Jamais teria escolhido Outro país pr`a nascer, Que este povo me é tão querido Que sem ele não sei viver...
Nesta luta com Morfeu - só minha e particular - Sei bem que não ganho eu Porque ele já está a ganhar
Mas, nesta provecta idade, Com tanta maleita em cima, Parece ser natural
Que Morfeu esteja à vontade Pr`a me estragar toda a rima Do poema virtual...
Ai, Poeta! Agora é que me lembrei de que não cheguei a levar o sonetilho de ontem... nem a si, nem à Maria Luísa! esqueci-me completamente. Só ao pensar em terminar este é que me veio isso à ideia... vou tentar agora, se Morfeu mo permitir...
Quem me dera ser poeta, Ser poeta-militante, Escrever, em vez desta treta, Qualquer coisinha importante...
Quem me dera andar depressa, Ser mais ágil, fazer mais, Cumprindo a velha promessa De não andar sempre aos "ais"...
Ser despachada e muito airosa Usando rima em vez de prosa E esvoaçar por todo o céu como os pardais!
Poeta, não é sonetilho, mas "encaixa" no Fado do Estudante do Vasco Santana A primeira e segunda quadras ainda são em redondilha maior mas, a partir daí, vieram dois versos de oito sílabas métricas e um verso final com doze... eu não percebo quase nada de música - só a da poesia - mas consigo cantar um pedaço desse fado com estes versos... foi assim que os fiz, a cantarolar
Estava eu a ficar farta De ouvir falar no canudo, Quando recebo uma carta Que me faz desabar tudo!
Canudo não se descarta Se houver uns anos de estudo Porque não estamos em Esparta E já vai longe, o Entrudo...
Bem bastava a D. Isa Sempre a chamar-me doutora - apesar de eu nem ter Visa! -
E, vivendo pr`a escrever, O que me faltava agora Era ensinarem-me... a ler!!!
Bem me parecia que me iriam fugir os versos para o meu "tema do dia"... Um abraço grande, Poeta! Não ligue àquela careta... sai um sorriso... só para os amigos!
Oiço agora o doutor Crato A dizer poder poupar No que dá - ao desbarato! - A quem não vai trabalhar...
Agora eu queria saber A que mais de mil sonetos Poderão equivaler Segundo os novos decretos...
Sempre os deixei ao dispor De toda a comunidade Dos que falam português
Valem seja quanto for Porque em mui boa verdade, Tantos, quase ninguém fez...
Poeta... que hei-de fazer? Ia começar a escrever quando ouvi o dr. Nuno Crato a falar dos subsidiários do rendimento social de inserção e a realidade tomou-me conta dos dedos e teclou isto... mas eu sei que o assunto do seu sonetilho também é bem real e mais abrangente... mas acho que o maior problema está a ser encontrar a bendita caderneta que não consigo encontrar no meio destes milhares de livros, papéis, manuscritos e fotografias... para além de não saber lá chegar. Mas olhe que estou a utilizar o mesmo argumento que utilizei quando tinha cerca de um ano e, pela primeira vez, rabisquei a parede da sala.... sei-o porque isto se tornou histórico para a família; a minha mãe veio ter comigo e perguntou-me QUEM tinha rabiscado a parede. Segundo ela, respondi com a maior das sinceridades; - Foi a minha mão! Fugiu-me e desenhou aquilo!
Eu sempre fui muito boa a traçar a figura humana, mesmo muito antes de ter idade para o fazer e, pouco depois, tinha autorização para desenhar nas paredes da sala, sempre para as tentar "decorar", segundo me foi pedido pelo meu avô. O que é certo é que nunca ninguém me ralhou por desenhar nas paredes...
Eu, de cunhas, só conheço A que o Kico quer "meter" Dando-me mil marradinhas Enquanto, aqui, recomeço A tarefa de escrever, Pelo menos, umas linhas...
Coitado! Está "apertado", Desejoso de ir à rua, E eu teimando em não largar Uns versitos sem cuidado, Desta poesia crua Que antes de ir quero deixar...
Lá vou eu... mas volto já Pois nenhum de nós aguenta, Nesta coisa dos passeios, Mais passos do que os que dá Uma tartaruga lenta Num dia de devaneios...
Peço desculpa pela confusão, pensei que se estava a referir a um poema de nome "Futurismo/Modernismo", mas agora julgo ter percebido que é a classificação que atribui à sua poesia, diga-me se é mesmo assim. É claro que eu de quando em vez visito o 7 degraus, só não tenho por hábito comentar lá.
Para a vida há sempre esperança! Esperança só não haveria Se essa tremenda matança Fosse a saída ou a via...
Vai continuar, teimosa, Seja de que forma for, Pouca ou muita, mas viçosa E alastrando qual rumor...
Esta faceta animal Que há em nós, nos multiplica E nos torna resistentes
Será essa que, afinal, Nos anima e vivifica Se dela estamos conscientes...
Poeta, respeito e respeitarei sempre o animalzinho que existe em mim e em cada um de nós. Muitos não o saberão, mas a vida , podendo parecer curta e efémera, é no entanto uma força poderosíssima! Aposto tudo nela, com todo o amor de que ela é capaz e que lhe é inerente. Disse e repito que aprendi muitíssimo com os animais não humanos que me têm acompanhado ao longo da vida. Sei quão dignamente eles conhecem o momento de partir, mesmo que não percam tempo a tecer grandes teorias sobre a morte, e sei a imensa felicidade que eles transportam consigo em troca de, tão só, o alimento estritamente essencial à sua sobrevivência... e um pouco de amor. Porque o sabem sentir... e sentem. Todos, todos nós, merecemos a sobrevivência enquanto espécies e é nisso que acreditarei até prova em contrário ou até que chegue a minha altura de partir também. Abraço grande!
Vejo, pela resposta ao Poeta, que ainda vens vindo até cá, embora com as devidas cautelas. Ontem enviei-te um email pois começava a estar preocupada... Amiga, a poetisa Carmo Vasconcelos criou uma página lindíssima para mim, no Portal CEN. Vou tentar deixar-te aqui o link http://www.caestamosnos.org/sebo/M_JOAO_BRITO_DE_SOUSA/M_JOAO_B_SOUSA-SEBO-1.htm
Eu já expliquei o que traduzem os exames, mas só tenho consulta na próxima sexta-feira.
Esta noite entrei em panico, mas passadas umas horas acalmou. Fico feliz por te destacarem. Depois irei olhar... Escrevi, hoje um poema no google. Nada sei do "anjodaesquina", mas por hoje é tudo. Um beijo,
Hoje ainda não consegui ir ao Google... mas vou já a seguir a publicar este comment! Assim que puder, irei também ao blog do Anjo da Esquina... ele fez 59 anos no dia 25 e eu passei por lá nesse dia. Abraço grande!
Iremos reinventar-nos Segundo as necessidades E ao sabor das circunstâncias Com a forma que criarmos Que acredito sem vaidades E sem as velhas ganâncias
Mas nunca a bem de uma elite, Nunca em prol de outro poder Que não o que produzimos Muito embora eu acredite Que alguns de nós vão sofrer Muito mais que o que previmos...
O "saber" nunca é completo Mas quanto mais nele se avança Mais ele torna um ser discreto De um saber que nunca o cansa...
Nenhum sábio, lhe garanto, Quis o saber só pr`a si Ou tentou esconder seu espanto Perante o que não sei... nem vi...
Não é avaro o saber Pois sempre quis partilhar-se, Está-lhe isso na natureza
E, pr`a quem quer aprender, Basta ler, interrogar-se E divulgar-lhe a grandeza...
Uma das grandes, grandes riquezas dos seres humanos, o conhecimento. Eu sei que nem sempre é muito bem aceite e quase sempre é substituído pelo preconceito, por faits divers ou por moralismos redundantes... mas é uma imensa, inesgotável riqueza!
Lindo Maria Luísa
ResponderEliminarUm bom domingo
Espero que a saúde esteja bem melhor
Beijinhos
“Ciência política”
ResponderEliminarPolítica decerto previa
O que amanhã acontece
Depois vem a economia
E logo a política s’esquece
É que a segunda influência
E muitas benesses oferece
A quem no final do dia
Fizer parecer o que não parece
E à justiça que sendo cega
Só vê aquilo que lhe apetece
E é perita na arte da prescrição
De processos quase sempre mega
Por isso o previsto não acontece
Pobre política que prevê em vão.
Prof Eta
O chá resolveu.
ResponderEliminarO chá chegou a uma conclusão
ResponderEliminarhá muito chegou...
Mas não me disse nada
e eu não sei de nada!
Mª. Luísa
luadoceu
ResponderEliminarGrata por te encontrar. A saúde ainda não está bem, mas espero pelo dia em que vai estar.
Saúde, razão da minha ausência.
Beijo, Mª. Luísa
“Diamantes sim”
ResponderEliminarOlhe bem para o mundo
Veja o oiro e diamantes
Num olhar mais profundo
Não mais verá como antes
É esta a riqueza primeira
Eterna até por definição
Toda a outra é passageira
E o homem é uma negação
Que se anula por tesoiros
Por eles um irmão esquece
Só quando nada houvesse
Mais que vida sem oiros
Poderíamos dizer então
Meu tesoiro é meu irmão.
“Orgulho de Portugal”
ResponderEliminarJá lá mora o caneco
Com histórica goleada
Não foi tiro ao boneco
E a Dulce foi medalhada
Para o orgulho da tropa
Com o ouro agraciada
A nova campeã da Europa
Uma mulher dedicada
Ao atletismo nacional
Com dedicação é possível
Treinar p’ra um dia vencer
Sem apoio institucional
Com um vencimento risível
Mas que país para nascer.
Prof Eta
Jamais teria escolhido
ResponderEliminarOutro país pr`a nascer,
Que este povo me é tão querido
Que sem ele não sei viver...
Nesta luta com Morfeu
- só minha e particular -
Sei bem que não ganho eu
Porque ele já está a ganhar
Mas, nesta provecta idade,
Com tanta maleita em cima,
Parece ser natural
Que Morfeu esteja à vontade
Pr`a me estragar toda a rima
Do poema virtual...
Ai, Poeta! Agora é que me lembrei de que não cheguei a levar o sonetilho de ontem... nem a si, nem à Maria Luísa! esqueci-me completamente. Só ao pensar em terminar este é que me veio isso à ideia... vou tentar agora, se Morfeu mo permitir...
Nunca foi, nunca será
ResponderEliminarUma das exactas ciências
Que a mente humana nos dá
Ao usar suas valências
Apenas sei poetar...
Nunca fui uma entendida
Nas "contas de adivinhar"
Que nos regem nesta vida
Mas sei bem que impõem duas;
Sempre são favorecidos
Os do grande capital
Em relação aos "das ruas"...
Estão os homens divididos
E a divisão faz-nos mal...
Aqui vai a resposta muito ensonada...
Abraço grande!
O chá é original.
ResponderEliminarSó a pedra me seduz
ResponderEliminarE um simples calhau rolado
Quantas vezes se traduz
Num maior significado
Nem ouro, nem diamantes,
Nem outras preciosidades
Passam a ser importantes
Por simbolizar vaidades
Disse e devo repetir
Que não há maior riqueza
Do que o amor pela vida
Toda a jóia que existir
Perde o valor da grandeza
Por ser tão mal dividida...
Aqui vai... atrasadito mas com um abraço grande!
“Peixe podre”
ResponderEliminarTemos os sobredotados
Insuspeitos do costume
E por eles governados
Sem queixa ou azedume
Vamos sendo humilhados
E vai ficando o perfume
Espalhado pelos mercados
A peixe podre, em cardume
Nas lotas abandonados
Cheios de moscas, retalhados
E em lotes arrematados
Cada caixa a meio tostão
E para gáudio dum milhão
Governo cumpre a missão.
Quem me dera ser poeta,
ResponderEliminarSer poeta-militante,
Escrever, em vez desta treta,
Qualquer coisinha importante...
Quem me dera andar depressa,
Ser mais ágil, fazer mais,
Cumprindo a velha promessa
De não andar sempre aos "ais"...
Ser despachada e muito airosa
Usando rima em vez de prosa
E esvoaçar por todo o céu como os pardais!
Poeta, não é sonetilho, mas "encaixa" no Fado do Estudante do Vasco Santana A primeira e segunda quadras ainda são em redondilha maior mas, a partir daí, vieram dois versos de oito sílabas métricas e um verso final com doze... eu não percebo quase nada de música - só a da poesia - mas consigo cantar um pedaço desse fado com estes versos... foi assim que os fiz, a cantarolar
O chá tenta não ser palhaço.
ResponderEliminarOriginal sim
ResponderEliminarDemais sim!
Beijo,
Mª. Luísa
Palhaço nunca é!
ResponderEliminarMas procura meandros escondidos e entra em locais escuros, mas sempre destemido!
Abraço,
Mª. Luísa
“Sanfoneiros”
ResponderEliminarEnfermeiro ou mexilhão
Neste mar d’água parada
Tocas tão mal rabecão
Sapateiro desta enseada
Ficamos a ouvir-te tocar
É ao preço da uva mijona
Mas se estás a desafinar
Porque não tocas sanfona
Já nos falta a paciência
P’ra tamanha desafinação
Da orquestra de sanfoneiros
Não façam tanta experiência
Não hostilizem a população
Não humilhem os enfermeiros.
Prof Eta
O chá foi à caça.
ResponderEliminarAqui está uma coisa que não se coaduna comigo e o chá não faz boa figura numa caçada.
ResponderEliminarDepois da caçada, não se bebe chá...
O chá fez mal em ir à caça!
Mª. Luísa
O chá tenta e tantas vezes acerta.
ResponderEliminarMas na caçada falhou...e foi palhaço!
Mª. Luísa
Ao serem tão humilhados
ResponderEliminarTalvez pensem em "tratar"
Duns ministros tresloucados
Que assim os querem roubar
Andam eles a salvar vidas
Pr`ó desgoverno as perder
Com promessas de medidas
Que não cumprem no poder!
Vai sendo "por atacado",
Que a todos nos vai tocando
A maldita austeridade
Ninguém escapa ao "descuidado"
A que nos foram votando
A bem dessa "inequidade"...
ResponderEliminarsó mimos...
“Viver ardente”
ResponderEliminarVivemos tempos modernos
Melhores que antigamente
Já descemos aos infernos
Vimos o diabo feito gente
Transformar-nos o dia a dia
Em algo novo e diferente
Aceitemos com alegria
Este novo viver ardente
Sobre brasas edificado
P’rá alma nos aquecer
Apontando-nos a direcção
Dum novo mundo inflamado
Que nunca iremos esquecer
E onde crepita a emoção.
Vai-me o céu estando distante
ResponderEliminarCom tanta precariedade
Vendo este inferno - de Dante! -
Que se chama austeridade...
Tudo me parece insano!
Tanta injustiça é demais
E os subsídios só pr`ó ano
Ficam constitucionais...
Vai-se impondo o memorando
À própria Constituição...
Onde fica a soberania?
E fervendo - em lume brando... -
Peço alguma evolução
Pr`a que o demo se não ria...
Consegui... acho eu. Abraço!
O chá alcançou o sucesso.
ResponderEliminar“Grandes melões”
ResponderEliminarVejo fumo, negro manto
Que se abateu na cidade
E desataram num pranto
Por causa da austeridade
E a dívida com teimosia
Continuou a aumentar
Outra solução não havia
Que as rua calcorrear
De pés descalços, cansadas
Para minimizar a desgraça
Foram pedir uns tostões
Mas voltaram frustradas
Não há dinheiro na praça
Nem para comprar melões.
Prof Eta
"Fermosas" mas não seguras
ResponderEliminarTal qual duas Lianores
Foram chorar amarguras
Nos ombros dos seus senhores...
Choraram tantas agruras,
Mostraram tais amargores
Que os outros - cabeças duras! -
Lhes foram gabando as dores...
De alunas tão dedicadas,
Comportadas, coerentes,
Ninguém tem que se queixar
Mas de outras pobres coitadas
Que até podem estar doentes...
É má língua até fartar!
Abraço grande, Poeta!
“Guardadores de luas”
ResponderEliminarOs guardadores de luas
Também guardam ilusões
E não é uma nem duas
Sei que são uns milhões
A vida também é morte
Não se podem dissociar
Não há a lei do mais forte
Nessa hora de embarcar
Não há viagem de luxo
Nem viagem atribulada
Nem riqueza acumulada
A sabedoria é o mocho
A ilusão longa estrada
E o destino uma enseada.
Guardei luas nas memórias
ResponderEliminarDe estradas por desvendar,
Verdades - mesmo ilusórias! -,
Que mais ninguém vai contar
Fugiu-me a mão para a cor
- não sei se eu a comandava... -
E assim me afastei da dor
Enquanto as luas pintava...
Mais forte que o que pensei
Pude, no fim, reparar
Na serenidade imensa
Das figuras que pintei
Sem esquecer de me lembrar
Que a vida, afinal, compensa...
Abraço grande, Poeta!
O chá soltou as feras.
ResponderEliminarO chá é um hábito.
ResponderEliminar“El-Rei”
ResponderEliminarDo meio da multidão
Numa manhã de nevoeiro
Surgiu o Dom Sebastião
Com seu porte altaneiro
E o povo p’ra festejar
Saiu à rua agradecido
De alívio pôde respirar
Pelo salvador reaparecido
Restabelecida a confiança
A dívida soberana saldada
O país com nova pujança
Erigiu uma estátua a El-Rei
Esta pátria assim renovada
Foi na Europa a nova lei.
Quem eu acabei de ouvir
ResponderEliminarFoi Passos a exortar
Todo aquele que o possa ouvir
A dizer onde "cortar"...
Muito haverá por fazer
E saber-nos empurrados
Ao ponto de mal viver
Não nos torna conformados
Antes pode revoltar-nos
E tornar-nos irascíveis
Ao ponto de uma explosão
Cuidado que, ao empurrar-nos,
Podemos chegar a níveis
Que nem tenham solução...
Olá, Poeta! Hoje estive pior. Só agora consigo vir um pouquinho ao blog.
Ainda fui ao café porque uma amiga me telefonou e pediu para eu ir, mas...
O chá afastou-se.
ResponderEliminarJabei
ResponderEliminarVerdade, só mimos...
Não tenho podido escrever, estou a fazer exames e um pouco triste...
Desculpa a ausência!
Mª. Luísa
Onde e qual sucesso? De nada sei!
ResponderEliminarM.L.
Ou as feras se atiraram ao chá?
ResponderEliminarM.L.
Para mim não é!
ResponderEliminarM.L.
Acredito...está tudo com muita falta de chá.
ResponderEliminarM.L.
feliz noite
ResponderEliminare melhoras em dia
é o que desejo
“Ai o estado”
ResponderEliminarAi o estado da nação
Em debate na assembleia
Cruzes canhoto que aflição
Diz esta malta plebeia
Por os subsídios perder
Já não vêem mais além
Temos por isso o dever
De debater como convém
E explicar que o prejuízo
Tem a ver com os mercados
Que andam a passar mal
E não com a falta de juízo
Do círculo de deputados
Ou dos governos de Portugal.
Prof Eta
Se são escravos dos mercados
ResponderEliminarLogo serão responsáveis,
Fundadamente os culpados
Das situações condenáveis...
Mais coerentes seriam,
Menos culpáveis portanto,
Se, sabendo que mentiam,
Mudassem seu belo canto...
Não cuidemos, portugueses,
De ver isto aligeirado
Por mil sorrisos confiantes!
Passam semanas e meses
Sem que o "pobre do mercado"
Volte a ser o que foi dantes!
Abraço, Poeta!
O chá não se acovardou.
ResponderEliminarObrigada amigo,
ResponderEliminarpara ti também...o google agradece.
Mª. Luísa
Se alguém chamou ao chá de cobarde, se enganou...mas verdadeiro não é...cinico talvez...
ResponderEliminarAbraço grande,
Mª. Luísa
“Escuridão”
ResponderEliminarP’ra balanço vai fechar
Também p’ra desinfecção
Façam favor de emigrar
Com as calças na mão
Quem resolver cá ficar
Assume a sua decisão
Mas estamos a aconselhar
Abandonem esta nação
Ficar será empobrecer
É o futuro inevitável
Quer se goste ou não
Só isto há p’ra oferecer
Vai que aqui és descartável
É isto ou a escuridão.
Venha, pois, a escuridão
ResponderEliminarQue a tornaremos em luz
Pela nossa própria mão
E, ao país, faremos jus!
Eu jamais embarcaria
Deixando ficar por cá
Quanta indizível magia
Esta terra, a mim, me dá!
Tão portuguesa vou sendo
Que assim, Territorial,
Não me compro nem me vendo...
Se sou menos que o que rendo,
Desculpa-me Portugal,
É sempre a ti que eu me prendo...
Abraço grande, Poeta!
O chá é amigo.
ResponderEliminarO chá é amigo
ResponderEliminarE depende de quem nos acompanha...
Mª. Luísa
“O canudo”
ResponderEliminarEu pretendo ser doutor
Alguém arranje o canudo
Tenho equivalência maior
Fui rei momo no entrudo
Sou de rara inteligência
Não por que a quisesse ter
E da mais fina aparência
Só doutor poderia ser
Com uma rara capacidade
Posso ajudar este país
A transpôr a recessão
Ser doutor é necessidade
E não foi porque eu quis
Foi um apelo da nação.
Prof Eta
Estava eu a ficar farta
ResponderEliminarDe ouvir falar no canudo,
Quando recebo uma carta
Que me faz desabar tudo!
Canudo não se descarta
Se houver uns anos de estudo
Porque não estamos em Esparta
E já vai longe, o Entrudo...
Bem bastava a D. Isa
Sempre a chamar-me doutora
- apesar de eu nem ter Visa! -
E, vivendo pr`a escrever,
O que me faltava agora
Era ensinarem-me... a ler!!!
Bem me parecia que me iriam fugir os versos para o meu "tema do dia"...
Um abraço grande, Poeta! Não ligue àquela careta... sai um sorriso... só para os amigos!
“Pura certeza”
ResponderEliminarO mundo é incerteza
Na sua forma mais pura
O homem com esperteza
Torn’a realidade mais dura
Deves sempre duvidar
Das receitas apresentadas
E nunca deixar de criticar
As verdades consolidadas
Que o mundo é mentira
E o homem tudo faz
P’rá transformar em verdade
Nada dá e tudo tira
Por isso tens que ser capaz
De utilizar a sagacidade.
O chá tem paciência.
ResponderEliminarSei que o mundo é só mudança
ResponderEliminarE que é a combinação
Do que virmos, no que alcança
Nossa humana percepção...
De todos os seres viventes,
Não exclusivamente nosso
Se não formos coniventes
Com o "quero, mando e posso!"
Quanto a mim... sou poeirinha
Cruzando essa imensidão
Sobre um remendo de terra...
Sei pouco, mas foi sozinha
Que tomei a minha opção
De aceitar que "humano erra..."
“Canção do bandido II”
ResponderEliminarContribuinte amigo
O governo está contigo
Contribuinte irmão
Deixa a contribuição
Contribuinte palhaço
Contribui para o ricaço
Contribuinte solidário
Contribui para o otário
Contribuinte insolvente
Já não contribuis pr’á gente
Fazes favor de emigrar
Só nos andas a sobrecarregar
Amigo e irmão emigrante
Lembra-te da pátria distante.
Prof Eta
O chá descansa.
ResponderEliminar“Mundo de trapo”
ResponderEliminarO povo merece a paz
Oferecem-lhe a guerra
Então que diferença faz
Nesta luta pela terra
Pela saúde e habitação
Se é filho da pobreza
Tudo quanto não lhe dão
Seria a sua riqueza
Está traçado o destino
Com uma bola de trapos
É ver sorrir o menino
A quem roubaram o pão
E deixaram uns farrapos
... até quando a ilusão ?
Oiço agora o doutor Crato
ResponderEliminarA dizer poder poupar
No que dá - ao desbarato! -
A quem não vai trabalhar...
Agora eu queria saber
A que mais de mil sonetos
Poderão equivaler
Segundo os novos decretos...
Sempre os deixei ao dispor
De toda a comunidade
Dos que falam português
Valem seja quanto for
Porque em mui boa verdade,
Tantos, quase ninguém fez...
Poeta... que hei-de fazer? Ia começar a escrever quando ouvi o dr. Nuno Crato a falar dos subsidiários do rendimento social de inserção e a realidade tomou-me conta dos dedos e teclou isto... mas eu sei que o assunto do seu sonetilho também é bem real e mais abrangente... mas acho que o maior problema está a ser encontrar a bendita caderneta que não consigo encontrar no meio destes milhares de livros, papéis, manuscritos e fotografias... para além de não saber lá chegar.
Mas olhe que estou a utilizar o mesmo argumento que utilizei quando tinha cerca de um ano e, pela primeira vez, rabisquei a parede da sala.... sei-o porque isto se tornou histórico para a família;
a minha mãe veio ter comigo e perguntou-me QUEM tinha rabiscado a parede. Segundo ela, respondi com a maior das sinceridades;
- Foi a minha mão! Fugiu-me e desenhou aquilo!
Eu sempre fui muito boa a traçar a figura humana, mesmo muito antes de ter idade para o fazer e, pouco depois, tinha autorização para desenhar nas paredes da sala, sempre para as tentar "decorar", segundo me foi pedido pelo meu avô. O que é certo é que nunca ninguém me ralhou por desenhar nas paredes...
Abraço grande!
O chá já tem canudo.
ResponderEliminar“O doutor e o amigo”
ResponderEliminarUm sábio comentador
Da política reformado
Que por acaso é doutor
Está muito bem instalado
Todos escutam o que diz
Vende conselhos a peso
No perfil sobressai o nariz
Anda sempre bem vestido
Já propõe remodelações
Para o governo da nação
Eu cá também lhe digo
Os conselhos são canções
Que transportam a emoção
De uma cunha p’ró amigo.
Prof Eta
Eu, de cunhas, só conheço
ResponderEliminarA que o Kico quer "meter"
Dando-me mil marradinhas
Enquanto, aqui, recomeço
A tarefa de escrever,
Pelo menos, umas linhas...
Coitado! Está "apertado",
Desejoso de ir à rua,
E eu teimando em não largar
Uns versitos sem cuidado,
Desta poesia crua
Que antes de ir quero deixar...
Lá vou eu... mas volto já
Pois nenhum de nós aguenta,
Nesta coisa dos passeios,
Mais passos do que os que dá
Uma tartaruga lenta
Num dia de devaneios...
Até já, Poeta!
O chá já não é pobre.
ResponderEliminarO chá nunca foi pobre...e continua a não ser!
ResponderEliminarBeijos grandes,
M. Luísa
“Abolição da pena de fome”
ResponderEliminarForam adoptados por Deus
Ao romper da bela aurora
Antes não passavam de ateus
Experimentam a magia agora
De ser filhos de pai imenso
Irmãos de toda a humanidade
Entre irmãos houve consenso
Nascendo com simplicidade
Um mundo novo e fraterno
Onde a fome foi abolida
Porque se repartiu a pobreza
Com os detentores da riqueza
Que patrocinaram a comida
Criando este paraíso terreno.
É enorme, essa utopia...
ResponderEliminarMuito maior do que as minhas
Que, quanto a filosofia,
São mesmo pequenininhas...
Sempre disse ser pardal
De asinha meia quebrada...
Não alcanço um espaço igual
Pois tombaria cansada...
Erro o mínimo possível
Se, dentro dos meus limites,
Voo acima dos telhados,
Mas seria erro punível
Embarcar noutros palpites
Tendo os limites marcados...
Até já, Poeta!
O chá não está cego.
ResponderEliminar“Democracias”
ResponderEliminarUns tirinhos para o ar
Na era pós eleitoral
Que mais há a esperar
A democracia vai mal
Não se sabe aceitar
Resultado da negociação
Nem tão pouco respeitar
A hierarquia da votação
Anda o povo a reboque
De quem é rei e senhor
E só tem voz na eleição
Dando o voto ao escroque
Que se arma em doutor
E se faz dono da nação.
Prof Eta
O chá não tem limites.
ResponderEliminarNão tem limites...abarca o mundo, os vários mundos.
ResponderEliminarPedro, por favor, vai ao :
http://os7degraus.blogspot.com
e conhece minha poesia Futurismo/Modernismo
sem isso nunca me vais conhecer. De momento, não vou escrever no sapo. Razões de saúde.
Abraço, Maria Luísa
Não consegui encontrar, pode dizer-me o dia em que foi publicada por favor?
ResponderEliminarOs poemas dos "7degraus" estão exatamente
ResponderEliminarno :
http://os7degraus.blogspot.com
é o meu blogs do google.
Não percebo a necessidade de saber o dia...de quê? Não entendo!
Bjo. M. luísa
Peço desculpa pela confusão, pensei que se estava a referir a um poema de nome "Futurismo/Modernismo", mas agora julgo ter percebido que é a classificação que atribui à sua poesia, diga-me se é mesmo assim. É claro que eu de quando em vez visito o 7 degraus, só não tenho por hábito comentar lá.
ResponderEliminarÉ a minha poesia sim!
ResponderEliminarE porque não comenta? É isso que estou a pedir! Invista sua imaginação e saber no que escrevo, nos "7degraus".
É o blogs Principal. Se passa despercebido à sua sensibilidade...Deus me ajude...muito longe estou da eternidade...
M. luísa
“Vida sem esperança”
ResponderEliminarEstou preparado p’rá crise
Não vou precisar de favores
Nem de quem por mim ajuíze
Sei que a crise é de valores
Vale mais um activo tóxico
Que envenene a humanidade
Do que um princípio ecológico
Ou que a própria fraternidade
Valem mais uma horas d’ócio
Para a vida não há esperança
Que a esperança foi abatida
Se vale mais um bom negócio
Ou mesmo uma boa herança
Do que vale a própria vida.
Não deve ser obsessão
ResponderEliminarPorque a eternidade vem
E com ela a consagração
Acaba por chegar também
Conferindo a imortalização
Que esta vida nunca tem
Apenas com a reencarnação
Nessa outra vida se obtém
E assim tornado imortal
Com a obra reconhecida
Uma estátua te erguerão
Majestosa, na terra natal
Não nesta, mas noutra vida
Para sempre te reconhecerão.
Para a vida há sempre esperança!
ResponderEliminarEsperança só não haveria
Se essa tremenda matança
Fosse a saída ou a via...
Vai continuar, teimosa,
Seja de que forma for,
Pouca ou muita, mas viçosa
E alastrando qual rumor...
Esta faceta animal
Que há em nós, nos multiplica
E nos torna resistentes
Será essa que, afinal,
Nos anima e vivifica
Se dela estamos conscientes...
Poeta, respeito e respeitarei sempre o animalzinho que existe em mim e em cada um de nós. Muitos não o saberão, mas a vida , podendo parecer curta e efémera, é no entanto uma força poderosíssima! Aposto tudo nela, com todo o amor de que ela é capaz e que lhe é inerente. Disse e repito que aprendi muitíssimo com os animais não humanos que me têm acompanhado ao longo da vida. Sei quão dignamente eles conhecem o momento de partir, mesmo que não percam tempo a tecer grandes teorias sobre a morte, e sei a imensa felicidade que eles transportam consigo em troca de, tão só, o alimento estritamente essencial à sua sobrevivência... e um pouco de amor. Porque o sabem sentir... e sentem. Todos, todos nós, merecemos a sobrevivência enquanto espécies e é nisso que acreditarei até prova em contrário ou até que chegue a minha altura de partir também.
Abraço grande!
“Teoria dos impérios”
ResponderEliminarAgora é preciso abrandar
Afirmou o sábio alemão
Tudo se está a transformar
Não sabem p’ra onde vão
Neste enorme desmoronar
Ainda alguns se salvarão
Serão esses a continuar
O que restar da missão
Esses novos missionários
São aqueles que erguerão
Com muito sangue e suor
Novo impérios milionários
Que a seu tempo implodirão
Com estrondo muito maior.
Prof Eta
Talvez sim... ou talvez não
ResponderEliminarSeja como diz, Prof Eta...
Talvez haja evolução,
Talvez nos surja outra meta
Que não leve à implosão
E que não seja uma treta...
Tudo está na nossa mão,
Mas nem sempre em linha recta ...
Já o capital mostrou
Tudo o que tinha a mostrar...
A muitos, nunca enganou
Mas há gente que não vê
Até onde ele quer chegar,
Por mais voltinhas que dê....
Até já, Poeta!
O chá está no inferno.
ResponderEliminarOntem foi um inferno!
ResponderEliminarMelhorou...M. Luísa
“Imagine-se”
ResponderEliminarOs limites que conheço
São os da imaginação
Mesmo assim reconheço
Que não me limitarão
Pois além desta fronteira
Imagino outras possíveis
Não constituirão barreira
Serão todas transponíveis
O homem é limitado
Apenas porque ele quer
Impõe a si próprio o fado
Quando o jazz é tão rico
Mas venha lá quem vier
P’la imaginação não me fico.
O chá está num oásis.
ResponderEliminar“Tigres de papel”
ResponderEliminarA austeridade hipotecou
Siesta a nuestros hermanos
O tradicional sono acabou
Despertam por muitos anos
Acordam para o pesadelo
Por isso não querem dormir
Acordados não irão tê-lo
Se adormecem pode surgir
Bem vindos ao carrossel
Vertiginoso dos mercados
Não mais penseis sair daqui
Sois os novos tigres de papel
Para todo o sempre acordados
É a tortura do sono do FMI.
Prof Eta
Mercados pouco "elitistas"...
ResponderEliminarNo que toca a dizimar
Seguem a ordem das listas
Dos remédios pr`acalmar...
Fazem contas e maquinam
Pr`a salvar o seu sistema,
Mas são más águas que inquinam
As razões do próprio esquema...
Se isto não for surreal
- muito embora mascarado... -
Nem difícil de entender,
Devo ser eu quem está mal
C`um discurso atravessado
E sem forma de o esquecer...
Abraço grande, Poeta!
O chá comunica.
ResponderEliminar“Eternidade II”
ResponderEliminarNão deve ser obsessão
Porque a eternidade vem
E com ela a consagração
Acaba por chegar também
Conferindo a imortalização
Que esta vida nunca tem
Apenas com a reencarnação
Nessa outra vida se obtém
E assim tornado imortal
Com a obra reconhecida
Uma estátua te erguerão
Majestosa, na terra natal
Não nesta, mas noutra vida
Para sempre te reconhecerão.
O chá dos deuses.
ResponderEliminarTalvez os Deuses tomem chá e conversem sobre nós que somos mortais. Talvez...
ResponderEliminarM. Luísa
Que entende por reencarnação, ao falar dessa forma?
ResponderEliminarM. luísa
“Frango depenado”
ResponderEliminarQue se lixem as eleições
O que interessa é Portugal
Passarinhos ou passarões
Chegam fritos ao Natal
Que a receita de milhões
Já nos está a correr mal
Errámos contabilizações
Mas outro assalto imoral
Já estamos a preparar
Novo orçamento d’estado
Com subsídios de ficção
A todos iremos depenar
Que um frango depenado
É a nossa maior satisfação.
Prof Eta
São matérias que ainda não domino muito bem ( reencarnações ), acho que estou ainda numa fase experimental.
ResponderEliminarO chá tem crédito.
ResponderEliminarUm dia conversamos com tempo, sobre o assunto.
ResponderEliminarFérias felizes!
M. Luísa
Nem todos entendem o chá, mas tem crédito.
ResponderEliminarM. Luísa
p.s. boas férias, com os miudos e sua mulher a quem agradeço a oferta que me fez, sem me conhecer.
M. Luísa
Pobre frango depenado
ResponderEliminarSem fazer mal a ninguém
Mas pr`a poder ser assado
Com penas não fica bem...
A receita estava errada
Logo desde o seu começo!
Fica a refeição estragada
Mas ficou-nos alto, o preço!
Quando chegue o orçamento
Pouco encontra pr`a roubar
Pois estamos já bem vazios
E assados em fogo lento,
Na travessa a marinar...
Vão ficar a ver navios!
Abraço grande, Poeta!
Vejo, pela resposta ao Poeta, que ainda vens vindo até cá, embora com as devidas cautelas. Ontem enviei-te um email pois começava a estar preocupada...
ResponderEliminarAmiga, a poetisa Carmo Vasconcelos criou uma página lindíssima para mim, no Portal CEN.
Vou tentar deixar-te aqui o link
http://www.caestamosnos.org/sebo/M_JOAO_BRITO_DE_SOUSA/M_JOAO_B_SOUSA-SEBO-1.htm
Beijo grande e a continuação das tuas melhoras!
Eu já expliquei o que traduzem os exames, mas só tenho consulta na próxima sexta-feira.
ResponderEliminarEsta noite entrei em panico, mas passadas umas horas acalmou.
Fico feliz por te destacarem. Depois irei olhar...
Escrevi, hoje um poema no google.
Nada sei do "anjodaesquina", mas por hoje é tudo. Um beijo,
Mª. Luísa
Hoje ainda não consegui ir ao Google... mas vou já a seguir a publicar este comment!
ResponderEliminarAssim que puder, irei também ao blog do Anjo da Esquina... ele fez 59 anos no dia 25 e eu passei por lá nesse dia.
Abraço grande!
“Mundo cruel”
ResponderEliminarSair da crise, nascer de novo
Dois séculos mais à frente
Ser filho dum outro povo
Já estou farto desta gente
Adeus, ó mundo cruel
Pleno de imensas riquezas
Cheiras a morte, sabes a fel
Ninguém te gaba as belezas
Vãs promessas nós ouvimos
Já não podemos acreditar
Por tudo isso partimos
Sem vontade de cá voltar
E agora que sucumbimos
Ó mundo cruel podes chorar.
O chá pondera.
ResponderEliminarO chá é diplomata
ResponderEliminarpor isso, pondera!...
Mª. Luísa
“Quem nos salva”
ResponderEliminarDraghi o novo salvador
Da Europa em turbilhão
O que fará este senhor
Senão ir ao beija-mão
Tanto economista sabedor
Emitindo douta opinião
Mas nenhum saiu doutor
P’ra curar esta recessão
Com prognóstico reservado
Necessita duma transfusão
E não de tanto cinismo
Não vejo ninguém habilitado
Para esta exigente missão
De nos salvar do abismo.
Prof Eta
Não vejo outros salvadores
ResponderEliminarSe não nós, o próprio povo
Deste país que uns "senhores"
Deixam afundar, de novo...
Neste moroso processo
De acordar pr`ó qu`é real,
Valemos todo o teu peso
E o teu nome, Portugal...
O inimigo é só um;
A banca e seus servidores
Contra a força produtiva
Que quer quebrar o jejum
Imposto pelos senhores
Da ganância destrutiva!
O chá está em jogo.
ResponderEliminarO chá não está na lista.
ResponderEliminar“O original”
ResponderEliminarRegressar à simplicidade
É tudo o que precisamos
Pois na actual sociedade
Já nem sequer nos amamos
Com cópias de originalidade
Nós já não nos cativamos
Só p’lo original e sua verdade
Ao bom caminho regressamos
Demasiado tempo passou
Fomos envoltos em poluição
Estamos todos conspurcados
Só uma esperança vos dou
Há que voltar ao rio Jordão
E sermos de novo baptizados.
Iremos reinventar-nos
ResponderEliminarSegundo as necessidades
E ao sabor das circunstâncias
Com a forma que criarmos
Que acredito sem vaidades
E sem as velhas ganâncias
Mas nunca a bem de uma elite,
Nunca em prol de outro poder
Que não o que produzimos
Muito embora eu acredite
Que alguns de nós vão sofrer
Muito mais que o que previmos...
Saiu-me em sextilhas, Poeta...
Um abraço grande!
O chá não ostenta.
ResponderEliminarAmigo
ResponderEliminarO chá não necessita de publicidade!
Beijos para todos,
M. luísa
O chá sabe jogar,
ResponderEliminarconhece todas as regras
sem se notar...
M. Luísa
Ostenta e é snob,
ResponderEliminarmas não se nota!
M. Luísa
“Não há vida além do lucro”
ResponderEliminarO nosso lucro subiu
Nem imaginas quanto
Nem quantos destruiu
Ou ficaram num pranto
Mas só o lucro é vida
Tudo o mais é a sorte
Vivemos se há subida
Mas se desce é a morte
Diz-me espelho meu
Vês por aí no horizonte
Alguém que porventura
Tenha mais lucro que eu
Estará errada a tua fonte
Se antevês essa amargura.
Prof Eta
O chá voltou ao trabalho.
ResponderEliminarÉ no lucro que essa vida
ResponderEliminarPerde todo o seu valor,
Onde uma ânsia desmedida
Há-de acabar por se impor
Mas uma coisa é o mundo
Que tenho como ideal
E outra, este charco imundo,
Este imenso lodaçal
Do senhor capitalismo,
Da sua banca benquista
E da falta de igualdade,
Em que medram o fascismo
E a especulação conquista,
Pr`á mentira, a liberdade...
Abraço, Poeta!
“O ser e o todo”
ResponderEliminarUm ser sem outro ser
Nunca estará completo
Qu’a totalidade do saber
Está pelos seres disperso
E o saber por descobrir
Não é pertença dos seres
Num dia que está p’ra vir
Fará parte dos saberes
Assumir a ignorância
Para que talvez um dia
E ao reinar a inoperância
Os seres com a sabedoria
Ponham de parte a ganância
Que todos os seres atrofia.
O "saber" nunca é completo
ResponderEliminarMas quanto mais nele se avança
Mais ele torna um ser discreto
De um saber que nunca o cansa...
Nenhum sábio, lhe garanto,
Quis o saber só pr`a si
Ou tentou esconder seu espanto
Perante o que não sei... nem vi...
Não é avaro o saber
Pois sempre quis partilhar-se,
Está-lhe isso na natureza
E, pr`a quem quer aprender,
Basta ler, interrogar-se
E divulgar-lhe a grandeza...
Uma das grandes, grandes riquezas dos seres humanos, o conhecimento. Eu sei que nem sempre é muito bem aceite e quase sempre é substituído pelo preconceito, por faits divers ou por moralismos redundantes... mas é uma imensa, inesgotável riqueza!
“Político come”
ResponderEliminarFalta à política vontade
Para acabar com a fome
Mas isto só é verdade
Porque o político come
Fosse o político educado
Junto à raiz do povo seu
Pão pelo diabo amassado
Poderia dizer que comeu
Dessa lição tão profunda
Retiraria eficaz conclusão
Estômago às costas colado
Esta é uma dor profunda
P´lo menos não falte pão
Ao povo no meu reinado.
Prof Eta
O chá não reformou.
ResponderEliminarO chá se renova a cada passo que dá!
ResponderEliminarM. Luísa
Amigo
ResponderEliminarO chá trabalha nas grandes assembleias onde tudo se promete e depois nada se dá!
Regressou? Não sabia...Maria Luísa
Falta o pão, falta-nos paz,
ResponderEliminarVi-nos faltando a cultura...
A falta que ela nos faz
E há quanto tempo isso dura!
Se estes tecnocratazinhos
Soubessem bem quanto custa
Andar nestes descaminhos
Duma economia injusta
Talvez... talvez percebessem
Quanto há MESMO que mudar
Neste sistema corrupto
E talvez alguns cedessem
Privilégios de um lugar
Que se quer MESMO impoluto!
Caramba! Este seu sonetilho até me encheu a escrita de pontos de exclamação... porque é assim mesmo, Poeta. É assim mesmo...