O interessante na Politica
É que o Jogo jogado
Não acaba Nunca!
A Politica é o palco
Onde atores se criam
E outros se recriam.
A cortina abre e fecha
As conquistas das certezas
Deixam de ter interesse.
Não tem Alma
Não tem Verdade!
Acaba por ser um Jogo
jogado no pano verde
de um Casino.
E a saída de um politico
vem consagrar o outro
que acaba de chegar!
As palavras se parecem
Os aplausos terminam breve
E o Jogo se repete.
O Final da peça representada
reduzida ao pó e ao Nada!
Maria Luísa Adães
Bom Ano Luísa. Beijinho
ResponderEliminarOlá Eduardo
ResponderEliminarEdu amigo,
Bela surpresa e eu estou no Brasil!
Há quanto tempo amigo, não sabia de ti...
Obrigada pela lembrança e um Novo Ano Feliz!
Abraço grande,
M. Luísa
Poeta,
ResponderEliminarBela alegoria à Peça Representada!
E.
pois...
ResponderEliminarPacóvios por assim dizer
Dobrados das costuras a suas exas
Num facto de a cada momento acontecer
por assim dizer...enfm...
Já estás por cá ?
bela noite
Não estou por aí !
ResponderEliminarEstou em São Paulo e vou continuar a estar.
Mas hoje estou melhor e estou a abusar...
São 18h:29 do dia 03/01/2012 - Brasil,
por aí são 20h:29 (2h de diferença e é Verão)
Beijos amigo,
M.L.
Gostei do comments!
ResponderEliminarM.L.
Gostei muito, amiga! Neste momento o jogo está viciado... a tantos níveis. Nada está a ser fácil... nada será fácil...
ResponderEliminarUm abraço grande para ti!
“Respeitem o Zé”
ResponderEliminarEconomista proeminente
Vê uma situação explosiva
Está preocupado c’a gente
E com um país à deriva
Por acaso até é presidente
Aqui deste grupo de malta
Fez muito aviso premente
Explosividade está em alta
Tudo o resto está em baixa
E tanto mais o rabo aparece
Quanto mais a gente se agacha
Melhor será cagar em pé
Mais esta gente não merece
A ver se assim respeitam o Zé.
Prof Eta
“Ajustar as velas”
ResponderEliminarHá um tempo na nossa vida
Queremos o vento mudar
Pela razão que nos é devida
Ou assim chegamos a pensar
Mas a razão não nos pertence
Aprendemos a viver o momento
Mesmo se a vida não nos vence
Ensina-nos a entender o vento
A não esperar a sua mudança
A abrigarmo-nos numa enseada
A apreciarmos as coisas belas
Quando navegamos na bonança
E que a tempestade é ultrapassada
Tão somente ajustando as velas.
Já ninguém respeita o Zé...
ResponderEliminarMas alguns podem temer
Que ele possa erguer-se e, de pé,
Faça o que deve fazer...
Está tudo muito explosivo,
Tudo muito inconsistente...
Talvez por esse motivo
Ande perdida esta gente...
Estou a escrever um poema
Enquanto na Rádio toca
Um programa dedicado
À poesia... o problema
É que a atenção se me foca
Aqui... e no outro lado!
:) Até já, Poeta! Hoje é dia do programa de rádio do Horizontes da Poesia... não está a ser fácil escrever com os sentidos "repartidos" desta forma... abraço gde!
Há lá vela que se ajuste
ResponderEliminarA uma injustiça destas?
Até já há quem se assuste
E nem sequer vá às festas...
Nem às festas, nem a nada
Que há gente com muito medo
E outra está muito assustada
Sem saber se é tarde ou cedo
Para a situação mudar
E pr`á justiça, roubada,
Poder, de novo, voltar!
As velas hão-de ajustar-se
Depois da maré mudada...
Agora há é que lutar-se!
Nada será fácil!
ResponderEliminarMe impressionam as notícias
internacionais!
Abraço,
M.L.
Olá Poeta amigo
ResponderEliminarNada vai ser fácil!
E me impressionam as notícias internacionais.
As enseadas estão a ser compradas
E o Jogo
Não tem alma, nem verdade.
As multidões lesadas sofrem...
E eu sofro com Elas!
Vou colocar vossos nomes, como participantes amigos deste cenário.
Um abraço grande e forte.
M.L.
“Liquidação total”
ResponderEliminarGoverno deste nosso Portugal
Galinha dos ovos d’ouro mata
Para princípio não está mal
Bicho já nem põe ovos de prata
Os últimos ovos foram de lata
Pr’á Suíça o dinheiro desanda
E a partir duma certa data
Pagar impostos é na Holanda
Para termos um final feliz
Vamos recorrer à emigração
Palop’s e Brasil são uma opção
Quem ficará neste pobre país?
Os governantes por dedicação
E os gestores de liquidação.
Prof Eta
“Casino em chamas”
ResponderEliminarÉ na democracia possível
Que o casino está a arder
Nunca julgámos ser crível
Mas acabou por acontecer
Há tanta loja de perfumes
Vi tanta pomba assassinada
Já não há lugar a queixumes
Aconteceu, não fizemos nada
Palco foi dado aos actores
Na peça que nos envergonha
Viu-se que são impostores
Nunca julgámos seria assim
Bando de actores sem vergonha
Que arda o casino até ao fim.
A "penosa" de ovos d`ouro
ResponderEliminarQue só põe ovos de lata
É uma imagem de "estouro"!!!
Poeta, fico-lhe grata
Porque ri até mais não
E, apesar de doente,
Deu-me nova inspiração!
(esperemos que ela se aguente...)
De "brandos costumes" sou,
Portuguesa - entre outros tantos -
De "antes quebrar que torcer"
E, lá pr`a fora, não vou
Nem vou desfazer-me em prantos
Perante quem não me entender!
Um Homem, um dia, entrou
ResponderEliminarNum mercado onde vendiam
Animais pr`a sacrifícios
E num cajado pegou,
Desancando os que faziam
Dessas leis os seus ofícios...
Talvez o mesmo aconteça
Aos senhores do capital
E aos truques com que nos mentem
Pois não nos agrada a "peça"
E vamos levando a mal
Que tantos "truques" se inventem...
Abraço grande, Poeta! :)
Poeta
ResponderEliminarEu pretendo voltar e ficar!
Teus poemas traduzem bem o que escrevo e
agradeço muito a amizade e o enriquecimento
de palavras, tentando quebrar o silêncio dos bons.
No google escrevi ¨Desconexo¨ .
Depois da M.João descobrir a mudança de estilo, coloquei por baixo do poema ou prosa, uma pequena nota...profunda.
Gostava que lesses os dois.
Abraço grande
M.L.
Parece-me que este escrito não vai parar ao poeta nosso amigo. Me enganei...talvez, mas
ResponderEliminarnão posso repetir!
Compõe isto por aqui, por favor.
Mando muito do calor que se avizinha para hoje.
Um beijo,
M.L.
“A luta ah...ah...ah...”
ResponderEliminarA luta continua
Álvaro pr’á rua
Mas só no verão
Pr’apanhar insolação
A luta está no adro
Gaspar vai ao quadro
Mostrar o resultado
De um país empenhado
A luta não faz sentido
Que o país está falido
Por nunca termos sabido
Resolver a equação
Que punha fim à corrupção
E no cárcere o ladrão.
Prof Eta
“Crónica da última sinfonia”
ResponderEliminarSão tocadores de piano
Na mesma tecla martelam
Pr’ó concerto deste ano
Ouvintes nem interpelam
Os ouvintes ensurdeceram
Tal não foi a cacofonia
E quando à rua desceram
Terminara a sinfonia
A rua já não existia
Só o caminho pr’ó inferno
Da mais longa desilusão
O tocador que insistia
Morreu no último inverno
Só ficou a recordação.
Já tinha lido, gostei, identifiquei diferenças, mas tenho dificuldade em ir além do que sou, por isso não vou.
ResponderEliminar“Não vou”
Estilo de todos os poetas
Nenhum consigo decifrar
Poemas pr’a mim são ofertas
Que vêm e vão a cantar
Cantam e contam a mágoa
Exteriorizam sentimentos
Vai correndo muita água
Lágrimas de vários lamentos
Meu estilo não tenho
Nem sequer poeta sou
Estou aqui e intervenho
Porque o interior ecoou
Mesmo com todo o empenho
Além do que sou não vou.
Poeta
ResponderEliminarRetirei a nota!
Um poeta não deve explicar-se, pois não o sabe fazer e se o fizer, é critico e não poeta.
Abraço,
M.L.
Escrito de outra forma já te encontrei por aí,
ResponderEliminarComo corpo alado
de asas ao vento!...
C.
“Europa unida”
ResponderEliminarO grego é um feiticeiro
Já não pede mais esmola
Não pagará o dinheiro
Tirou coelho da cartola
O tuga é um sapateiro
Deve voltar pr’á escola
Onde aprenderá primeiro
Como pagar a meia sola
É uma Europa unida
Em torno da fragmentação
Não mando eu nem tu
Alguns estão de partida
E depois da globalização
O rei passou a andar nu.
Prof Eta
Foi a variável tempo
ResponderEliminarQue chegou muito atrasada
Dando, às outras, o talento
Sem terem que "penar" nada!
Eu, porém, não sou "bruxinha"
E não sei de que outra forma
Lidar c`o que se avizinha
E que tanto excede a norma...
Pôr no cárcere o ladrão
É, decerto, indispensável
Pr`achar uma solução
Mas esta estranha equação
Só tem solução provável
Se todos dissermos: - NÃO!!!
“[R]evolução”
ResponderEliminarÀ loja Mozart vais comprar
Um piano de cauda a estrear
Podes também influenciar
Quem pensa estar a mandar
Pensa mas não manda nada
Podia a loja ser fechada
Convém manter a fachada
Em estado novo e caiada
Estado novo é novo estado
Neste tempo de evolução
Em que o “r” foi retirado
Compra um piano restaurado
Um saxofone e um violão
E compõe a tua revolução.
Que estranha cacofonia
ResponderEliminarSe, monocordicamente,
Insistem na sinfonia
Que ensurdece tanta gente!
Afinal há tantos sons,
Tantas teclas por tocar
E eles, pensando que são bons,
Estão sempre a desafinar!
Venham novas melodias,
Mil acordes musicais
E outras mil novas cantigas
Pois é bom que, em novos dias,
Surjam mudanças gerais
Sobre imposições antigas...
Poeta, vou lá abaixo. Depois lhe levo este sonetilho.
Abraço grande!
Poeta, eu não compro nada,
ResponderEliminarNada de coisa nenhuma
Nos dias que estão por vir,
Nem na loja boicotada
Aqui tão perto que, em suma,
Me dá um jeitão lá ir...
A outro sítio, não posso...
Já nem o lixo dos gatos
Posso pôr nos contentores!
É como se houvesse um fosso
Sob a sola dos sapatos
Que nem usam "protectores"... :))
Ai, Poeta, agora voltei a rir-me com esta confusão de lojas de música e de lojas de bens essenciais.
Abraço grande e até já!
Mas, connosco, cedo ou tarde
ResponderEliminarO mesmo se há-de passar...
Sem querer fazer grande alarde,
Não vamos poder pagar...
Nunca fui economista,
Mas não sou burra de todo...
Por mais que o governo insista,
Este orçamento é um lodo!
O pior é que esta gente,
Ao ver a nudez do rei,
Fica calada e consente!
Põem um arzinho ausente
E mesmo eu, que pouco sei,
Sei bem que isso é evidente...
:) Um abraço grande!
“Não vou”
ResponderEliminarEstilo de todos os poetas
Nenhum consigo decifrar
Poemas pr’a mim são ofertas
Que vêm e vão a cantar
Cantam e contam a mágoa
Exteriorizam sentimentos
Vai correndo muita água
Lágrimas de vários lamentos
Meu estilo não tenho
Nem sequer poeta sou
Estou aqui e intervenho
Porque voz interior ecoou
Mesmo com todo o empenho
Além do que sou não vou.
Se não era, é-o agora!
ResponderEliminarE é exactamente assim
Que eles nascem, a toda a hora,
Vindos de si e de mim...
Intervenção também é
Motivo pr`a poetar
Durante o dia e até
Depois da noite chegar...
Garanto que até admiro
O seu estilo pessoal
Tão alheio à melodia,
E o acho até muito giro,
Muito fora do normal
Mas, contudo... POESIA!!!
Poeta, para quem diz não o ser, está a fazer um trabalho que brada aos céus! É certo que, em termos rítmicos e melódicos, os seus poemas são muito pouco "obedientes" ao formalismo poético... mas a verdade é que eu desafio qualquer poeta dos consagrados - incluindo-me a mim que não sou consagrada mas tenho imensa prática - a conseguir fazer tantos sonetilhos sem o "apoio" da melodia e da sonoridade! O Poeta tem uma poesia não-melódica mas muitíssimo curiosa. Para mim, é original e é praticamente impossível tentar igualá-lo... acredite que eu já tentei fazer poemas como os seus e não consegui...
Abraço grande! :)
¨Não Vou¨
ResponderEliminarEntão que seja feita a sua vontade!
Um abraço,
M.L.
Se o tocador morreu...
ResponderEliminarquem nos vai falar
dizer e amar?
Quem se atreve a discordar?
Abraço,
M.L.
“2012”
ResponderEliminar2012 é ano de preparação
Então vamo-nos preparar
Dizem os chefes da nação
Os que a ajudam a afundar
2012 é o fim do mundo
Então vamo-nos findar
Que isto aqui está imundo
Vamos ter que nos mudar
Preparados vamos partir
Com uma certeza porém
Um dia iremos regressar
Regressaremos a sorrir
Não tratamos com desdém
Quem nos anda a maltratar.
Prof Eta
“Não sou”
ResponderEliminarO poeta que não sou
Recebeu grande elogio
Além do que sou não vou
Mas é motivo de brio
Vindo da amiga poetisa
Também a grande mulher
Que é Maria sem camisa
E poeta porque Deus quer
E se eu fôr mais além
Na curta existência terrena
Não sou eu já vos digo
São muitos outros também
Os comandantes da pena
Que usa este vosso amigo.
Sem nenhuma inspiração
ResponderEliminarMas feliz por vê-lo aqui,
Ponderei dizer que não
Mas, depois, não consegui...
Da Maria Sem Camisa
Só não tenho essa nudez
Que o nome lhe preconiza
Quando escrito em português
Mas tenho a mesma pobreza
E uma certa rebeldia
Que nem mesmo sei explicar
E, às vezes, sinto a beleza
Que faz dela essa Maria
Dos cabelos de luar...
Abraço grande, Poeta! :)
Enquanto estiver por cá,
ResponderEliminarNão desisto de tentar
Perceber o que em nós há
Que tanto nos faz lutar...
Não é mera teimosia
Que assim nos empurra em frente
Quando outro qualquer fugia,
Como foge tanta gente...
Não creio no fim do mundo
- pelo menos para já... -
E, estas coisas, não confundo;
Quando não puder marchar,
Falarei do que há por cá
E, assim, tentarei lutar...
:) Abraço GRANDE para todos vós!!!
“Tolerância e diversidade”
ResponderEliminarEu estou em bicos de pés
Tolerância venho ensinar
Acabo às vinte pr’ás dez
Façam favor de se calar
Eu sou muito tolerante
E respeito a diversidade
Já sabem daqui em diante
O que eu disser é a verdade
Querida chefe foi de férias
Não há quem mereça mais
Que viva a chefe querida
Dizer o contrário são lérias
Chefe pertence aos imortais
Uma estátua verá erguida.
Prof Eta
“A solução”
ResponderEliminarSolução foi encontrada
Mas o problema fugiu
É uma solução frustrada
O objectivo não atingiu
Pobre e triste da solução
Que sem o problema raiz
Vê recusada a sua paixão
Pois o problema não a quis
Alguém lhe disse, ò querida
Não estejas triste e abandonada
Há tanto problema a resolver
Se foste uma solução preterida
Podes ser solução reciclada
E ainda nos poderás valer.
Não sei quem seja a patroa
ResponderEliminarQue tantos louvores mereça
Mas deve ser muito boa...
Ou então... é boa "peça"...
Eu, pr`aqui, correndo à toa,
Faço tudo numa pressa,
Não teço nenhuma loa
A patroa como essa...
Só me sobram uns minutos
Enquanto trato e não trato
Dos meus amigos de pêlo
Não tenho tempo pr`a lutos
Ou pr`a lembrar-me do gato...
[quem dera tornar a vê-lo!]
Olá, Poeta! Só deixo este sonetilho feito à pressa. Saio de casa dentro de pouco tempo e ainda não acabei de tratar as pombas.
Abraço grande!
Poeta, estou de saída
ResponderEliminarMas quero deixar-lhe aqui
Uma palavra sentida
Como estas que agora li;
Nunca fui de por de parte
Coisas de segunda escolha
Mas que possuam a arte
Da raiz, com caule e folha...
Se a solução residir
Na extrema simplicidade
De uma ervinha tão espontânea,
Estarei pronta a consentir!
Só não sei se isso é verdade...
Mas, se o for, estou consentânea!
Bonita resposta a um poema interessante,
ResponderEliminarmas pessoalmente não sei a que se referem.
Estou longe demais e muitos problemas de saúde têm surgido (não só a mim)e estão por resolver...
Que viagem, de certa forma, triste...
Nem sei que te diga. Escrevi CIDADE, não te importas de ler?
Não tenho escrito a ninguém e ninguém sabe de mim.
Abraço grande,
M.L.
Amiga, estou no Rádio Horizontes da Poesia, em directo, mas vou lá assim que o programa sair do ar! Depois falamos, está bem?
ResponderEliminarBeijinho!
“Sociedade secreta”
ResponderEliminarA minha sociedade secreta
Não anda nas bocas do povo
Usa a administração directa
O que não é nada de novo
Dinheiro público é gerido
Com colossal seriedade
E sem um grande alarido
Pois é secreta a sociedade
Está isenta de corrupção
Aqui ninguém causa dano
Nem existe culpabilização
O primeiro artigo dos estatutos
“Sabemos que roubar é humano,
só aceitamos membros astutos”.
Prof Eta
Aproveitando um pequeno intervalo, eu também não sei quem... pelo menos acho que, pessoalmente, não sei... até já!
ResponderEliminar“Ervinha”
ResponderEliminarD’ervinha tão espontânea
Não brotará uma solução
Mas uma sua sucedânea
Pode indicar a direcção
Em fino pó branco moída
E inalado com brusquidão
Vai pôr-te à roda na vida
Dominas qualquer situação
Sentirás a efémera glória
Vais ser o herói lá da rua
Até que acabe a alucinação
Vive pr’a contar a estória
Conta outra que não a tua
Ou serás o herói desilusão.
“O animal”
ResponderEliminarO facebook na verdade
Não transforma ninguém
É o espelho da sociedade
Cada um sabe ao que vem
É uma realidade virtual
Mas não tapa os humanos
São os seus gestos tal qual
Que não haja desenganos
Virtual não gera o mal
Nem o bem vem do real
Ambos nascem no animal
Que se considera racional
E numa atitude visceral
Se transforma em irracional.
Prof Eta
“Útero da eternidade”
ResponderEliminarMinh’alma é pequena
Pr’abarcar tanto grito
Meu coração gangrena
Ao ver tanto irmão aflito
Mundo não tem conserto
Ignora toda esta aflição
Far-se-á o que está certo
Não mais haverá salvação
Próxima geração decerto
Continuará em gestação
No útero da eternidade
Pois sente o fim por perto
E prefere essa protecção
A fazer parte da humanidade.
Mais ou menos racional,
ResponderEliminarMais ou menos criativo,
O humano é animal
Como outro qualquer ser vivo!
Quanto mais nós conhecermos
Dessa bio-condição,
Tanto mais ricos seremos...
Cada bicho é meu irmão!
Não é fácil - mesmo nada! -
Reconhecer que os direitos
Devem ser tão repartidos
Mas aprendi, nesta estrada,
Que não somos mais perfeitos
Ou, sequer, mais comedidos... :)
Gostei de escrever este sonetilho, Poeta! Gostei mesmo muito! Está a ver? Este, em compensação, é um daqueles assuntos em que eu consigo sempre argumentar com muito prazer e com a certeza de estar a dizer alguma coisa útil :)
Acho que é hoje que a TV se vai apagar de vez. Pelo menos é hoje que desligam o emissor digital daqui, do litoral...
Abraço grande!
PS - Parece que a net já se aquietou um bocadinho :)
Não perdi, ainda, a fé
ResponderEliminarEm toda esta humanidade...
Cada um é como é,
Mas há solidariedade
E se até os animais
Nos ensinam a lição,
Sejamos tão fraternais
Como qualquer bom irmão!
Estou no fim da caminhada
Mas quero que fique, aqui,
A partida preparada;
Irei, como toda a gente
Que viveu, como eu vivi,
De face erguida e decente...
“Hiena”
ResponderEliminarNão há almoços grátis
E saúde também não
Não julgues quem o diz
A senhora não fala em vão
Quis parar a democracia
Por seis mesitos apenas
Mas penso que ela queria
Voltar ao tempo das hienas
Com maxilares poderosos
Devoram as suas presas
Sem dó nem piedade sentir
Almoços grátis são numerosos
Nós pagamos as despesas
E as hienas terminam a rir.
Prof Eta
“O seu reino”
ResponderEliminarRei das coisas pequenas
Raio de sol é seu reinado
Que ilumina as açucenas
Com que está ornamentado
Canto dos rouxinóis ecoa
No seu palácio de colmo
A decoração não destoa
Tapete de luz é um assombro
Tem arco-íris como portal
Dão boas-vindas as estrelas
Oferecem-te esta inscrição
Bem-vindo se não vem por mal
É seu o reino das coisas belas
Rainha é a contemplação.
Gosto das coisas pequenas
ResponderEliminarE dos tapetes de luz,
Do colmo, das açucenas,
De quanto aqui reproduz... :)
Quereria estar melhor
Pr`a melhor lhe responder,
Mas esta febre, esta dor,
Nunca me inspira a escrever...
O momento é de combate
E não sei dispor de mim...
Espero que este disparate
E as novas leis da saúde
Não determinem o fim
Do que sou... [fiz o que pude...] :)
Ao menos tentei e... sorri mais do que uma vez. Mas vou ter de voltar ao mundo real e, esse, desde ontem, tem estado a empurrar-me para a desistência de tudo e mais alguma coisa.
Não é fácil entender... nem para mim mesma, mas a verdade é que eu leio um simples formulário de um pedido de isenção, releio,volto a reler e... é como se estivesse a ler chinês! Há qualquer coisinha que deixa de funcionar na tal "inteligência" que, até há pouquíssimo tempo, eu me ia gabando de ter...
e garanto que não fui às ervinhas :))) Isto deve ser bom! Já me ri a sério... mas deve ser porque voltei a sair do mundo real...
Abraço grande! :)
Estamos todos a assistir
ResponderEliminarÀ destruição total
Da saúde e do porvir
De tudo o que é "social"!
Não vêem - não lhes convém! -
Quantas vidas destruídas
Vão penar, nesse desdém
Por coisas já conseguidas?
Quem tem dinheiro e saúde
Consegue sobreviver
A esta "mudança" toda
Mas o resto não se ilude!
Quanta gente irá morrer
Enquanto a "mudança" roda?
Abraço grande, Poeta!
“Pastel”
ResponderEliminarExportar pastéis de nata
É o futuro desta nação
Pr’ó paladar uma serenata
No estrangeiro apreciarão
E nós o país dos pastéis
E dos brilhantes idiotas
Também temos moscatéis
Temos porcos e bolotas
Temos a melhor alfarroba
Doce de figo conventual
Já não falo do pão de rala
Vamos exportar um’arroba
Sr. ministro não leve a mal
Mas porque não se cala?
Prof Eta
“Aluga-se”
ResponderEliminarA barriga de aluguer
Só para quem a merece
Não é para quem quer
A mim não me apetece
Prefiro uma barriga ter
Quem ainda me aquece
Mesmo depois de nascer
E de mim não se esquece
A vida não se negoceia
Tudo é negócio na vida
Se teu ventre é transição
Com o fruto que escasseia
Os olhinhos na despedida
Também vão dizer não.
As rimas que me não surgem
ResponderEliminarQuando a vontade mo pede
E que, às vezes, tanto urgem,
São a força que me mede...
É nos silêncios que eu digo,
Tanto ou mais do que falando,
Das metas que aqui persigo
Mas jamais saberei quando...
Nesse tempo que passou
Fui fruto do que escolhi
E o que essa escolha entregou
Foi por mim mesma criado
Como a obra traz em si
O seu profundo legado...
Poeta, não consegui uma análise objectiva... só falei de mim e da minha própria experiência... não dá -ainda... - para ser muito isenta acerca deste tema... Bjo!
Montando um pastel de nata
ResponderEliminarSurge, ao fundo, um cavaleiro,
Todo coberto de lata,
Pr`a salvar... o mundo inteiro!
Ao longe, o franguito assado,
Peão de grande coragem,
Espera, na volta ao passado,
Conseguir ganhar vantagem...
Ele há génios, n`Assembleia,
De ideias inovadoras,
Mas que ninguém reconhece!!!
[e eu já estou a ficar cheia
de ver passarem-se as horas
vendo que nada acontece...]
Bem, lá saiu! :) Abraço grande!
“Génios d’Assembleia”
ResponderEliminarVendo que nada acontece
Eu proponho uma solução
Se luz dos génios enfraquece
Que se faça a transformação
São novamente colocados
Nas lâmpadas do Aladino
N’areia do deserto enterrados
Não sendo este o seu destino
É uma segunda oportunidade
Pois aí terão a possibilidade
De meditar sem perturbação
Que a grande responsabilidade
De conduzir a nossa sociedade
Exige uma outra motivação.
Prof Eta
“À velocidade do pensamento”
ResponderEliminarSim, não foi a Maria João
Já que de casa não saiu não
Também não foi o Lapalice
Sim que isso seria tontice
Terá sido o Fernando Pessoa
Não, o pensamento dele voa
Só posso ter sido eu então
Agradeço-lhe a conclusão
À velocidade do pensamento
Nunca tinha pensado assim
Fez o favor de mo mostrar
Tem o meu reconhecimento
Já que a essa velocidade enfim
Descubro que escrevo sem pensar.
:))) !!!
ResponderEliminarPobre daquele que tropece
Numa lâmpada que tal!
O génio ainda lhe oferece
Uma ida ao hospital!!! :))
Mas dá-lhe, em compensação,
Um "natinha" com canela
E, mesmo que ele diga: - Não!
Vai ter de levar com ela...
Estou-me a rir só de pensar
Nos génios engarrafados
À espera de alguém que passe
E, então, os possa salvar,
Prestar-lhes alguns cuidados,
Dizer-lhes que têm classe... :)))
:)) Abração!
Mas é realmente assim
ResponderEliminarQue, as mais das vezes, escrevemos!
Só depois, chegando ao fim,
Pensamos no que fizemos...
A febre já me subiu
Mas continuo a escrever...
Estou vermelha, tenho frio
E estou pr`aqui a tremer
Mas quero ainda deixar
A resposta a estes versos
E se a febre não baixar
Vou, a seguir, pr`á caminha
Porque estes frios são-me adversos...
Caramba! Que sorte a minha!!!
“Os bardos”
ResponderEliminarDizer-lhes que têm classe
É coisa que eu não faria
Nem que a burra zurrasse
Daí abaixo eu não caia
Que fiquem engarrafados
É sorte mais que a pedida
Que nós pr’aqui ignorados
Somos seu seguro de vida
Mas pr’a eles somos fardo
Não mostram a sagacidade
Desta apólice preservar
Somos tal qual aquele bardo
Expressava sua musicalidade
Pr’a nas trombas sempre levar.
Prof Eta
“Naquela aldeia”
ResponderEliminarDa cidade não vou falar
Seu apelo não me seduz
Aldeia pode-me embalar
Encanta-me um raio de luz
E à tardinha no ribeiro
Da pele suada me liberto
Estendo a toalha no lameiro
Raios de sol mostram afecto
E na lareira à noitinha
Crepita um lume amigo
Aquece o tacho do jantar
E com muita pena minha
Chega a hora e não consigo
Apelo da manta de lã recusar.
Lindo, Poeta!
ResponderEliminarQuanto a mim, estou dividida
Entre a aldeia e a cidade;
Se com uma sonho em vida,
Na outra vivo, em verdade...
Numa aldeia proibida
Por uma alheia vontade
- há muito tempo perdida -
Deixei ficar a saudade...
Por isso sei... e não sei
Se essa escolha é pertinente
Ou se vale ainda a pena...
Poucos mais passos darei
Na contagem decrescente
Desta vivência serena... :)
Ficou tristonho, mas só reparei nisso depois de o reler... a ideia era explicar que vivi um pouco dividida entre os ambientes citadinos e o campo. Costumava dizer, por altura dos meus vinte anos, que iria sempre mudando para zonas mais afastadas das urbanizações, exactamente porque gostava de estar em contacto com zonas "selvagens" :)) Quando morei em Linda-a-Velha - entre Algés e Linda a Velha, numa urbanização que estava mesmo no seu início - ia todos os dias passar umas horas, sozinha, para as matas do Estádio Nacional... adorava andar por lá a observar as pequenas formas de vida. Tinha uma enorme admiração pelas formigas que ali construíam os seus ninhos - ninhos altos, alguns com mais de um metro de altura - e era capaz de ficar tempos infinitos a observá-las... mas também gostava muito dos lagartos, das anguinhas, dos gafanhotos... :)) ai, que discursão!!!
Abraço grande!
ResponderEliminarCompletamente impotentes
- e pensando ter razão -
Querem convencer a gente
A jamais lhes dizer "Não"...
Abrindo este enorme fosso
Entre pobreza e riqueza,
Podendo mais do que eu posso,
Mas sem ter qualquer certeza,
Não será fácil vencer
A classe dominadora
Com seus "truques" financeiros,
Mas não estão a perceber
Que está a chegar a hora
De sermos nós os primeiros!
“EDP Eletlecidade de Poltugal”
ResponderEliminarA paltil de Janeilo
Passa a sel a tua vez
De pagal em dinheilo
Na loja do chinês
Posto de coblança
Da eletlecidade gasta
China entla na dança
Que a gente não se basta
Obligado amigo chino
Podes tel olhos em bico
Podes sel pequenino
Mas aos teus milhões
Eu não sou alélgico
Manda mais uns camiões.
Prof Eta
“Os boys e o antílopes”
ResponderEliminarNaquela imensa pradaria
Uma longa cerca a dividia
Dum lado abundância havia
Do outro pouco se comia
Dum lado luzidios boys a comer
Do outro os antílopes a sofrer
Selvagens tentavam sobreviver
Mas um dia quem havia de dizer
Acabou na pradaria a abundância
Pr’a comer era preciso labutar
Boys acabaram por definhar
Antílopes sem qualquer relutância
Magros e selvagens mas a lutar
Ainda hoje por lá devem andar.
Não percebem, minha amiga, não entendem...
ResponderEliminarFalta-lhes humanidade!
M.L.
ResponderEliminarEu já comprei, no chinês,
Tudo o que há para comprar;
Óculos, pó para os pés
E espuma pr`a depilar...
Ir lá pr`a "pagar a luz",
Isso nunca imaginei
Mas, se a conta se reduz...
[não diga nada, eu já sei!]
Venha o sol dar-me o consolo
Dos seus dias mais quentinhos,
Mais azuis e iluminados!
Eu daqui já não "descolo",
Nem para dar uns "passinhos"
Nuns alegres "verdes prados"...
Bem me pareceu que não valia a pena tentar abdicar de uma "rolante" de que tanto gosto :))
Abraço gde!
Para lá caminharemos
ResponderEliminarSe o nosso povo o deixar
E a nossa Europa veremos
Reduzida ao que sobrar...
Em nome não-sei-de-quem
E não sei por que razão
O "jogo" foi muito além
E já ninguém nele tem mão
E ao deixar aos nossos filhos
Uma tão injusta herança
E uma tão negra miséria
Só deixaremos sarilhos
Em nome dessa tal "esperança"
Numa gente pouco séria!
Tens razão, amiga... falta-lhes humanidade!
ResponderEliminarVou aproveitar para te deixar aqui um desabafo; acreditas que o Poetaporkedeusker fez quatro anos no dia 14 e eu me esqueci completamente de assinalar a data? E andei, durante o mês de Dezembro, a garantir a mim mesma que este ano faria qualquer coisa especial... olha, fiz mesmo; esqueci-me! Só agora me lembrei, vê lá tu...
Espero que estejas melhor e que estes dias de clima ameno tenham contribuído para a tua recuperação. Por cá, gela-se! Os meus problemas circulatórios agravaram-se ao ponto de quase me impedirem de andar...
Um enorme abraço para ti, amiga!
Esses esquecimentos tamém me acompanham
ResponderEliminarno teu caso é caso de poeta, no meu caso, é
loucura de que pensa ser poeta.
Mas já reconheceram no poema
"Cidade"" , um
poema urbano e o defeniram como pertencendo a São Paulo.
Gostei, pois é a minha análise quanto a esta Cidade.
" Mulher feia mas interessante".
Abraço grande,
M.L.
Muito bom! Abraço grande,
ResponderEliminarM.L.
Ora essa! Pois então o meu também pode ser loucura pois também penso que és poeta!
ResponderEliminarMas olha que eu penso que também tem a ver com o facto de eu não estar nada bem... amanhã vou ter de me levantar antes das 5 horas porque tenho outra consulta hospitalar... custa-me imenso a andar e levo tempos infinitos para fazer seja o que for e, se isto continua, nem me posso deitar nas vésperas de consulta... claro que isto é um pequeno exagero, mas... é que estou sem força muscular e tudo se torna muito complicado. Tenho o Kico - que é outro que está como eu ou pior - para alimentar e passear, pelo menos duas vezes antes de eu sair, as pombas para tratar - mudar jornais, pôr areia nova e alimentar uma delas, que não o consegue fazer sozinha, directamente no bico, mudar a água da tacinha .. - e os litters dos gatos para limpar... só te digo que levo horas nisto, todos os dias!Fora o meu duche, claro... isso, então, é uma verdadeira empreitada! Quem é mais jovem ou tem saúde, não entende minimamente, mas é verdade que as tarefas se agigantam quando temos problemas crónicos... e olha que é perfeitamente correcto dizer, como tu disseste no teu poema "Cidade" que "não há tempo para a dor/ não há tempo para as fraquezas doloridas"... é exactamente isso!
Não me leves a mal estes desabafos todos... eu sou o tipo de pessoa que se sente bem melhor depois de expor as suas fraquezas e maleitas. Também me sinto mais feliz quando exponho as minhas alegrias... é assim que sempre "funcionei" e, apesar de tudo, vou convivendo bem comigo mesma e minimizando, o mais possível, os meus problemas.
Hoje terei de me deitar cedinho e a tua música está-me a embalar... iria já para a cama se não tivesse ainda imensas tarefas por fazer...
Um enorme abraço, amiga!
“Lixar”
ResponderEliminarQuem lixo não era
Acabou de ser lixado
Isto está mesmo bera
O rating foi alterado
A Europa vai acabar
Mesmo não acabando
Vão a todos comprar
Vamo-nos achinesando
Férias acabam a seguir
E os feriados também
Salário é contrapartida
Se produzes sempr’abrir
Hoje trinta amanhã cem
Não fales em direito à vida.
Prof Eta
“Culturas perdidas”
ResponderEliminarSigmund desaparecido
E Freud moribundo
Sartre mal parecido
E Aristóteles imundo
Conspurcada a filosofia
Cultura sem consciência
Ofuscadas pela iliteracia
Vou à loja de conveniência
Numa prateleira bem alta
Encontro antigas edições
Da filosofia espezinhada
Manual da cultura em falta
Em razoáveis condições
Mas já não serviu de nada.
Não há tempo para a dor
ResponderEliminarnão há tempo para o mais fraco... e eu escrevo e eu digo e eu sinto- é Verdade!
Mas corajosa tu és! Sabes que dizem que tudo isto é o Karma de cada um...Mas se houver Fé
tudo se ultrapassa...mas nem tudo!
“Fantoche”
ResponderEliminarPortugal mostra ao mundo
O mundo não liga ao tuga
Mostra ao mercado profundo
Mas mercado é sanguessuga
Em declaração triunfal
“Esta é via do crescimento”
Após maratona negocial
Terá perdido o discernimento
O mercado é que comanda
Faz com que o país amoche
Sempre foi e assim será
E quem pensa que manda
Na sua mão é fantoche
O melhor que temos cá.
Prof Eta
“Guardador de luas”
ResponderEliminarSer guardador de luas
Foi sonho meu um dia
Mas sonho fez das suas
E muita lua não queria
O sonho ficou distante
A lua cheia prometida
Fez-se quarto minguante
Mas como prova de vida
Renasceu como lua nova
Fez-se quarto crescente
Foi lua sem se enganar
Lua que o ciclo renova
E interfere com a gente
Mas não se deixa guardar.
Sim, é verdade, amiga... e também sei que nem tudo se ultrapassa. Volto ao hospital dentro de duas semanas... isto parece ser uma agudização da situação crónica, segundo o médico.
ResponderEliminarUm beijo!
É certo! De quando em quando as crises se repetem.
ResponderEliminarMe parece ter entrado numa situação dessas.
No pc escrevo, mas não vejo nada do que escrevo.
Enfim...hoje andei por lugares onde me senti perdida! Melhoras,
M.L.
“País pacato”
ResponderEliminarO problema da corrupção
Afirmou o Prof. Marcelo
Vem do tempo da fundação
Deste rectângulo tão belo
Sob a forma de condado
E dando caça aos mouros
Este país seria formado
Roubando-lhes os tesouros
Mais tarde haveria um pacto
O pacto de não agressão
Preservou o país da guerra
Ficando pr’a sempre pacato
Toleramos todo o ladrão
E o sistema que nos emperra.
Prof Eta
“História”
ResponderEliminarVivemos um dia histórico
De muitos que se seguirão
Carnaval e carro alegórico
Enterro do bacalhau e caixão
Precisam conhecer a história
Para enquadrar a situação
A seguir a uma grande euforia
Segue-se sempre uma depressão
Não precisam saber economia
Precisam sentir a população
Saindo da redoma do poder
Quem muito o povo asfixia
Recebe de volta uma convulsão
Que não tardará a acontecer.
A famigerada história
ResponderEliminarDeste imenso "desconcerto"
Ficar-nos-á na memória
Mesmo depois deste "aperto"!
A História deste país,
Mais tarde relatará
Este momento infeliz
Que tanto mal nos trará
Não me enganem com sondagens,
Com discursos laudatórios,
Nem promessas enganosas!
Prefiro estas "desmontagens"
E dispenso os falatórios
Dessas rebuscadas prosas!
Abraço grande, Poeta! Não estou bem, desculpe.
Guardadora de Luas;
ResponderEliminarEu, de luas guardadora,
Já não sei como mostrar
Que o Poema não tem hora
Pr`a partir, nem pr`a chegar...
Vai-se a vida na demora
De tantas rimas guardar
E o Poema vai-se embora
Se a guardadora faltar...
Por isso, enquanto durar,
Vou cumprindo o prometido
Na aliança indesmentível
Entre Poeta e Luar;
Fica o pacto, aqui, cumprido
Num poema imprevisível...
COMO SATISFIZ A MINHA VONTADE DE SER GUARDADORA DE LUAS
ResponderEliminarQuis, um dia, ir guardar luas
Lá para os Passos Perdidos,
Mas andei por tantas ruas
Que lhes perdi os sentidos...
Não sabia se Este-Oeste,
Se ir a Sul, se tentar Norte
E até tu, Sol, te esqueceste
De me apontar um suporte!
Desisti do estranho ofício
De guardar as luas-cheias
Das ruas desta cidade
E, fazendo um sacrifício,
Voltei pr`a casa e pintei-as
Satisfazendo a vontade!
“Bad guys”
ResponderEliminarBad girls go everywhere
Mas é preciso ser-se má
Bad boys meet you there
Isso é o que mais cá há
É raça humana, conheces?
Única espécie da criação
Que ante todas as preces
Não hesita, mata um irmão
Diz-se dotada de compreensão
Nunca vi tanta incongruência
Diz-se trás de origem coração
Será acessório pr’á violência
Pratica amiúde a humilhação
Por certo reflexo de inteligência.
Com esta exponenciação,
ResponderEliminarNem sendo "pior que má",
Voltaria a ter na mão
Aquilo que já não há...
Raça humana, raça humana,
Já nem sei o que te diga!
Há por cá tanto sacana
Com mais olhos que barriga...
Mas soubesse ela abdicar
Da sua imensa ganância
E da sede do poder,
Pudesse, inteira, sonhar,
Entender, mesmo à distância,
Os que não podem nem querer...
“Respirar”
ResponderEliminarNão há crises na lua
Quem me dera lá viver
Não há oxigénio na rua
Vives lá só pr’a morrer
Crises são da humanidade
E do seu modo de pensar
Curta de vistas a realidade
Vou para a lua morar
Crio a fábrica d’oxigénio
Vou um governo instalar
Quem pr’a lá fôr a seguir
Vai encontrar este génio
E se pretender respirar
Vai ter que contribuir.
“A partida”
ResponderEliminarO nosso presidente coitado
Não ganha pr’a meias solas
Apesar de bem reformado
Está a pensar viver de esmolas
Senhor presidente da nação
Temos pena com certeza
Não espere nossa contribuição
Também vivemos na pobreza
Vislumbramos uma solução
A de quem nos está a governar
Para outro lado vá presidir
Que esta pobre população
Por cá se haverá de arranjar
Não temos pena, pode partir.
Prof Eta
“O provedor”
ResponderEliminarVós que lá do vosso palácio
Dizeis ser provedor do povo
Que não seja este o posfácio
Antes de um provedor novo
Provedor da nossa incerteza
Das nossas angústias também
Com uma reforma de pobreza
Asilado no Palácio de Belém
Para as despesas não ganhais
Sois provedor das ambições
Dum país de chicos-espertos
Se andássemos mais despertos
Daríamos pelas contradições
Assim não merecemos mais.
Cada um tem o que merece!
ResponderEliminarEu do outro lado do Oceano vejo as notícias
e me parece que ninguém se manifesta no tempo certo.
Se grita
Se fazem greves...
Mas não há convicção
No que se faz
e muito menos no que se diz.
No fundo e na realidade, para mim, ninguém
se manifesta com força, com senso e se dispersam em diálogos sem palavras sentidas.
Vou tentar escrever minha opinião distante, mas sempre perto.
Obrigada por sua presença constante e amiga.
Abraço, M.L.