...
    Seja de Abril o legado
    Que se não deixa curvar!


    Boa noite, Poeta!
    "Desencantei" uns ficheiros velhos que andavam perdidos nos cafundós dos cafundós do 2008 e... nem queira saber! Pelas minhas "contas" precisava de uns dois anos de trabalho, só - tão só - para actualizar e reformular a esmagadora maioria dos poemas que tenho nos meus blogs...
    É cada asneira, cada dissonância!
    Tenho muitos poemas e noto perfeitamente que foram feitos "em cima do joelho", a correr, sem cuidado nem revisão... quase como estes sonetilhos que, pelo menos, têm a "desculpa" de serem respostas improvisadas...
    Mas vou ter mesmo de arranjar tempo para começar a rever tudo... não faço ideia de como o farei, mas acredito que se justifica.
    Abraço grande!

    ResponderEliminar
  54. O chá tem pureza de costumes,
    ajuda os que o bebem
    escuta conversas
    e conhece os bons e os maus
    e não divulga...

    Merece o céu!

    M. Luísa

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  55. “Jangada de pedra”

    A Espanha resgatada
    Pobres de los hermanos
    Com a siesta renegada
    Vão aumentar os enganos

    A hacienda penhorada
    Fará crescer os danos
    A finança não vê nada
    Lucros não são humanos

    Crescem sem proteína
    Nesta ibéria pré falida
    Onde o homem não medra

    Nem com muita cafeína
    Ele tem esperança de vida
    Nesta jangada de pedra.

    Prof Eta

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  56. Mas a verdade, Poeta,
    É que há proteína a mais
    Para alguns, só para uns tantos...
    Aqueles que não têm xeta
    Estão, tal como os animais,
    No pior dos desencantos...

    Não sei bem como vai ser,
    Mas isto há-de transformar-se,
    Sei-o bem, tenho a certeza!
    O homem tem de crescer,
    De aprender a revoltar-se
    Contra a ideia de riqueza!

    E calem-se os indecisos,
    Conformados, conformistas
    Que não sabem dizer não,
    Porque esses não são precisos!
    Trabalhadores e artistas
    São a nossa solução!

    Feliz tarde de Domingo, Poeta!

    ResponderEliminar
  57. É quase...

    O Tudo é o Todo!

    Talvez interesse ler "Juventude" no

    http://prosa-poetica.blogs.sapo.pt

    Maria Luísa

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  58. “Viela fmi”

    Muito obrigada fmi
    Tenho casa singela
    Podes aumentar imi
    Eu fico aqui à janela

    A acenar só para ti
    Vês como sou bela
    E nunca m’esqueci
    Do nome desta viela

    É uma viela de paixão
    Sou fã da alta finança
    Dou minha vida por ela

    Tanta é minha devoção
    Vou deixar-te d’herança
    A minha casa amarela.

    ResponderEliminar
  59. Pois eu cá, se lhe deixar
    - seja o que for, não me interessa! -
    Alguma coisa que usei
    Terá ele de mo roubar
    - e é bom que o faça depressa!-
    Porque eu nada lhe darei!

    Só nas palavras que gasto
    A pronunciar-lhe o nome
    Já lhe vou dando demais,
    Portanto, nelas desbasto!
    Vou satisfazendo a "fome"
    Com palavras nacionais...

    E daqui, deste passeio,
    - que assim se chama esta rua... -
    Não lhe aceno de certeza!
    Não é por ele que recheio
    Tudo de versos à lua
    E às forças da natureza!


    Saiu-me em sextilhas, mais uma vez, Poeta...
    Abraço grande!

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  60. “Se é crise”

    Se é crise exige reacção
    Se é crise exige sagacidade
    Se é crise não é negação
    Sendo crise de verdade

    Se é crise exige perseverança
    Se é crise não é estagnação
    Se é crise traz a mudança
    Que conduz à evolução

    Se é crise apela à criatividade
    Se é crise apela ao lado humano
    Se é crise é incitamento

    Se é crise é oportunidade
    De viver o lado mundano
    Vive a crise do momento.

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  61. Mas se ela mata e consome,
    Nos reduz esta existência,
    Nos faz passar tanta fome...
    Onde está essa coerência?

    Que remédio tenho eu!
    Enquanto por cá estiver,
    Religioso ou ateu,
    Tenho mesmo de a viver!

    Mas gastar o tempo inteiro
    A agradecer-lhe por ser
    Um apelo... isso é loucura!

    Resolva-se ela, primeiro
    Que eu nunca pedi pr`á ter,
    Nem provoquei tal ruptura!


    Abraço grande, Poeta!

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  62. Sim o chá faz lei!

    Abraço,

    M. l.

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  63. Mª. João

    O Facebook fechou o meu mural por segurança. Alguém tentou lá entrar!

    Agora não tenho acesso ao face nem a ninguém do face.

    Pedem uma quantidade de documentos oficiais para terem a certeza que sou eu.

    Eu não sei como o fazer, pois até a foto de perfil
    tem de pertencer a um documento oficial .
    Talvez o António Garrochinho que é meu amigo me possa ajudar. Dá o meu email para ele me escrever (é uma tentativa)

    luisa_maldonado@sapo.pt

    Eu estou incomunicável !

    M. L.

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  64. O chá não tem dores, mas pode aliviar muitas dores.

    Mª. Luísa

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  65. “A longa corrida”

    Trabalhadores e artistas
    São uma boa solução
    Raro são conformistas
    Não raro dizem que não

    Tudo o que vês te darei
    Se quebrares a vontade...
    Obrigado, não precisarei
    Eu fiz voto de humildade

    É longo o meu caminho
    Mas nunca pela riqueza
    Tudo o que vês eu produzo

    Sem descanso, com carinho
    E podes ter plena certeza
    Nunca o fiz para meu uso.

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  66. Peço desculpa mas estive ausente todo o dia, com uma amiga, no hospital.
    Estranhíssimo,. teres o mural encerrado... acho que tenho, na caixa do correio, uma identificação qualquer feita por ti... mas não te preocupes que eu tento dar o teu endereço ao António Garrochinho. Eu nem sequer me lembro de como foi que entrei para o Face... só me lembro que não foi com grande entusiasmo, pelo menos no início... há cada maluqueira neste mundo virtual...
    Mas fica o recado dado... a não ser que também eu esteja bloqueada...

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  67. Pode até tussir a vaca,
    Pode a galinha ter dentes,
    Podem cortar-lhes, qual faca,
    Seus anseios mais ardentes,

    Que eles jamais hão-de vergar!
    Estarão prontos a morrer
    Muito antes de atraiçoar
    A causa em que ousaram crer!

    Será, sim, longo o caminho,
    Mas é profícua a jornada
    E sempre belos, os frutos

    Do que nos dão, com carinho,
    Sempre ao longo desta estrada,
    Sempre gente... não produtos!

    Cá está, muito manquito, mas muito sentido... esta coisa de passar um dia no hospital, cansa-me até à alma...
    Abraço grande, Poeta!

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  68. O chá, própriamente , foi consumido ao longo dos séculos e fez parte dos pobres e dos ricos.

    Deu acesso à pobreza e à riqueza,
    às casas de chá,
    às Gueixas
    e a muitos cerimoniais
    Aos Bórgia
    e ao veneno que nele se inseria
    e matava.

    Mas o chá é puro, como tudo,

    depende do intuito de quem o usa.

    Mª. Luísa

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  69. Fizeste-me rir com gosto...essa de tu poderes estar também bloqueada...e continuo a rir!
    Há muito não ria, obrigada.

    Isto, na realidade, é uma confusão de doidos.

    Mª. Luísa

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  70. Faz-nos bem rir, Maria Luísa! Já me tenho rido com gosto por aqui, sobretudo no Facebook...
    Hoje de manhã o teu mural estava bem visível para mim, mas teremos que contar com a hipótese de o que está visível para uma poder não o estar para outra. Essas ferramentas de "esconde-esconde" existem no Face... eu é que acho que tenho mais que fazer, não me interessa andar a perder tempo com elas e, acima de tudo, o que torno público para um, torno para todos os hipotéticos leitores. Se quero dizer qualquer coisa mais pessoal, utilizo a caixinha do correio que, supostamente, deve ser privada.
    Abraço, amiga!

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  71. “País de equivalentes”

    Tens filhos tens cadilhos
    Isso era antes da troika
    Agora só arranjas sarilhos
    Se és pai na nação heróica

    Orçamento vai determinar
    Que te cortem a dedução
    E por cada filho a estudar
    Já escolheram a profissão

    Poderá ser licenciado
    Ou até tirar o mestrado
    Se não fôr filho de doutor

    Pode chegar a canalizador
    Se não tiver jeito paciência
    Pode pedir a equivalência.

    Prof Eta

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  72. A paciência está guardada
    Pr`a lidar c`o semelhante...
    De resto, não guardo nada;
    Sou poeta militante!

    Pode crer que assim será!
    Criadas as condições,
    O pobre não chega lá
    Por mais qu`estude as lições...

    E, se for inteligente,
    Se superar as lacunas
    Destes desníveis de classe,

    Dirão que é um delinquente
    E um perigo pr`ás fortunas
    [ganhas nas casas de passe...]


    Muito metafórico... demasiado, talvez, naquilo das "casas de passe" ...mas penso que a mensagem passa.
    Abraço grande, Poeta!

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  73. “Alternantes”

    Passos foi a São Bento
    Mas não é p’ra alternar
    Observando o momento
    Deve ser p’ra nos lixar

    O Coelho de mansinho
    Passou-lhe a mão p’lo pêlo
    Coitado do Zé Povinho
    Não se livra do novelo

    Cada vez mais enleado
    Na trama escorregadia
    Das alternância constantes

    Meu povo foste enganado
    P’la bendita democracia
    Que te oferece alternantes.

    Prof Eta

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  74. Estão sempre as "classes" no jogo
    E as finanças, pelo meio,
    Já nervosas, gritam "Fogo!"
    À chama que eu mesma ateio...

    Morre o senhor Capital
    Afogado em seu dinheiro...
    Por bem, não vai e, a mal,
    Quer que morramos primeiro...

    Há, então, que erradicá-lo
    Antes que ele nos erradique
    Por sermos, sempre, os culpados...

    Ó gente; é decapitá-lo!
    Mesmo que alguém nos critique
    Ficam os dados lançados!


    Obrigada e um bom fim de semana, Poeta!

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  75. Ainda não foi consumido, mas já acredito que um dia possa acontecer. Acredito!

    Ontem estive numa casa no sopé da Serra da Arrábida, mas em caminhos planos e bons e no
    final tomei chá, mas já não podia ouvir a conversa de uma senhora que interrompia todas as pessoas que falavam.
    Ao tomar´o chá a odiei e não a poude calar...
    Acontece muito.

    Abraço, Mª. luísa

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  76. No meu caso e da senhora que interrompia tudo, não venceu!

    M. L.

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  77. “Grandes do mundo”

    Liberta a tua mente
    Dessa pobre escravatura
    Apensas sendo consequente
    Terás um dom que perdura

    E não deixes que matem
    Todos os nossos profetas
    Nem tão pouco desbaratem
    O que eram nossas metas

    Ajuda a construir o futuro
    Como foi escrito um dia
    P’los grandes do nosso mundo

    Não é este presente impuro
    Que despertará p’rá alegria
    Dum devir assim fecundo.

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  78. Foi no libertar da mente
    Que tomei a decisão
    De ficar, humanamente,
    Do lado do meu irmão...

    Futuros são construídos
    Por decisões similares;
    Pouco a pouco conseguidos,
    Dados, depois, aos milhares...

    Se algo eu tiver que negar,
    Seja a decisão de uns poucos
    Sobre este mundo solar

    E, se necessário for,
    Poder morder esses loucos
    Que mo tentarem impor...


    Cá está, meio manquito, mas "rimado", Poeta!

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  79. “Sem vergonha”

    Não são corruptos senhora
    Perdoai aos delatores
    Que falaram fora d’hora
    Contra os senhores doutores

    Eles têm um poderoso dom
    Mas é um poder inato
    Transforma mau em bom
    E faz aumentar o estrato

    Não é ilícito enriquecer
    Na sociedade actual
    Que parece decidida

    Em a vergonha esquecer
    Que a vergonha afinal
    É ficar pobre tod’a vida.

    Prof Eta

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  80. Vergonha será miséria
    Mas não para o miserável,
    Só pr`a quem o reduziu
    A tal sorte, a tal pilhéria,
    E, perante a fortuna estável,
    Serenamente dormiu...

    Miséria não é pobreza,
    É pior, muito pior!
    É viver sem condições,
    É não ter pão sobre a mesa,
    Nem ter alívio pr`á dor
    Na pior das aflições!

    Vidinha mais comedida,
    Nunca fez mal a ninguém...
    Mas faz mal perder direitos
    E perder tanto da vida
    Também não faz nenhum bem...
    Quem foi que falou de eleitos???

    Só tenho dom pr`a poemas,
    Não sei de aumento de estratos,
    Nem sequer quero saber...
    Sobrevivo a mil problemas
    Mas nunca assinei contratos
    Com esses tais do poder!


    Saiu-me "aguerridito", este, eheheh... ou melhor, "estas" sextilhas saíram-me bem aguerridas ...

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  81. O controlo de quê, meu querido?
    Já nada tem controlo!

    M. Luísa

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  82. O chá é colorido!

    Mas muitas vezes fica colorido de vergonha...
    Te referes a esse colorido?

    Mª. Luísa

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  83. “Troika com carinho”

    Portugal assim entendeu
    Não havia outro caminho
    E portanto empobreceu
    Disse a troika com carinho

    Se algum dia enriqueceu
    De uma ilusão não passou
    Quem gasta o que não é seu
    Fez a cama onde se deitou

    Não foi falta de dinheiro
    Que entrou aos milhões
    E nada ficou como dantes

    Perguntem aos governantes
    E do templo os vendilhões
    Que desses não me abeiro.

    Prof Eta

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  84. E esses tais governantes...
    O que acha que irão dizer?
    Já deram provas bastantes
    Do que nos querem fazer!

    O falatório, contudo,
    Continua... os demagogos
    Julgam ter o povo mudo
    Sem o resgatar de afogos...

    Alguns acreditarão
    Nas patranhas que debitam...
    Eu nem sei como é possível!?

    Connosco fica a razão
    Daqueles que nunca acreditam
    Nesse "paleio" intangível!


    Abraço grande, Poeta!

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  85. Se ele me segue,
    eu imagino uma Deusa
    caminhando algures
    olhando as montanhas azuis escuras
    e o mar, ainda, muito ao longe...

    Caminho para Santa Catarina - Brasil.

    Mª. Luísa

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  86. “Vórtice consumista”

    Juventude não é caminho
    Se não fôr sendo integrada
    Pelas esquinas do carinho
    Duma mão mais calejada

    Juventude cedo se esgota
    Nas vielas do desalento
    E o amor já não brota
    Terminou o seu momento

    Já a visão humanitária
    É uma causa perdida
    Em prol duma outra visão

    Toda a teia societária
    Está sendo consumida
    Num vórtice, numa ilusão.

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  87. Não me comprometo com o chá,
    mas com a água...sem chá!

    Mª. Luísa

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  88. Eu já escrevi no "prosa"

    A juventude não é uma raça
    e de repente tem 20 anos...depois 40...a seguir 60...depois 80...se tiver a sorte de não morrer, muito antes.

    A vida se ri
    sempre que quer
    e se transforma
    quando menos se espera...

    Maria luísa

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  89. “O massacre”

    Não esqueças o cartão
    O crédito é fundamental
    P’ra cumprires a missão
    Do foro governamental

    E o carro com motorista
    Que te leva a todo o lado
    A um jantar intimista
    De negócios povoado

    Por mais que se insista
    O povo fica arredado
    Deste banquete final

    Dou-te apenas uma pista
    Com o povo massacrado
    Isto pode acabar mal.

    Prof Eta

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  90. Não tenho cartão nenhum
    E, se há missão pr`a cumprir,
    Cumpro-a fazendo o jejum
    Que já fiz... ou está pr`a vir...

    Venho de uns versos ligeiros,
    Muito alegres, saltitantes
    E encontro estes, guerreiros,
    Com massacres intrigantes...

    Que grande, imenso contraste,
    Quando o versejo me leva
    Da alegria ao seu inverso...

    E a resposta é um desastre
    Porque espera que eu me atreva
    A pôr tal surpresa em verso...


    Olá, Poeta! Venho mesmo de uns versos levezinhos... uma espécie de conversa de mulheres que querem divagar um pouco, esquecer os dias maus... não me foi muito fácil responder a este seu sonetilho, mas tudo o que me ocorreu está aí...
    Abraço grande!

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  91. Ele é a própria sede!...

    Mª. L.

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  92. Tanto se fala de massacres...mas sabem o que é um massacre?

    É tenebroso demais para se falar... "só por falar"...

    Mª. Luísa

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  93. Na realidade se fala de "massacres" só por falar...

    mas um massacre não é para usar a palavra... "só por usar"...

    Mª. Luísa

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  94. Noutras circunstâncias, provavelmente não me teria sentido tão surpreendida por esta palavra, Maria Luísa... penso que o "choque" adveio da leveza e da graciosidade em que ainda me encontrava mergulhada e para as quais me tinha transportado o poema que acabara de publicar no http://poetaporkedeusker.blogs.sapo.pt/... a poesia, em mim, também é um estado de espírito, e eu vinha a "flutuar" nas palavras daquele soneto...

    Abraço grande, amiga!

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  95. “Depenados”

    Do massacre silencioso
    Não se fala, parece mal
    Voz do povo era pernicioso
    Se acaso chegasse ao jornal

    Podem até chamar-lhe festa
    Que com a fome latente
    Povo nem sequer protesta
    Todos à festa minha gente

    Sem saúde e sem dinheiro
    Tenham por vós mil cuidados
    Encham a barriga primeiro

    Não se sintam massacrados
    Cheguem nutridos a Janeiro
    Para serem depenados.

    Prof Eta

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  96. “Jogadas”

    Portugal hoje vai jogar
    No campo da austeridade
    Assim é quem quer ganhar
    Acima da sua possibilidade

    Muitos golos quer marcar
    Com um jogador milionário
    Mas acaba por defraudar
    Todo e qualquer erário

    E o público a aplaudir
    Nem sabe da penalização
    Por cada golo falhado

    Mas vai ter que contribuir
    Com a saúde e a habitação
    E grita, o árbitro foi comprado.

    Prof Eta

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  97. “Este é um novo dia”

    Paraíso não está perdido
    Está por agora esquecido
    Porque andas combalido
    Escravo dum mau sentido

    Que te aprisiona o coração
    E te ofusca a consciência
    Porque segues a televisão
    E lhe prestas a obediência

    Mas podes dizer basta
    No dia da tua libertação
    Em que a felicidade te guia

    Te liberta da vida madrasta
    Escutarás uma nova canção
    Este será o teu novo dia.

    http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=mj5aAPmgGgQ

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  98. O sinal continua tão fraquinho que nem deu para ouvir o vídeo todo, Poeta... terei de voltar para ver se o consigo reproduzir integralmente.

    Nem perdido nem esquecido;
    Está sempre um passo adiante
    Dum espaço nunca medido
    Mas que é sempre equidistante

    Entre nós, no já vivido,
    E o que em nós quer ir avante;
    Entre nós e o prometido
    Pelo sonho triunfante...

    Dessa alegria, Poeta,
    Só se deverá falar
    Se estiverem conquistadas

    As fronteiras de uma meta
    Que passam por não calar
    Injustiças declaradas...

    Abraço grande, Poeta!
    Estou com apenas dois pontinhos num ícone indicador que só costuma funcionar com uma carga não inferior a cinco...

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  99. Já estou "depenada" há tanto,
    Tanto tempo que nem sei...
    Se as penas formassem pranto,
    Meu não era... eu já sequei!

    Mas há massacres, não nego!
    Alguns são muito evidentes,
    Outros, como o desemprego,
    Perniciosos, latentes,

    Todos eles, porém, partilham
    Dessa mesma iniquidade
    E duma mesma fractura

    Que a tantos de nós perfilham
    Dizendo que a liberdade
    Paga esta imensa factura...


    Abraço grande, Poeta!

    O sinal está fraquíssimo... já perdi este sonetilho que agora vai "reconstruído"...

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  100. Ah, mas que enorme verdade!
    Jogam-se vidas inteiras
    Nesta absurda austeridade
    Que afoga de mil maneiras

    Proletários e burgueses...
    Dos poetas... nem se fala,
    Mas são eles, as mais das vezes,
    A voz que nunca se cala,

    A que sempre denuncia,
    A que não tem qualquer medo
    De dizer toda a verdade...

    [este jogo, em teoria,
    parece nem ter segredo;
    reproduz realidade...]


    Vi agora que fiquei offline... a ligação foi-se completamente. Vou tentar fazer copy/paste

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  101. “Felicidade descartável”

    Consumir ideias estéreis
    Desígnio da humanidade
    E quantas mais tivéreis
    Mais estéril a sociedade

    Vendidas por atacado
    Geram lucro de milhões
    São produto envenenado
    Propostas como soluções

    Para os males incuráveis
    Da sociedade de consumo
    Que busca a felicidade

    Nesses bens descartáveis
    Onde não encontra rumo
    Logo desde a tenra idade.

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  102. “Complemento da austeridade”

    Arroto a austeridade
    Porque estou satisfeito
    Venha agora a liberdade
    Senão acabo desfeito

    A ditadura do imposto
    Para uns é fenomenal
    A mim põe-me indisposto
    Das tripas já passo mal

    O medicamento ia comprar
    Mas perdi o rendimento
    Por causa dessa desdita

    Não mais parei de obrar
    Tornou-se num complemento
    A minha tripa anda aflita.

    Prof Eta

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  103. Fisiológica abordagem
    Deste pacto de agressão
    A dar-nos a clara imagem
    Do que os governantes são

    Embora eu tenha a vantagem
    Da liberdade de acção
    Pode uma ou outra viagem
    Impor-se-me, qual excepção...

    Amanhã volto a não estar
    Disponível para a escrita
    E a produção dos poemas...

    O dinheiro que eu gastar
    Fará crescer a desdita
    De quem narra estes problemas...


    Abraço grande, Poeta!

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  104. “Amigos”

    Amigos os sacrifícios
    Ainda não terminaram
    Amigos dos sete ofícios
    Por onde é que andaram

    Amigos de Portugal
    Eu sou apenas um amigo
    Não faço isto por mal
    Só me preocupo contigo

    Amigos esta lição
    Que a aprendam também
    Antes de irem à dispensa

    Amigos do coração
    Isto é p’ro vosso bem
    A austeridade compensa.

    Prof Eta

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  105. Vou tentar melhorar...

    Abraço,

    Mª. Luísa

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  106. “Inferno fiscal”

    Já que brincam c’o fogo
    Uma coisa eu vos direi
    Antevejo um só epílogo
    Bem quente p’lo que sei

    A equidade é no inferno
    Onde todos possam arder
    Pois chegado o inverno
    Não haverá o que comer

    Fala-vos a voz da razão
    A fome por conselheira
    Não é bom instrumento

    Falta o gás para o fogão
    Acende-se uma fogueira
    É chegado o momento.

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  107. Sou uma mulher de acção
    Que já nem consegue agir...
    O Poeta tem razão
    E eu tenho o corpo a dormir...

    Tanta, tanta privação
    Há-de este povo sentir
    Que já nem tem dimensão;
    Ninguém a pode medir...

    Tanto insano sacrifício
    Nos será agora imposto
    Com esta nova agressão

    Que agora tem seu início...
    É bem mais do que um desgosto;
    Escravatura e submissão!


    Não estou bem. Peço desculpa.

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  108. “Sacrifício supremo”

    A política é uma arte
    Vendem a morte em vida
    Pagarás só uma parte
    Sobretaxa está decidida

    É em suaves prestações
    De apenas sete pontos
    P’ra evitar revoluções
    E não aceitamos descontos

    Que o momento é de carpir
    A morte assim vendida
    Pela falta de sustento

    Sacrifício supremo a seguir
    Já que a morte está decidida
    Será mesmo a cem porcento.

    Prof Eta

    ResponderEliminar
  109. Nem sei se ainda versejo
    Depois de ouvir o Gaspar...
    (perdi agora este ensejo
    de o não dizer, de o calar...)

    Enquanto a troika acredite,
    Ficam eles muito contentes
    Pensando que a treta evite
    Estes protestos crescentes

    "Diga lá, de olhos nos olhos;
    Está a mentir ou não está?
    Fala-nos, sorrindo, em escolhos,

    Mas só vemos é montanhas
    E já não chegamos lá
    Com tantas, tantas patranhas!"


    Enfim, Poeta... é isto mesmo. Abraço grande!

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  110. “Que tristeza”

    No meu país, que tristeza
    A pobreza e o rancor
    Mas não é com certeza
    Esta a tristeza maior

    Maior é a cruel frieza
    Dos números em redor
    Matam a esperança indefesa
    Os humanos e a sua dor

    Tristes podemos viver
    Mas com um fim em vista
    Que impulsione a mudança

    Ou então tudo se irá perder
    Pois não há quem resista
    Se lhe mataram a esperança.

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  111. “Dedo espetado”

    Um ou dois dedos no ar
    Isso que diferença faz
    O azar veio p’ra ficar
    Manifestação vem atrás

    Logo a polícia de choque
    Os guardiões do regime
    Ao serviço do escroque
    Que a vida nos comprime

    Juntaram-se uns milhões
    Levaram muita paulada
    Foi um dia bem passado

    Ainda entoaram refrões
    E a malta segue animada
    Com o dedo espetado.

    Prof Eta

    ResponderEliminar
  112. “Gás mostarda”

    Portugal no bom caminho
    Deste profundo abismo
    Diz o alemão com carinho
    P’ra disfarçar o nazismo

    E toda a Europa refém
    Dum IV Reich demente
    Tratam todos com desdém
    Mas não gazeiam a gente

    Só que a malta gaseada
    Com as medidas impostas
    Anda com a cabeça marada

    Não sei se do gás mostarda
    Ou se é do gás das bostas
    Que governam a manada.

    Prof Eta

    ResponderEliminar
  113. Ele andam pr`aí uns "gases"
    - todos eles demagogia... -
    Que tentam, sendo loquazes,
    Impor a filosofia

    Da catástrofe iminente,
    Da pura fatalidade...
    Anda tudo descontente,
    Quer-se mais frontalidade!


    Mas, sendo em frente o caminho,
    Embora estando confuso
    O percurso, neste mapa,

    Cada dia mais baixinho
    Fala a voz que agora acuso
    De "lixar-nos" à socapa...


    A net continua doidinha de todo, Poeta. Só agora lhe consigo responder...
    Abraço grande!

    ResponderEliminar
  114. “Indiferença”

    Hoje já não importa
    A flôr no meu jardim
    Os lírios à tua porta
    Ou n’avenida o jasmin

    O respeito foi vendido
    Os princípios alienados
    Nada pode ser perdido
    E tudo são resultados

    Por isso não conta a flôr
    E se espezinha a terra
    Por isso acabou o amor

    E se fomenta a guerra
    Por isso estás indolor
    Com tanta dor na terra.

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  115. Não, eu nunca fui vendida!
    Flores a mais são de mau gosto,
    São como a causa perdida
    De quem foge ao próprio imposto...

    Flores a mais, num tempo destes,
    Representam distracção
    Ou miopias agrestes
    Que provocam má visão...

    Eu respeito, quanto baste,
    Qualquer criatura viva,
    Não me interessa a flor já morta,

    Nem acuso esse desgaste,
    Mas não procuro quem priva
    Com quanto a mim não me importa...

    Já perdi um que estava menos horrível do que este... estou a tentar prestar atenção à TV - hoje lembrei-me de a ligar... - e acabo de ouvir o Nuno Melo a chamar-me "instrumento". Não a mim, em particular, claro, mas eu também não tenho sido nenhuma elogiadora das políticas de direita... Como eu uso uma simbologia muito própria ao nível da linguagem, suponho que ele me tenha elogiado imaginando o contrário... pronto, estou para aqui a teclar com os meus botões, não ligue...
    Abraço grande!

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  116. “Salvar Portugal”

    Existem muitas recitas
    Não passam de intenções
    Algumas foram eleitas
    Para salvar as nações

    Mas estando a afundar
    Já não geramos riqueza
    Com esta forma de pensar
    Já penso que é esperteza

    De quem anda a receitar
    Mas não pretende a cura
    Só prolongar a doença

    Enquanto o doente respirar
    Impõe-lhe uma vida dura
    Assim a receita compensa.

    Prof Eta

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  117. “Democracia ao contrário”

    Hoje há manifestação
    Mas isso que importa
    Se sinto a revolução
    Aqui no peito já morta

    Os últimos revolucionários
    Já há muito que partiram
    Substituídos por otários
    Que os poderes assumiram

    Assaltando a democracia
    Pois têm as costas quentes
    P’ra ir secando o erário

    E ao povo que os financia
    Já apelidam de dementes
    É democracia ao contrário.

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  118. Isso é bem mais complicado
    Do que possa parecer...
    Pobrezinho do coitado
    Que ainda o não saiba ver!

    Há gente que não parou
    Desde o tempo do fascismo,
    Que luta e sempre lutou
    Contra todo o pessimismo!

    Gente que tão pouco pede,
    Que oferece mais que o que tem,
    Que trabalha noite e dia,

    Que não desiste - nem cede -
    De tentar ir inda além
    Do que o mundo prometia...


    Cá vai, fraquito... mas convicto!
    Abraço grande, Poeta!

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  119. “Manifestação comercial”

    Manifestação é fogo
    Que arde sem se ver
    Meu povo foi a jogo
    Este jogado p’lo poder

    É o poder que não se vê
    Quem manda não aparece
    Hoje passa a rodos na têvê
    E amanhã já se esquece

    Teremos nova austeridade
    Nesta loucura prometida
    Que nos arrasta em espiral

    E p’rá semana na cidade
    A manifestação já decidida
    Será no centro comercial.

    Prof Eta

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  120. “Tinta negra”

    O povo fala nos muros
    Escutem o que ele diz
    Quando começam são puros
    Mas não prevejo final feliz

    A vida não é um drama
    Mas sim uma teia pegada
    Quem tem muito, muitos trama
    Quem não tem, tem vida tramada

    Nos muros palavras d’ordem
    Anseios p’ra vidas futuras
    À procura duma regra

    As palavras também mordem
    Podem ser muito duras
    Fundo branco, tinta negra.

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  121. Também são muito importantes,
    Esses muros de que fala,
    Nas injustiças gritantes
    Que a juventude não cala...

    Muito querer ou ter demais
    Nunca foi muito saudável...
    Há excedentes anormais
    Frutos de um sistema instável

    Neste mundo onde o pão falta!
    Palavras ficam mais duras
    Assim que a "tampa nos salta"

    E morder... mordem-nos, sim,
    Quando se tornam maduras
    No nosso humano jardim...


    Aqui vai, com algumas dificuldades "técnicas" pelo meio... penso que abri separadores a mais...

    Abraço grande!

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  122. “Gerações e desilusões”

    P’ró que lhes havia de dar
    Quererem-nos pobrezinhos
    Depois do imenso penar
    Dos nossos avós e paizinhos

    Pobre país sem produtividade
    Onde entraram aos milhões
    Para promover a equidade
    Mas só comprámos desilusões

    Os milhões foram encaixados
    Onde muito bem sabemos
    Mas não há provas de nada

    Pobre país de desgraçados
    Três gerações e sofremos
    E a próxima está destroçada.

    Prof Eta

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  123. Não há esperança
    apenas lembranças...

    Beijo,

    M. L.

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  124. “Não”

    Um futuro sombrio
    Sob o sol abrasador
    Imagino, não sorrio
    Não imagino tanta dor

    É no Verão, faz frio
    No silêncio um clamor
    Alma perdida, sem fio
    Dum passado sem sabor

    Sombrio, sem futuro
    O presente assustador
    Um mestre, uma missão

    Fio condutor, bom auguro
    Um contacto com o amor
    Uma esperança?... Não!

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  125. Pobres, sim... não miseráveis
    Sem direitos nem saúde
    Com sonhos inalcançáveis
    De alcançar maior virtude!

    Quando bem distribuídos,
    Projectando o necessário,
    Esforços - todos! - reunidos,
    Basta um pequeno salário!

    Todos entendemos, creio,
    Que o luxo não faz sentido
    Nem pode ser sustentável

    E, se o não sabem, receio
    Que esteja o mundo perdido
    E o Homem... pouco viável!


    Abraço grande, Poeta!

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  126. Há sempre a esperança da flor
    Conforme ela a descreveu...
    - Vou rimar "flor" com "amor",
    depois vejo o que isto deu... -

    E "há sempre alguém que diz não",
    Outra voz que grita: - Basta!
    Depois, uma multidão
    Que cresce enquanto se afasta,

    Um lampejo e a lucidez
    De quem espelha, no futuro,
    A resposta a tais porquês...

    Ouve, Poeta; não vês
    Que o momento é mesmo duro
    E pede mais que o que crês?


    Saiu... e eu tenho exames - antigos - amanhã muito cedo. Abraço grande!

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