terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Teatro





O interessante na Politica

É que o Jogo jogado
Não acaba Nunca!

A Politica é o palco
Onde atores se criam
E outros se recriam.

A cortina abre e fecha
As conquistas das certezas
Deixam de ter interesse.

Não tem Alma
Não tem Verdade!

Acaba por ser um Jogo
jogado no pano verde
de um Casino.

E a saída de um politico
vem consagrar o outro 
que acaba de chegar!

As palavras se parecem
Os aplausos terminam breve
E o Jogo se repete.

O Final da peça representada
reduzida ao pó e ao Nada! 


Maria Luísa Adães

94 comentários:

  1. Olá Eduardo

    Edu amigo,

    Bela surpresa e eu estou no Brasil!

    Há quanto tempo amigo, não sabia de ti...

    Obrigada pela lembrança e um Novo Ano Feliz!

    Abraço grande,

    M. Luísa

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  2. Poeta,

    Bela alegoria à Peça Representada!

    E.

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  3. pois...

    Pacóvios por assim dizer
    Dobrados das costuras a suas exas

    Num facto de a cada momento acontecer
    por assim dizer...enfm...

    Já estás por cá ?

    bela noite

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  4. Não estou por aí !

    Estou em São Paulo e vou continuar a estar.

    Mas hoje estou melhor e estou a abusar...

    São 18h:29 do dia 03/01/2012 - Brasil,

    por aí são 20h:29 (2h de diferença e é Verão)

    Beijos amigo,

    M.L.

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  5. Gostei muito, amiga! Neste momento o jogo está viciado... a tantos níveis. Nada está a ser fácil... nada será fácil...
    Um abraço grande para ti!

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  6. “Respeitem o Zé”

    Economista proeminente
    Vê uma situação explosiva
    Está preocupado c’a gente
    E com um país à deriva

    Por acaso até é presidente
    Aqui deste grupo de malta
    Fez muito aviso premente
    Explosividade está em alta

    Tudo o resto está em baixa
    E tanto mais o rabo aparece
    Quanto mais a gente se agacha

    Melhor será cagar em pé
    Mais esta gente não merece
    A ver se assim respeitam o Zé.

    Prof Eta

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  7. “Ajustar as velas”

    Há um tempo na nossa vida
    Queremos o vento mudar
    Pela razão que nos é devida
    Ou assim chegamos a pensar

    Mas a razão não nos pertence
    Aprendemos a viver o momento
    Mesmo se a vida não nos vence
    Ensina-nos a entender o vento

    A não esperar a sua mudança
    A abrigarmo-nos numa enseada
    A apreciarmos as coisas belas

    Quando navegamos na bonança
    E que a tempestade é ultrapassada
    Tão somente ajustando as velas.

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  8. Já ninguém respeita o Zé...
    Mas alguns podem temer
    Que ele possa erguer-se e, de pé,
    Faça o que deve fazer...

    Está tudo muito explosivo,
    Tudo muito inconsistente...
    Talvez por esse motivo
    Ande perdida esta gente...

    Estou a escrever um poema
    Enquanto na Rádio toca
    Um programa dedicado

    À poesia... o problema
    É que a atenção se me foca
    Aqui... e no outro lado!

    :) Até já, Poeta! Hoje é dia do programa de rádio do Horizontes da Poesia... não está a ser fácil escrever com os sentidos "repartidos" desta forma... abraço gde!

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  9. Há lá vela que se ajuste
    A uma injustiça destas?
    Até já há quem se assuste
    E nem sequer vá às festas...

    Nem às festas, nem a nada
    Que há gente com muito medo
    E outra está muito assustada
    Sem saber se é tarde ou cedo

    Para a situação mudar
    E pr`á justiça, roubada,
    Poder, de novo, voltar!

    As velas hão-de ajustar-se
    Depois da maré mudada...
    Agora há é que lutar-se!

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  10. Nada será fácil!

    Me impressionam as notícias
    internacionais!

    Abraço,

    M.L.

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  11. Olá Poeta amigo

    Nada vai ser fácil!
    E me impressionam as notícias internacionais.

    As enseadas estão a ser compradas
    E o Jogo
    Não tem alma, nem verdade.
    As multidões lesadas sofrem...

    E eu sofro com Elas!

    Vou colocar vossos nomes, como participantes amigos deste cenário.

    Um abraço grande e forte.

    M.L.

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  12. “Liquidação total”

    Governo deste nosso Portugal
    Galinha dos ovos d’ouro mata
    Para princípio não está mal
    Bicho já nem põe ovos de prata

    Os últimos ovos foram de lata
    Pr’á Suíça o dinheiro desanda
    E a partir duma certa data
    Pagar impostos é na Holanda

    Para termos um final feliz
    Vamos recorrer à emigração
    Palop’s e Brasil são uma opção

    Quem ficará neste pobre país?
    Os governantes por dedicação
    E os gestores de liquidação.

    Prof Eta

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  13. “Casino em chamas”

    É na democracia possível
    Que o casino está a arder
    Nunca julgámos ser crível
    Mas acabou por acontecer

    Há tanta loja de perfumes
    Vi tanta pomba assassinada
    Já não há lugar a queixumes
    Aconteceu, não fizemos nada

    Palco foi dado aos actores
    Na peça que nos envergonha
    Viu-se que são impostores

    Nunca julgámos seria assim
    Bando de actores sem vergonha
    Que arda o casino até ao fim.

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  14. A "penosa" de ovos d`ouro
    Que só põe ovos de lata
    É uma imagem de "estouro"!!!
    Poeta, fico-lhe grata

    Porque ri até mais não
    E, apesar de doente,
    Deu-me nova inspiração!
    (esperemos que ela se aguente...)

    De "brandos costumes" sou,
    Portuguesa - entre outros tantos -
    De "antes quebrar que torcer"

    E, lá pr`a fora, não vou
    Nem vou desfazer-me em prantos
    Perante quem não me entender!

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  15. Um Homem, um dia, entrou
    Num mercado onde vendiam
    Animais pr`a sacrifícios
    E num cajado pegou,
    Desancando os que faziam
    Dessas leis os seus ofícios...

    Talvez o mesmo aconteça
    Aos senhores do capital
    E aos truques com que nos mentem
    Pois não nos agrada a "peça"
    E vamos levando a mal
    Que tantos "truques" se inventem...


    Abraço grande, Poeta! :)

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  16. Poeta

    Eu pretendo voltar e ficar!

    Teus poemas traduzem bem o que escrevo e
    agradeço muito a amizade e o enriquecimento
    de palavras, tentando quebrar o silêncio dos bons.


    No google escrevi ¨Desconexo¨ .

    Depois da M.João descobrir a mudança de estilo, coloquei por baixo do poema ou prosa, uma pequena nota...profunda.
    Gostava que lesses os dois.

    Abraço grande

    M.L.

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  17. Parece-me que este escrito não vai parar ao poeta nosso amigo. Me enganei...talvez, mas
    não posso repetir!

    Compõe isto por aqui, por favor.
    Mando muito do calor que se avizinha para hoje.

    Um beijo,

    M.L.

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  18. “A luta ah...ah...ah...”

    A luta continua
    Álvaro pr’á rua
    Mas só no verão
    Pr’apanhar insolação

    A luta está no adro
    Gaspar vai ao quadro
    Mostrar o resultado
    De um país empenhado

    A luta não faz sentido
    Que o país está falido
    Por nunca termos sabido

    Resolver a equação
    Que punha fim à corrupção
    E no cárcere o ladrão.

    Prof Eta

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  19. “Crónica da última sinfonia”

    São tocadores de piano
    Na mesma tecla martelam
    Pr’ó concerto deste ano
    Ouvintes nem interpelam

    Os ouvintes ensurdeceram
    Tal não foi a cacofonia
    E quando à rua desceram
    Terminara a sinfonia

    A rua já não existia
    Só o caminho pr’ó inferno
    Da mais longa desilusão

    O tocador que insistia
    Morreu no último inverno
    Só ficou a recordação.

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  20. Já tinha lido, gostei, identifiquei diferenças, mas tenho dificuldade em ir além do que sou, por isso não vou.

    “Não vou”

    Estilo de todos os poetas
    Nenhum consigo decifrar
    Poemas pr’a mim são ofertas
    Que vêm e vão a cantar

    Cantam e contam a mágoa
    Exteriorizam sentimentos
    Vai correndo muita água
    Lágrimas de vários lamentos

    Meu estilo não tenho
    Nem sequer poeta sou
    Estou aqui e intervenho

    Porque o interior ecoou
    Mesmo com todo o empenho
    Além do que sou não vou.

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  21. Poeta

    Retirei a nota!

    Um poeta não deve explicar-se, pois não o sabe fazer e se o fizer, é critico e não poeta.

    Abraço,

    M.L.

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  22. Escrito de outra forma já te encontrei por aí,

    Como corpo alado
    de asas ao vento!...

    C.

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  23. “Europa unida”

    O grego é um feiticeiro
    Já não pede mais esmola
    Não pagará o dinheiro
    Tirou coelho da cartola

    O tuga é um sapateiro
    Deve voltar pr’á escola
    Onde aprenderá primeiro
    Como pagar a meia sola

    É uma Europa unida
    Em torno da fragmentação
    Não mando eu nem tu

    Alguns estão de partida
    E depois da globalização
    O rei passou a andar nu.

    Prof Eta

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  24. Foi a variável tempo
    Que chegou muito atrasada
    Dando, às outras, o talento
    Sem terem que "penar" nada!

    Eu, porém, não sou "bruxinha"
    E não sei de que outra forma
    Lidar c`o que se avizinha
    E que tanto excede a norma...

    Pôr no cárcere o ladrão
    É, decerto, indispensável
    Pr`achar uma solução

    Mas esta estranha equação
    Só tem solução provável
    Se todos dissermos: - NÃO!!!

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  25. “[R]evolução”

    À loja Mozart vais comprar
    Um piano de cauda a estrear
    Podes também influenciar
    Quem pensa estar a mandar

    Pensa mas não manda nada
    Podia a loja ser fechada
    Convém manter a fachada
    Em estado novo e caiada

    Estado novo é novo estado
    Neste tempo de evolução
    Em que o “r” foi retirado

    Compra um piano restaurado
    Um saxofone e um violão
    E compõe a tua revolução.

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  26. Que estranha cacofonia
    Se, monocordicamente,
    Insistem na sinfonia
    Que ensurdece tanta gente!

    Afinal há tantos sons,
    Tantas teclas por tocar
    E eles, pensando que são bons,
    Estão sempre a desafinar!

    Venham novas melodias,
    Mil acordes musicais
    E outras mil novas cantigas

    Pois é bom que, em novos dias,
    Surjam mudanças gerais
    Sobre imposições antigas...

    Poeta, vou lá abaixo. Depois lhe levo este sonetilho.
    Abraço grande!

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  27. Poeta, eu não compro nada,
    Nada de coisa nenhuma
    Nos dias que estão por vir,
    Nem na loja boicotada
    Aqui tão perto que, em suma,
    Me dá um jeitão lá ir...

    A outro sítio, não posso...
    Já nem o lixo dos gatos
    Posso pôr nos contentores!
    É como se houvesse um fosso
    Sob a sola dos sapatos
    Que nem usam "protectores"... :))


    Ai, Poeta, agora voltei a rir-me com esta confusão de lojas de música e de lojas de bens essenciais.
    Abraço grande e até já!

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  28. Mas, connosco, cedo ou tarde
    O mesmo se há-de passar...
    Sem querer fazer grande alarde,
    Não vamos poder pagar...

    Nunca fui economista,
    Mas não sou burra de todo...
    Por mais que o governo insista,
    Este orçamento é um lodo!

    O pior é que esta gente,
    Ao ver a nudez do rei,
    Fica calada e consente!

    Põem um arzinho ausente
    E mesmo eu, que pouco sei,
    Sei bem que isso é evidente...


    :) Um abraço grande!

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  29. “Não vou”

    Estilo de todos os poetas
    Nenhum consigo decifrar
    Poemas pr’a mim são ofertas
    Que vêm e vão a cantar

    Cantam e contam a mágoa
    Exteriorizam sentimentos
    Vai correndo muita água
    Lágrimas de vários lamentos

    Meu estilo não tenho
    Nem sequer poeta sou
    Estou aqui e intervenho

    Porque voz interior ecoou
    Mesmo com todo o empenho
    Além do que sou não vou.

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  30. Se não era, é-o agora!
    E é exactamente assim
    Que eles nascem, a toda a hora,
    Vindos de si e de mim...

    Intervenção também é
    Motivo pr`a poetar
    Durante o dia e até
    Depois da noite chegar...

    Garanto que até admiro
    O seu estilo pessoal
    Tão alheio à melodia,

    E o acho até muito giro,
    Muito fora do normal
    Mas, contudo... POESIA!!!

    Poeta, para quem diz não o ser, está a fazer um trabalho que brada aos céus! É certo que, em termos rítmicos e melódicos, os seus poemas são muito pouco "obedientes" ao formalismo poético... mas a verdade é que eu desafio qualquer poeta dos consagrados - incluindo-me a mim que não sou consagrada mas tenho imensa prática - a conseguir fazer tantos sonetilhos sem o "apoio" da melodia e da sonoridade! O Poeta tem uma poesia não-melódica mas muitíssimo curiosa. Para mim, é original e é praticamente impossível tentar igualá-lo... acredite que eu já tentei fazer poemas como os seus e não consegui...
    Abraço grande! :)

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  31. ¨Não Vou¨

    Então que seja feita a sua vontade!

    Um abraço,

    M.L.

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  32. Se o tocador morreu...
    quem nos vai falar
    dizer e amar?

    Quem se atreve a discordar?

    Abraço,

    M.L.

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  33. “2012”

    2012 é ano de preparação
    Então vamo-nos preparar
    Dizem os chefes da nação
    Os que a ajudam a afundar

    2012 é o fim do mundo
    Então vamo-nos findar
    Que isto aqui está imundo
    Vamos ter que nos mudar

    Preparados vamos partir
    Com uma certeza porém
    Um dia iremos regressar

    Regressaremos a sorrir
    Não tratamos com desdém
    Quem nos anda a maltratar.

    Prof Eta

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  34. “Não sou”

    O poeta que não sou
    Recebeu grande elogio
    Além do que sou não vou
    Mas é motivo de brio

    Vindo da amiga poetisa
    Também a grande mulher
    Que é Maria sem camisa
    E poeta porque Deus quer

    E se eu fôr mais além
    Na curta existência terrena
    Não sou eu já vos digo

    São muitos outros também
    Os comandantes da pena
    Que usa este vosso amigo.

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  35. Sem nenhuma inspiração
    Mas feliz por vê-lo aqui,
    Ponderei dizer que não
    Mas, depois, não consegui...

    Da Maria Sem Camisa
    Só não tenho essa nudez
    Que o nome lhe preconiza
    Quando escrito em português

    Mas tenho a mesma pobreza
    E uma certa rebeldia
    Que nem mesmo sei explicar

    E, às vezes, sinto a beleza
    Que faz dela essa Maria
    Dos cabelos de luar...

    Abraço grande, Poeta! :)

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  36. Enquanto estiver por cá,
    Não desisto de tentar
    Perceber o que em nós há
    Que tanto nos faz lutar...

    Não é mera teimosia
    Que assim nos empurra em frente
    Quando outro qualquer fugia,
    Como foge tanta gente...

    Não creio no fim do mundo
    - pelo menos para já... -
    E, estas coisas, não confundo;

    Quando não puder marchar,
    Falarei do que há por cá
    E, assim, tentarei lutar...


    :) Abraço GRANDE para todos vós!!!

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  37. “Tolerância e diversidade”

    Eu estou em bicos de pés
    Tolerância venho ensinar
    Acabo às vinte pr’ás dez
    Façam favor de se calar

    Eu sou muito tolerante
    E respeito a diversidade
    Já sabem daqui em diante
    O que eu disser é a verdade

    Querida chefe foi de férias
    Não há quem mereça mais
    Que viva a chefe querida

    Dizer o contrário são lérias
    Chefe pertence aos imortais
    Uma estátua verá erguida.

    Prof Eta

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  38. “A solução”

    Solução foi encontrada
    Mas o problema fugiu
    É uma solução frustrada
    O objectivo não atingiu

    Pobre e triste da solução
    Que sem o problema raiz
    Vê recusada a sua paixão
    Pois o problema não a quis

    Alguém lhe disse, ò querida
    Não estejas triste e abandonada
    Há tanto problema a resolver

    Se foste uma solução preterida
    Podes ser solução reciclada
    E ainda nos poderás valer.

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  39. Não sei quem seja a patroa
    Que tantos louvores mereça
    Mas deve ser muito boa...
    Ou então... é boa "peça"...

    Eu, pr`aqui, correndo à toa,
    Faço tudo numa pressa,
    Não teço nenhuma loa
    A patroa como essa...

    Só me sobram uns minutos
    Enquanto trato e não trato
    Dos meus amigos de pêlo

    Não tenho tempo pr`a lutos
    Ou pr`a lembrar-me do gato...
    [quem dera tornar a vê-lo!]


    Olá, Poeta! Só deixo este sonetilho feito à pressa. Saio de casa dentro de pouco tempo e ainda não acabei de tratar as pombas.
    Abraço grande!

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  40. Poeta, estou de saída
    Mas quero deixar-lhe aqui
    Uma palavra sentida
    Como estas que agora li;

    Nunca fui de por de parte
    Coisas de segunda escolha
    Mas que possuam a arte
    Da raiz, com caule e folha...


    Se a solução residir
    Na extrema simplicidade
    De uma ervinha tão espontânea,

    Estarei pronta a consentir!
    Só não sei se isso é verdade...
    Mas, se o for, estou consentânea!

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  41. Bonita resposta a um poema interessante,
    mas pessoalmente não sei a que se referem.

    Estou longe demais e muitos problemas de saúde têm surgido (não só a mim)e estão por resolver...

    Que viagem, de certa forma, triste...
    Nem sei que te diga. Escrevi CIDADE, não te importas de ler?
    Não tenho escrito a ninguém e ninguém sabe de mim.

    Abraço grande,

    M.L.

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  42. Amiga, estou no Rádio Horizontes da Poesia, em directo, mas vou lá assim que o programa sair do ar! Depois falamos, está bem?
    Beijinho!

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  43. “Sociedade secreta”

    A minha sociedade secreta
    Não anda nas bocas do povo
    Usa a administração directa
    O que não é nada de novo

    Dinheiro público é gerido
    Com colossal seriedade
    E sem um grande alarido
    Pois é secreta a sociedade

    Está isenta de corrupção
    Aqui ninguém causa dano
    Nem existe culpabilização

    O primeiro artigo dos estatutos
    “Sabemos que roubar é humano,
    só aceitamos membros astutos”.

    Prof Eta

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  44. Aproveitando um pequeno intervalo, eu também não sei quem... pelo menos acho que, pessoalmente, não sei... até já!

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  45. “Ervinha”

    D’ervinha tão espontânea
    Não brotará uma solução
    Mas uma sua sucedânea
    Pode indicar a direcção

    Em fino pó branco moída
    E inalado com brusquidão
    Vai pôr-te à roda na vida
    Dominas qualquer situação

    Sentirás a efémera glória
    Vais ser o herói lá da rua
    Até que acabe a alucinação

    Vive pr’a contar a estória
    Conta outra que não a tua
    Ou serás o herói desilusão.

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  46. “O animal”

    O facebook na verdade
    Não transforma ninguém
    É o espelho da sociedade
    Cada um sabe ao que vem

    É uma realidade virtual
    Mas não tapa os humanos
    São os seus gestos tal qual
    Que não haja desenganos

    Virtual não gera o mal
    Nem o bem vem do real
    Ambos nascem no animal

    Que se considera racional
    E numa atitude visceral
    Se transforma em irracional.

    Prof Eta

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  47. “Útero da eternidade”

    Minh’alma é pequena
    Pr’abarcar tanto grito
    Meu coração gangrena
    Ao ver tanto irmão aflito

    Mundo não tem conserto
    Ignora toda esta aflição
    Far-se-á o que está certo
    Não mais haverá salvação

    Próxima geração decerto
    Continuará em gestação
    No útero da eternidade

    Pois sente o fim por perto
    E prefere essa protecção
    A fazer parte da humanidade.

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  48. Mais ou menos racional,
    Mais ou menos criativo,
    O humano é animal
    Como outro qualquer ser vivo!

    Quanto mais nós conhecermos
    Dessa bio-condição,
    Tanto mais ricos seremos...
    Cada bicho é meu irmão!

    Não é fácil - mesmo nada! -
    Reconhecer que os direitos
    Devem ser tão repartidos

    Mas aprendi, nesta estrada,
    Que não somos mais perfeitos
    Ou, sequer, mais comedidos... :)

    Gostei de escrever este sonetilho, Poeta! Gostei mesmo muito! Está a ver? Este, em compensação, é um daqueles assuntos em que eu consigo sempre argumentar com muito prazer e com a certeza de estar a dizer alguma coisa útil :)
    Acho que é hoje que a TV se vai apagar de vez. Pelo menos é hoje que desligam o emissor digital daqui, do litoral...
    Abraço grande!
    PS - Parece que a net já se aquietou um bocadinho :)

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  49. Não perdi, ainda, a fé
    Em toda esta humanidade...
    Cada um é como é,
    Mas há solidariedade

    E se até os animais
    Nos ensinam a lição,
    Sejamos tão fraternais
    Como qualquer bom irmão!

    Estou no fim da caminhada
    Mas quero que fique, aqui,
    A partida preparada;

    Irei, como toda a gente
    Que viveu, como eu vivi,
    De face erguida e decente...

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  50. “Hiena”

    Não há almoços grátis
    E saúde também não
    Não julgues quem o diz
    A senhora não fala em vão

    Quis parar a democracia
    Por seis mesitos apenas
    Mas penso que ela queria
    Voltar ao tempo das hienas

    Com maxilares poderosos
    Devoram as suas presas
    Sem dó nem piedade sentir

    Almoços grátis são numerosos
    Nós pagamos as despesas
    E as hienas terminam a rir.

    Prof Eta

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  51. “O seu reino”

    Rei das coisas pequenas
    Raio de sol é seu reinado
    Que ilumina as açucenas
    Com que está ornamentado

    Canto dos rouxinóis ecoa
    No seu palácio de colmo
    A decoração não destoa
    Tapete de luz é um assombro

    Tem arco-íris como portal
    Dão boas-vindas as estrelas
    Oferecem-te esta inscrição

    Bem-vindo se não vem por mal
    É seu o reino das coisas belas
    Rainha é a contemplação.

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  52. Gosto das coisas pequenas
    E dos tapetes de luz,
    Do colmo, das açucenas,
    De quanto aqui reproduz... :)

    Quereria estar melhor
    Pr`a melhor lhe responder,
    Mas esta febre, esta dor,
    Nunca me inspira a escrever...

    O momento é de combate
    E não sei dispor de mim...
    Espero que este disparate

    E as novas leis da saúde
    Não determinem o fim
    Do que sou... [fiz o que pude...] :)


    Ao menos tentei e... sorri mais do que uma vez. Mas vou ter de voltar ao mundo real e, esse, desde ontem, tem estado a empurrar-me para a desistência de tudo e mais alguma coisa.
    Não é fácil entender... nem para mim mesma, mas a verdade é que eu leio um simples formulário de um pedido de isenção, releio,volto a reler e... é como se estivesse a ler chinês! Há qualquer coisinha que deixa de funcionar na tal "inteligência" que, até há pouquíssimo tempo, eu me ia gabando de ter...
    e garanto que não fui às ervinhas :))) Isto deve ser bom! Já me ri a sério... mas deve ser porque voltei a sair do mundo real...
    Abraço grande! :)

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  53. Estamos todos a assistir
    À destruição total
    Da saúde e do porvir
    De tudo o que é "social"!

    Não vêem - não lhes convém! -
    Quantas vidas destruídas
    Vão penar, nesse desdém
    Por coisas já conseguidas?

    Quem tem dinheiro e saúde
    Consegue sobreviver
    A esta "mudança" toda

    Mas o resto não se ilude!
    Quanta gente irá morrer
    Enquanto a "mudança" roda?


    Abraço grande, Poeta!

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  54. “Pastel”

    Exportar pastéis de nata
    É o futuro desta nação
    Pr’ó paladar uma serenata
    No estrangeiro apreciarão

    E nós o país dos pastéis
    E dos brilhantes idiotas
    Também temos moscatéis
    Temos porcos e bolotas

    Temos a melhor alfarroba
    Doce de figo conventual
    Já não falo do pão de rala

    Vamos exportar um’arroba
    Sr. ministro não leve a mal
    Mas porque não se cala?

    Prof Eta

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  55. “Aluga-se”

    A barriga de aluguer
    Só para quem a merece
    Não é para quem quer
    A mim não me apetece

    Prefiro uma barriga ter
    Quem ainda me aquece
    Mesmo depois de nascer
    E de mim não se esquece

    A vida não se negoceia
    Tudo é negócio na vida
    Se teu ventre é transição

    Com o fruto que escasseia
    Os olhinhos na despedida
    Também vão dizer não.

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  56. As rimas que me não surgem
    Quando a vontade mo pede
    E que, às vezes, tanto urgem,
    São a força que me mede...

    É nos silêncios que eu digo,
    Tanto ou mais do que falando,
    Das metas que aqui persigo
    Mas jamais saberei quando...

    Nesse tempo que passou
    Fui fruto do que escolhi
    E o que essa escolha entregou

    Foi por mim mesma criado
    Como a obra traz em si
    O seu profundo legado...


    Poeta, não consegui uma análise objectiva... só falei de mim e da minha própria experiência... não dá -ainda... - para ser muito isenta acerca deste tema... Bjo!

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  57. Montando um pastel de nata
    Surge, ao fundo, um cavaleiro,
    Todo coberto de lata,
    Pr`a salvar... o mundo inteiro!

    Ao longe, o franguito assado,
    Peão de grande coragem,
    Espera, na volta ao passado,
    Conseguir ganhar vantagem...

    Ele há génios, n`Assembleia,
    De ideias inovadoras,
    Mas que ninguém reconhece!!!

    [e eu já estou a ficar cheia
    de ver passarem-se as horas
    vendo que nada acontece...]


    Bem, lá saiu! :) Abraço grande!

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  58. “Génios d’Assembleia”

    Vendo que nada acontece
    Eu proponho uma solução
    Se luz dos génios enfraquece
    Que se faça a transformação

    São novamente colocados
    Nas lâmpadas do Aladino
    N’areia do deserto enterrados
    Não sendo este o seu destino

    É uma segunda oportunidade
    Pois aí terão a possibilidade
    De meditar sem perturbação

    Que a grande responsabilidade
    De conduzir a nossa sociedade
    Exige uma outra motivação.

    Prof Eta

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  59. “À velocidade do pensamento”

    Sim, não foi a Maria João
    Já que de casa não saiu não
    Também não foi o Lapalice
    Sim que isso seria tontice

    Terá sido o Fernando Pessoa
    Não, o pensamento dele voa
    Só posso ter sido eu então
    Agradeço-lhe a conclusão

    À velocidade do pensamento
    Nunca tinha pensado assim
    Fez o favor de mo mostrar

    Tem o meu reconhecimento
    Já que a essa velocidade enfim
    Descubro que escrevo sem pensar.

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  60. :))) !!!

    Pobre daquele que tropece
    Numa lâmpada que tal!
    O génio ainda lhe oferece
    Uma ida ao hospital!!! :))

    Mas dá-lhe, em compensação,
    Um "natinha" com canela
    E, mesmo que ele diga: - Não!
    Vai ter de levar com ela...

    Estou-me a rir só de pensar
    Nos génios engarrafados
    À espera de alguém que passe

    E, então, os possa salvar,
    Prestar-lhes alguns cuidados,
    Dizer-lhes que têm classe... :)))


    :)) Abração!

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  61. Mas é realmente assim
    Que, as mais das vezes, escrevemos!
    Só depois, chegando ao fim,
    Pensamos no que fizemos...

    A febre já me subiu
    Mas continuo a escrever...
    Estou vermelha, tenho frio
    E estou pr`aqui a tremer

    Mas quero ainda deixar
    A resposta a estes versos
    E se a febre não baixar

    Vou, a seguir, pr`á caminha
    Porque estes frios são-me adversos...
    Caramba! Que sorte a minha!!!

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  62. “Os bardos”

    Dizer-lhes que têm classe
    É coisa que eu não faria
    Nem que a burra zurrasse
    Daí abaixo eu não caia

    Que fiquem engarrafados
    É sorte mais que a pedida
    Que nós pr’aqui ignorados
    Somos seu seguro de vida

    Mas pr’a eles somos fardo
    Não mostram a sagacidade
    Desta apólice preservar

    Somos tal qual aquele bardo
    Expressava sua musicalidade
    Pr’a nas trombas sempre levar.

    Prof Eta

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  63. “Naquela aldeia”

    Da cidade não vou falar
    Seu apelo não me seduz
    Aldeia pode-me embalar
    Encanta-me um raio de luz

    E à tardinha no ribeiro
    Da pele suada me liberto
    Estendo a toalha no lameiro
    Raios de sol mostram afecto

    E na lareira à noitinha
    Crepita um lume amigo
    Aquece o tacho do jantar

    E com muita pena minha
    Chega a hora e não consigo
    Apelo da manta de lã recusar.

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  64. Lindo, Poeta!

    Quanto a mim, estou dividida
    Entre a aldeia e a cidade;
    Se com uma sonho em vida,
    Na outra vivo, em verdade...

    Numa aldeia proibida
    Por uma alheia vontade
    - há muito tempo perdida -
    Deixei ficar a saudade...

    Por isso sei... e não sei
    Se essa escolha é pertinente
    Ou se vale ainda a pena...

    Poucos mais passos darei
    Na contagem decrescente
    Desta vivência serena... :)


    Ficou tristonho, mas só reparei nisso depois de o reler... a ideia era explicar que vivi um pouco dividida entre os ambientes citadinos e o campo. Costumava dizer, por altura dos meus vinte anos, que iria sempre mudando para zonas mais afastadas das urbanizações, exactamente porque gostava de estar em contacto com zonas "selvagens" :)) Quando morei em Linda-a-Velha - entre Algés e Linda a Velha, numa urbanização que estava mesmo no seu início - ia todos os dias passar umas horas, sozinha, para as matas do Estádio Nacional... adorava andar por lá a observar as pequenas formas de vida. Tinha uma enorme admiração pelas formigas que ali construíam os seus ninhos - ninhos altos, alguns com mais de um metro de altura - e era capaz de ficar tempos infinitos a observá-las... mas também gostava muito dos lagartos, das anguinhas, dos gafanhotos... :)) ai, que discursão!!!
    Abraço grande!

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  65. Completamente impotentes
    - e pensando ter razão -
    Querem convencer a gente
    A jamais lhes dizer "Não"...

    Abrindo este enorme fosso
    Entre pobreza e riqueza,
    Podendo mais do que eu posso,
    Mas sem ter qualquer certeza,

    Não será fácil vencer
    A classe dominadora
    Com seus "truques" financeiros,

    Mas não estão a perceber
    Que está a chegar a hora
    De sermos nós os primeiros!


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  66. “EDP Eletlecidade de Poltugal”

    A paltil de Janeilo
    Passa a sel a tua vez
    De pagal em dinheilo
    Na loja do chinês

    Posto de coblança
    Da eletlecidade gasta
    China entla na dança
    Que a gente não se basta

    Obligado amigo chino
    Podes tel olhos em bico
    Podes sel pequenino

    Mas aos teus milhões
    Eu não sou alélgico
    Manda mais uns camiões.

    Prof Eta

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  67. “Os boys e o antílopes”

    Naquela imensa pradaria
    Uma longa cerca a dividia
    Dum lado abundância havia
    Do outro pouco se comia

    Dum lado luzidios boys a comer
    Do outro os antílopes a sofrer
    Selvagens tentavam sobreviver
    Mas um dia quem havia de dizer

    Acabou na pradaria a abundância
    Pr’a comer era preciso labutar
    Boys acabaram por definhar

    Antílopes sem qualquer relutância
    Magros e selvagens mas a lutar
    Ainda hoje por lá devem andar.

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  68. Não percebem, minha amiga, não entendem...
    Falta-lhes humanidade!

    M.L.

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  69. Eu já comprei, no chinês,
    Tudo o que há para comprar;
    Óculos, pó para os pés
    E espuma pr`a depilar...

    Ir lá pr`a "pagar a luz",
    Isso nunca imaginei
    Mas, se a conta se reduz...
    [não diga nada, eu já sei!]

    Venha o sol dar-me o consolo
    Dos seus dias mais quentinhos,
    Mais azuis e iluminados!

    Eu daqui já não "descolo",
    Nem para dar uns "passinhos"
    Nuns alegres "verdes prados"...

    Bem me pareceu que não valia a pena tentar abdicar de uma "rolante" de que tanto gosto :))

    Abraço gde!

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  70. Para lá caminharemos
    Se o nosso povo o deixar
    E a nossa Europa veremos
    Reduzida ao que sobrar...

    Em nome não-sei-de-quem
    E não sei por que razão
    O "jogo" foi muito além
    E já ninguém nele tem mão

    E ao deixar aos nossos filhos
    Uma tão injusta herança
    E uma tão negra miséria

    Só deixaremos sarilhos
    Em nome dessa tal "esperança"
    Numa gente pouco séria!

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  71. Tens razão, amiga... falta-lhes humanidade!
    Vou aproveitar para te deixar aqui um desabafo; acreditas que o Poetaporkedeusker fez quatro anos no dia 14 e eu me esqueci completamente de assinalar a data? E andei, durante o mês de Dezembro, a garantir a mim mesma que este ano faria qualquer coisa especial... olha, fiz mesmo; esqueci-me! Só agora me lembrei, vê lá tu...
    Espero que estejas melhor e que estes dias de clima ameno tenham contribuído para a tua recuperação. Por cá, gela-se! Os meus problemas circulatórios agravaram-se ao ponto de quase me impedirem de andar...
    Um enorme abraço para ti, amiga!

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  72. Esses esquecimentos tamém me acompanham
    no teu caso é caso de poeta, no meu caso, é
    loucura de que pensa ser poeta.

    Mas já reconheceram no poema
    "Cidade"" , um
    poema urbano e o defeniram como pertencendo a São Paulo.
    Gostei, pois é a minha análise quanto a esta Cidade.


    " Mulher feia mas interessante".

    Abraço grande,

    M.L.

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  73. Ora essa! Pois então o meu também pode ser loucura pois também penso que és poeta!
    Mas olha que eu penso que também tem a ver com o facto de eu não estar nada bem... amanhã vou ter de me levantar antes das 5 horas porque tenho outra consulta hospitalar... custa-me imenso a andar e levo tempos infinitos para fazer seja o que for e, se isto continua, nem me posso deitar nas vésperas de consulta... claro que isto é um pequeno exagero, mas... é que estou sem força muscular e tudo se torna muito complicado. Tenho o Kico - que é outro que está como eu ou pior - para alimentar e passear, pelo menos duas vezes antes de eu sair, as pombas para tratar - mudar jornais, pôr areia nova e alimentar uma delas, que não o consegue fazer sozinha, directamente no bico, mudar a água da tacinha .. - e os litters dos gatos para limpar... só te digo que levo horas nisto, todos os dias!Fora o meu duche, claro... isso, então, é uma verdadeira empreitada! Quem é mais jovem ou tem saúde, não entende minimamente, mas é verdade que as tarefas se agigantam quando temos problemas crónicos... e olha que é perfeitamente correcto dizer, como tu disseste no teu poema "Cidade" que "não há tempo para a dor/ não há tempo para as fraquezas doloridas"... é exactamente isso!
    Não me leves a mal estes desabafos todos... eu sou o tipo de pessoa que se sente bem melhor depois de expor as suas fraquezas e maleitas. Também me sinto mais feliz quando exponho as minhas alegrias... é assim que sempre "funcionei" e, apesar de tudo, vou convivendo bem comigo mesma e minimizando, o mais possível, os meus problemas.
    Hoje terei de me deitar cedinho e a tua música está-me a embalar... iria já para a cama se não tivesse ainda imensas tarefas por fazer...
    Um enorme abraço, amiga!

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  74. “Lixar”

    Quem lixo não era
    Acabou de ser lixado
    Isto está mesmo bera
    O rating foi alterado

    A Europa vai acabar
    Mesmo não acabando
    Vão a todos comprar
    Vamo-nos achinesando

    Férias acabam a seguir
    E os feriados também
    Salário é contrapartida

    Se produzes sempr’abrir
    Hoje trinta amanhã cem
    Não fales em direito à vida.

    Prof Eta

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  75. “Culturas perdidas”

    Sigmund desaparecido
    E Freud moribundo
    Sartre mal parecido
    E Aristóteles imundo

    Conspurcada a filosofia
    Cultura sem consciência
    Ofuscadas pela iliteracia
    Vou à loja de conveniência

    Numa prateleira bem alta
    Encontro antigas edições
    Da filosofia espezinhada

    Manual da cultura em falta
    Em razoáveis condições
    Mas já não serviu de nada.

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  76. Não há tempo para a dor
    não há tempo para o mais fraco... e eu escrevo e eu digo e eu sinto- é Verdade!

    Mas corajosa tu és! Sabes que dizem que tudo isto é o Karma de cada um...Mas se houver Fé
    tudo se ultrapassa...mas nem tudo!

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  77. “Fantoche”

    Portugal mostra ao mundo
    O mundo não liga ao tuga
    Mostra ao mercado profundo
    Mas mercado é sanguessuga

    Em declaração triunfal
    “Esta é via do crescimento”
    Após maratona negocial
    Terá perdido o discernimento

    O mercado é que comanda
    Faz com que o país amoche
    Sempre foi e assim será

    E quem pensa que manda
    Na sua mão é fantoche
    O melhor que temos cá.

    Prof Eta

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  78. “Guardador de luas”

    Ser guardador de luas
    Foi sonho meu um dia
    Mas sonho fez das suas
    E muita lua não queria

    O sonho ficou distante
    A lua cheia prometida
    Fez-se quarto minguante
    Mas como prova de vida

    Renasceu como lua nova
    Fez-se quarto crescente
    Foi lua sem se enganar

    Lua que o ciclo renova
    E interfere com a gente
    Mas não se deixa guardar.

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  79. Sim, é verdade, amiga... e também sei que nem tudo se ultrapassa. Volto ao hospital dentro de duas semanas... isto parece ser uma agudização da situação crónica, segundo o médico.
    Um beijo!

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  80. É certo! De quando em quando as crises se repetem.

    Me parece ter entrado numa situação dessas.

    No pc escrevo, mas não vejo nada do que escrevo.

    Enfim...hoje andei por lugares onde me senti perdida! Melhoras,

    M.L.

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  81. “País pacato”

    O problema da corrupção
    Afirmou o Prof. Marcelo
    Vem do tempo da fundação
    Deste rectângulo tão belo

    Sob a forma de condado
    E dando caça aos mouros
    Este país seria formado
    Roubando-lhes os tesouros

    Mais tarde haveria um pacto
    O pacto de não agressão
    Preservou o país da guerra

    Ficando pr’a sempre pacato
    Toleramos todo o ladrão
    E o sistema que nos emperra.

    Prof Eta

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  82. “História”

    Vivemos um dia histórico
    De muitos que se seguirão
    Carnaval e carro alegórico
    Enterro do bacalhau e caixão

    Precisam conhecer a história
    Para enquadrar a situação
    A seguir a uma grande euforia
    Segue-se sempre uma depressão

    Não precisam saber economia
    Precisam sentir a população
    Saindo da redoma do poder

    Quem muito o povo asfixia
    Recebe de volta uma convulsão
    Que não tardará a acontecer.

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  83. A famigerada história
    Deste imenso "desconcerto"
    Ficar-nos-á na memória
    Mesmo depois deste "aperto"!

    A História deste país,
    Mais tarde relatará
    Este momento infeliz
    Que tanto mal nos trará

    Não me enganem com sondagens,
    Com discursos laudatórios,
    Nem promessas enganosas!

    Prefiro estas "desmontagens"
    E dispenso os falatórios
    Dessas rebuscadas prosas!


    Abraço grande, Poeta! Não estou bem, desculpe.

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  84. Guardadora de Luas;

    Eu, de luas guardadora,
    Já não sei como mostrar
    Que o Poema não tem hora
    Pr`a partir, nem pr`a chegar...

    Vai-se a vida na demora
    De tantas rimas guardar
    E o Poema vai-se embora
    Se a guardadora faltar...

    Por isso, enquanto durar,
    Vou cumprindo o prometido
    Na aliança indesmentível

    Entre Poeta e Luar;
    Fica o pacto, aqui, cumprido
    Num poema imprevisível...

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  85. COMO SATISFIZ A MINHA VONTADE DE SER GUARDADORA DE LUAS


    Quis, um dia, ir guardar luas
    Lá para os Passos Perdidos,
    Mas andei por tantas ruas
    Que lhes perdi os sentidos...

    Não sabia se Este-Oeste,
    Se ir a Sul, se tentar Norte
    E até tu, Sol, te esqueceste
    De me apontar um suporte!

    Desisti do estranho ofício
    De guardar as luas-cheias
    Das ruas desta cidade

    E, fazendo um sacrifício,
    Voltei pr`a casa e pintei-as
    Satisfazendo a vontade!

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  86. “Bad guys”

    Bad girls go everywhere
    Mas é preciso ser-se má
    Bad boys meet you there
    Isso é o que mais cá há

    É raça humana, conheces?
    Única espécie da criação
    Que ante todas as preces
    Não hesita, mata um irmão

    Diz-se dotada de compreensão
    Nunca vi tanta incongruência
    Diz-se trás de origem coração

    Será acessório pr’á violência
    Pratica amiúde a humilhação
    Por certo reflexo de inteligência.

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  87. Com esta exponenciação,
    Nem sendo "pior que má",
    Voltaria a ter na mão
    Aquilo que já não há...

    Raça humana, raça humana,
    Já nem sei o que te diga!
    Há por cá tanto sacana
    Com mais olhos que barriga...

    Mas soubesse ela abdicar
    Da sua imensa ganância
    E da sede do poder,

    Pudesse, inteira, sonhar,
    Entender, mesmo à distância,
    Os que não podem nem querer...

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  88. “Respirar”

    Não há crises na lua
    Quem me dera lá viver
    Não há oxigénio na rua
    Vives lá só pr’a morrer

    Crises são da humanidade
    E do seu modo de pensar
    Curta de vistas a realidade
    Vou para a lua morar

    Crio a fábrica d’oxigénio
    Vou um governo instalar
    Quem pr’a lá fôr a seguir

    Vai encontrar este génio
    E se pretender respirar
    Vai ter que contribuir.

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  89. “A partida”

    O nosso presidente coitado
    Não ganha pr’a meias solas
    Apesar de bem reformado
    Está a pensar viver de esmolas

    Senhor presidente da nação
    Temos pena com certeza
    Não espere nossa contribuição
    Também vivemos na pobreza

    Vislumbramos uma solução
    A de quem nos está a governar
    Para outro lado vá presidir

    Que esta pobre população
    Por cá se haverá de arranjar
    Não temos pena, pode partir.

    Prof Eta

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  90. “O provedor”

    Vós que lá do vosso palácio
    Dizeis ser provedor do povo
    Que não seja este o posfácio
    Antes de um provedor novo

    Provedor da nossa incerteza
    Das nossas angústias também
    Com uma reforma de pobreza
    Asilado no Palácio de Belém

    Para as despesas não ganhais
    Sois provedor das ambições
    Dum país de chicos-espertos

    Se andássemos mais despertos
    Daríamos pelas contradições
    Assim não merecemos mais.

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  91. Cada um tem o que merece!

    Eu do outro lado do Oceano vejo as notícias
    e me parece que ninguém se manifesta no tempo certo.

    Se grita
    Se fazem greves...
    Mas não há convicção
    No que se faz
    e muito menos no que se diz.

    No fundo e na realidade, para mim, ninguém
    se manifesta com força, com senso e se dispersam em diálogos sem palavras sentidas.


    Vou tentar escrever minha opinião distante, mas sempre perto.

    Obrigada por sua presença constante e amiga.

    Abraço, M.L.

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