terça-feira, 8 de maio de 2012

O Grito / Edvard Munch


Edvard Munch


Série de quatro pinturas do norueguês Edvard Munch, a mais célebre

de 1893.  Óleo e pastel sobre cartão.



A obra representa uma figura andrógina num momento de profunda

angústia e desespero existencial.


A série tem quatro pinturas :

duas na posse do Museu Munch em Oslo, outra na Galeria Nacional de Oslo

e outra particular.

Em 2012 esta última se tornou a pintura mais cara da história, ao ser vendida.


Ao fundo um céu de cores quentes

em oposição ao rio azul.


Expressionismo - onde o interesse do artista é a expressão de ideias

e não um retrato da realidade.


A dor do Grito está presente não só no personagem, mas também no fundo,

o que destaca que a vida para quem sofre é dolorosa e a paisagem acompanha

essa dor.

Edvard disse no seu diário :


"O céu ficou vermelho-sangue,

eu parei - havia sangue e línguas de fogo sobre o azul escuro do fjord

e sobre a cidade.

Eu fiquei a tremer de ansiedade - e senti O Grito infinito da Natureza."


Talvez a vida de Edvard, tenha contribuído para a dor imensa do Grito.


Análise de Maria Luísa Adães 


Estudada e escrita com o auxilio da Wikipédia.





 

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164 comentários:

  1. Bravo Maria Luísa

    Bem analisado!

    E a análise muito boa na forma
    poética de dizer.

    A.

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  2. olá traquinas

    no melhor de uma noite feliz...pra ti


    beijinho e a uma síntese de loucuraum sorriso


    bela noite Luisa




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  3. Olá amigo

    O blogs voltou ao inicio e só conto contigo e a
    M. joão que nada sei dela.

    Continuo com o escrever de 20minutos.

    Abraço grande,

    Mª. Luísa

    Sabes da Mª. João?

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  4. penso que estará na exposição
    em Grândola....penso eu...


    um feliz dia Luisa
    e boas melhoras também...

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  5. Também eu tremo de ansiedade sem saber de ti.

    Te vou procurar. Bela análise de "O Grito"

    A.

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  6. Voltei, mas devagar

    escrevi também "Patética" no google.

    Abraço e obrigada,

    Mª. luísa

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  7. Olá amigo

    Regressou? Tudo de bom?

    Estava desejosa de tomar esse chá.

    Parece que nossa amiga está doente e não pode vir ao chá. Mas eu vou!

    Abraço grande,

    Mª. luísa

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  8. Estou aqui, amiga!!! Desculpa mas já não consegui vir até cá ontem à noite... ainda andei a saltitar nas minhas caixas de correio atafulhadas, mas adormeci sentada ao computador e ia caindo do banco abaixo... isto está que não tem descrição possível!
    Mas gostei muitíssimo da tua análise àquele que é considerado o símbolo maior do expressionismo!
    Nem todos os pintores aderem facilmente à tremenda crueza deste Grito, mas eu entendo-o na perfeição. Acho que sempre tive alma de expressionista, mesmo quando me exprimo através de traços naífs... e é isso mesmo , exactamente como tu o dizes; "o interesse do artista é a expressão de ideias e não um retrato da realidade".
    Matisse também foi muito mal aceite e até o irmão da Gertrude Stein - esqueci-me agora do nome dele... - , que lhe comprou aquele retrato da sua mulher - aquele em que ela aparece com uma lista verde no centro do rosto - disse que aquela era a mais horrível mancha de tinta que ele jamais vira... mas comprou-lho e contribuiu dessa forma para a consolidação do movimento expressionista que, então, ganhava as primeiras raízes, através dos Fauves , um grupo "maldito" para os académicos da época...
    Muito, muito boa, a tua análise!
    Enorme abraço e até mais logo! O nosso Poeta voltou e já serviu o chá e tudo! Não sei é se vou conseguir "ter pernas" para o acompanhar... mas vou tentando!

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  9. Adorei encontrar-te e à tua análise espetacular. Sem ofensa...só tu!

    O expressionismo é aquilo que digo. Tem um
    significado Maior - expressa idéias e não a realidade e tu sabes, quanto adoro essa forma de dizer, de pintar e de sentir.

    Quando possível, procura "Patético" no google
    Eu sou suspeita, sou a autora, mas deixa-me gritar...É Bom, muito, muito bom!

    Estou um pouco melhor e isso, é também muito bom.

    Se não podes responder ao poeta aqui, eu vou respondendo.
    Não há compromissos, apenas impera o interesse pelas coisas que na realidade nos
    interessam!

    Um beijo e obrigada,

    Mª. Luísa

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  10. Obrigada, amiga!
    Ainda não estou muito bem adaptada a esta nova forma de vir à net, aos "pulinhos"... descansei uns minutos, fui com o Kico à rua, voltei a descansar um bocadinho e vou mesmo ter de sair para ir buscar areia para suas altezas, o Sigmund e o Garfield... mas ainda vou ao Google, ver se descubro aquilo a que te referes.
    Até já!

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  11. Não tens de agradecer, mas pretendo dizer (chegou a hora de dizer) :

    no nosso caminhar não há compromissos;
    não há obrigações e temos liberdade de fazer
    apenas o que gostamos e depois, o que queremos.

    Não sintas que tens de me responder, de me escrever, tudo será espontâneo e de acordo com as possibilidades de tempo e de saúde.

    E assim, não temos compromissos. E o que tem de acabar -acaba!

    Vai uma coisa e vem outra...ou não vem...

    Estamos sempre prontos a dizer adeus!

    Abraço e obrigada,

    Mª. Luísa

    p.s. não escrevo ao amigo, mas isto também o engloba, no círculo que nos juntou. Os meus agradecimentos para ele.

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  12. Obrigada por me dizeres isso, amiga. Eu acredito que sim mas, até agora, tem sido muito espontânea esta minha comunicação contigo... nunca me senti obrigada a vir até cá e tudo tem sido naturalíssimo... bem, no caso do Google, talvez tenhas alguma razão, mas não tem a ver contigo nem com o 7degraus... tem a ver com o facto de eu ter tendência para me esquecer de abrir o meu próprio blog dessa plataforma. É uma falha minha. Uma falha que já tentei corrigir sem grandes resultados...
    Abraço grande!

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  13. Só tens a falha do Principal (Google)
    então se me permites continuo a chamar a atenção, mas só vais quando te lembrares...
    Vou confiar nessa memória.

    O comments no "Patético" está muito bom!

    Agradeço,

    Mª. luísa

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  14. Até do meu, Maria Luísa... e só agora me lembrei que ainda nem sequer publiquei a apresentação do Pequenas Utopias! Disse que o ia fazer e esqueci-me completamente... mas faço-o agora!
    Obrigada, amiga!
    Até já!

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  15. Boa noite.

    Até amanhã! Hoje me cansei.
    Calma Mª. luísa, diz a outra mais sensata!

    M.L.

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  16. Só agora vi este teu comment... tenho estado a abusar, hoje! Já aqui estou sentada há horas... ainda caio mesmo do banco abaixo...

    Vou mesmo ter de parar, com muita pena minha porque não me falta vontade de trabalhar... o que me falta é a força física... e estou com tantas cãibras que mal consigo teclar. Há horas que estou com elas.
    Até amanhã e que tenhas uma noite serena, Maria Luísa!

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  17. O chá caminhou e eu caminho com ele...
    Gosto do chá e de caminhar!

    Abraço e um bom dia,

    Mª. Luísa

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  18. Se dança o tango na ponte?
    A ponte é um perigo e uma necessidade.

    Beijo,

    Mª. Luísa

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  19. Não foi muito serena a noite.
    Talvez o dia fosse agitado...
    Estou a responder ás voltas que o chá vai dando, junto com a diplomacia caminhante.

    Melhoras muitas e te esforça menos...eu e os
    meus conselhos...de rir!

    M.L.

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  20. Realmente... não estamos em posição de dar conselhos uma à outra... ambas nos esforçamos demasiado...

    Enorme abraço e um dia o mais sossegado possível.
    PS - Estou no CJ mas acho que não vou aguentar-me muito tempo por cá... comecei agora mesmo e, como a cortisona já vai na fase final do desmame, as dores de coluna estão a piorar...

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  21. Os problemas quando surgem parecem não parar.
    Vou descansar - preciso mesmo de o fazer!

    Abraço,

    M. Luísa

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  22. Sigo o teu alerta. Já ia adormecendo não sei quantas vezes... nem consigo raciocinar direito e corro o risco de me magoar a sério... também vou descansar um pouco.
    Abraço grande!

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  23. "O chá é antagónico"...

    E eu me sinto como o chá!

    Abraço,
    ~
    Mª. Luísa

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  24. Se há gatos na ponte, temos de os salvar!

    M. luísa

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  25. “Caminharemos”

    De ti nunca desistiremos
    Não desistas tu também
    As nossas preces faremos
    Em Fátima depois de Ourém

    Sete dias caminharemos
    Só nos pode fazer bem
    Qualquer dia repetiremos
    Deste caminhar fiquei refém

    Todos os dias caminharei
    Sem nada levar em mente
    Levo apenas no coração

    Chama que nunca julguei
    Poder habitar na gente
    Tenho sede de peregrinação.

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  26. “Botox”

    Linda Martini é uma bebida
    Madness estado de demência
    É preciso imensa paciência
    Para a vida levar de vencida

    Mas a idade conta muito mais
    E a vida acaba por nos vencer
    Não importa o que se escrever
    Nem o caminho por onde vais

    O botox ajuda-nos a disfarçar
    Aquilo que é indisfarçável
    E se o verniz começa a estalar

    Ficas com um aspecto execrável
    Muito mais te vale a vida gozar
    Sem esse betume irrecusável.

    Prof Eta

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  27. Caminha, então, caminheiro,
    Que o caminho em que eu persisto
    É por dentro, a tempo inteiro,
    E apenas prova que existo,

    Que existo além, num ribeiro,
    Que eu sei bem que não desisto
    Enquanto o não vir, primeiro,
    De onde o sentir... eu insisto...

    Mas se o corpo me não dura
    Nem me alcança água assim pura,
    Não te posso prometer

    Que me não perca a lonjura
    De tão teimosa loucura
    E me não deite a perder...


    Bons sonhos, Poeta :)

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  28. Estamos de acordo, Prof Eta!
    Não daria um só tostão
    Para usar toda essa treta...
    Ou mudar de direcção

    Fazendo o tempo voltar
    Aos dias do meu passado
    Pois viver é... avançar
    Dando conta do recado...

    Quanto ao martini... dispenso!
    Gosto bem mais de um cházinho
    Enquanto vou trabalhando

    E, às vezes, acendo incenso
    Só pr`a dar melhor cheirinho
    Ao ar que vou respirando...

    :))) rsrsrs, beijinho, Poeta!

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  29. O que as guerras destroem a Diplomacia vence com um sorriso que nem é verdadeiro.

    E o chá tem requinte
    as pessoas gostam
    dizem que não gostam,
    mas gostam...

    E o chá se insinua e vence!

    Abraço,

    Mª. Luísa

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  30. Meu amigo

    Quando nasceu, veio como " Peregrino " a este mundo.

    E assim, vai continuar todo o caminho a percorrer.

    Mª. Luísa

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  31. Atravessa a ponte e vai à pastelaria.

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  32. “Grito da alma”

    Na imensidão do silêncio
    Escuta o grito da alma
    Qu’ecoa na tarde calma
    Não enjeites o prenúncio

    Desse grito assim gerado
    Pela alma em sofrimento
    Que tenta buscar o alento
    E por isso não ficas calado

    Gritas a raiva da fome
    Choras o sangue da dor
    No mesmo império doente

    Há muita gente que come
    Acumula ouro em redor
    Pois viverá eternamente.

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  33. É pequena - tão pequena... -
    Esta nossa eternidade
    Se assim se veste de pena,
    Se se despe da saudade...

    Outros gritos se levantam...
    Quantos serão passageiros
    Quando em angústia decantam
    Os seus anseios primeiros?

    A fome nunca gritou,
    Só apaga lentamente...
    Expressa-se em serenidade

    No ser de que se apossou
    E, assim que "lhe finca o dente",
    Suga-lhe a própria vontade...


    Abraço grande, Poeta!

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  34. O chá dá
    para todos os lados!

    Boa tarde para você,

    Mª. Luísa

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  35. Eles assim o pensam!...

    Mª. Luísa

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  36. Quantos? Quantos?...

    Mª. Luísa

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  37. O Grito,

    representa a

    "Reação humana ao desepero".

    Mª. luísa

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  38. Vou,

    e de seguida, tomo chá mesclado de whiskey
    da Irlanda.

    M. Luísa

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  39. Tantos, Maria Luísa...
    E tu, como estás? Já te sentes melhor?
    Um abraço!

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  40. Mª. J.

    Com muito cuidado e a não responder a ninguém, excepto a vocês e pouco.

    Estou a ver se vai com o tempo,
    mas o tempo também me leva...

    Beijo,

    M.L.

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  41. Leva-nos a todos, amiga... é assim mesmo. Comigo passa-se mais ou menos o mesmo... também respondo pouco e os períodos de vinda à net estão muito reduzidos. Ao Facebook, só uns bocadinhos...
    As tuas melhoras e um abraço grande!

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  42. “A última panaceia”

    Para salvar a economia
    Só falta a contingência
    Do plano feito num dia
    Pró reino da displicência

    Em breve estará concluído
    Para a nossa salvação
    Eu até já tinha ouvido
    O ministro em oração

    Angela nossa que estais
    N’Alemanha toda poderosa
    Vossa vontade de novo

    Seja feita por nós serviçais
    Enquanto a via dolorosa
    É imposta ao nosso povo.

    Prof Eta

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  43. Não entendi muito bem
    A alegada panaceia
    Mas tudo o que dali vem
    Costuma ser má ideia...

    Ministros em oração
    Vão já fazendo furor
    E até a Constituição
    Pode orar-se com ardor...

    Mas devo informar-me mais
    Pois, neste estado em que estou,
    Cada vez estou mais a Leste

    E as coisas mais anormais
    Passam como o sol passou
    Deixando um céu muito agreste...


    Vai "in extremis", Poeta... estou a dormir em pé, tenho de acabar de tratar da minha bicheza e passei ... olhe, não foi uma noite com cãibras, foi uma cãibra pegada durante toda a noite...
    Abraço grande!

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  44. Sempre acreditei na esperteza, por vezes maligna (nem sempre) do chá.

    M. L.

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  45. Da Alemanha já vieram dua terriveis guerras
    e eles sempre perderam...mas mataram milhões de inocentes e perderam...

    A Alemanha é perita em guerras!

    M. Luísa

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  46. “Fado da república”

    Longa noite terminou
    Vai muito longo o dia
    E ninguém se revoltou
    Contra esta democracia

    Democracia amordaçada
    Necessita dum abanão
    E esta nação anestesiada
    Pactua com a situação

    Fomos noite de miséria
    Dia de luzes brilhantes
    Somos um povo revoltado

    Gente pacífica e séria
    Da bola somos amantes
    E amamos o nosso fado.

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  47. Ele já vai anoitecendo!
    Tanta bola e tanto fado
    Já nos não vão prometendo
    Um dia mais acordado...

    Pudesse eu ir "abanando"
    Mais do que o que o faço agora...
    Estaria tudo acordando
    Porque já passa da hora...

    Abanemos, sem parar,
    Que motivos não nos faltam
    Pr`a dar uns bons abanões...

    Um ou outro hão-de acordar!
    (às vezes as tampas saltam
    como a lava dos vulcões...)


    De volta, sempre que puder, Poeta! Não posso muito e cada vez vou podendo menos, mas cá vou estando. Aos pulinhos, a descansar mais do que o costume porque não dá mesmo para ser de outra maneira, mas a tentar sempre.
    Abraço grande!

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  48. Já existia A.C. e vai continuar a existir.

    O chá é persistente!

    Mª. L.

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  49. Agita as emoções, boas e más, dos que passam por ela!

    M.L.

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  50. Esse amigo nunca atravessou a ponte a pé.

    Sempre comedido!

    M.L.

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  51. “Maravilhas”

    As maravilhas do mundo
    São todas de pedra e cal
    Num pensamento profundo
    Achei que estaria mal

    Recuei então um segundo
    Verifiquei ser paradoxal
    Pois se tudo estava imundo
    A culpa seria do animal

    Que as maravilhas produz
    Tantas delas um colosso
    Mas a maravilha suprema

    Aquela que tudo conduz
    Nascida de carne e osso
    É do mundo o problema.

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  52. Quem sabe se sem problemas
    Poderia existir mundo
    E viver mostrasse apenas
    Reflexo de erro profundo?

    Quem garante, à caminhada,
    O sentido, a direcção,
    Se a barca, mesmo ancorada,
    Não tiver tripulação?

    O que seria de mim
    Sem estes versos que escrevo,
    Sem as dúvidas que tenho,

    Sem a certeza de um fim,
    Sem o sonho a que me atrevo
    E as mil coisas que desdenho?


    Abraço grande, Poeta!

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  53. O círculo que o rodeava, era do melhor que encontrava.

    Mª. Luísa

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  54. “Sorriso de amor”

    Não há binómios no amor
    O amor é um estado d’alma
    Pode expressar-se com fulgor
    Ou ser esboçado com calma

    De um sorriso transbordou
    Trazendo um paz imensa
    Esse mesmo sorriso eu dou
    E o que recebo compensa

    Não procures a explicação
    Do que não se pode explicar
    Aprende e pratica a lição

    Verás o simples acto de dar
    Pode aquecer-te o coração
    Será fogo no teu caminhar.

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  55. “O coiso”

    O coiso foi descoberto
    Por um ministro de estado
    Até hoje estava encoberto
    E agora foi-nos revelado

    Esta tamanha revelação
    Trouxe-nos alegria imensa
    Pois sem coiso é que não
    Só o coiso nos recompensa

    Ao coiso vamos brindar
    E ao ministro agradecer
    Por tão grande satisfação

    Que o coiso nos pode dar
    Será a nova forma de viver
    Um novo desafio e solução.

    Prof Eta

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  56. Poeta dá-se em talento,
    Se algum talento lhe calha...
    Assim o faço - ou o tento... -
    Mesmo quando a força falha

    E assim tentarei seguir
    Enquanto a vida o deixar
    E este corpo o permitir,
    Por mais que possa custar

    Mas se os poemas não surgem,
    Se não tenho inspiração,
    Se me não nasce um só verso,

    Nem sequer os dias me urgem...
    Sou só mais uma João
    Sem ter voz num mundo adverso :)


    Abraço grande, Poeta!

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  57. Mas quem acalma com a Troika a chegar?

    Até o chá tem medo de perder a companhia do
    chá. A Troika pode levar!

    M.L.

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  58. Ainda vai na Ponte...

    M. L.

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  59. Esquecendo o resto
    olhou o Tejo
    espelhado e lindo
    e se afundou
    na Filosofia.

    Dá para acreditar!
    M.L.

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  60. O "coiso" disse que o coiso
    Ia ser ultrapassado
    Mas nunca sabe do poiso
    De quem está desempregado...

    Do desemprego falava
    Mas, num lapso imperdoável,
    Disse "o coiso" e nem lembrava
    Que ele está mesmo insuportável...

    Com tanta flexibilidade,
    Tão instáveis vamos estando,
    Tão confusos, tão perdidos,

    Que perdemos a vontade,
    E, do bom que vamos dando,
    Só nos sobram desmentidos...


    Acho que o outro era bem mais divertido... mas não consigo lembrar-me de quase nada...
    Abraço grande, Poeta!

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  61. “Debitar”

    Quem vive de outputs
    Cedo acaba por secar
    E quem vive de inputs
    Acabará por se afogar

    O equilíbrio é preciso
    Como em tudo na vida
    Para se manter o juízo
    Ao longo desta corrida

    Antes de falar, escutar
    Muitos ecos e vozes
    Vai ajudar-te a crescer

    Também te vai preparar
    E sem atitudes ferozes
    Vida consegues defender.

    Prof Eta

    ResponderEliminar
  62. Pois tem amigo,

    regras e bastante severas...

    Um abraço,

    dizem que hoje é o dia do abraço...

    Mª. Luísa

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  63. Qual mudança amigo?

    Não encontro mudanças que a Ponte possa acompanhar...

    M. luísa

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  64. Mas isso é a coisa mais natural do mundo.

    E ao tomar o chá
    quantas mentiras
    se disseram.

    E o chá encobriu tudo
    apenas por ser o chá.

    M. luísa

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  65. Ecoa e estremece...por ela passa toda a
    corrupção e os grandes males do mundo.

    M.Luisa

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  66. Muito "computadorês"
    Para a minha cabecita...
    Já mal falo português,
    Uma língua tão bonita!

    Pode ser vício burguês,
    Mas não desisto da escrita
    Nem desdenho dos "porquês"
    Que assim me uniram à dita...

    Ser-se assim, no que me toca,
    Pode não ser confortável
    Ou, sequer, compensatório,

    Mas é como pão pr`á boca;
    Sem ele é tudo inviável,
    Pese embora o falatório... :)


    Bem... a parte formal está a ser um bocadinho sacrificada à necessidade de responder com alguma brevidade... desculpe-me, Poeta... dadas as circunstâncias de que já lhe falei, penso que o entenderá.
    Abraço grande!

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  67. “Sem abrigo”

    O nosso país tombou
    No beco da agiotagem
    Não pelo que se gastou
    Mas pela sua voragem

    Com futuro hipotecado
    A liberdade, essa finou
    Resta apenas o mercado
    E o que por cá nos deixou

    Desemprego em ascensão
    Impostos sempre a subir
    E o crédito mal parado

    Levaram a casa e o carrão
    Já não tenho onde dormir
    Temos o caldo entornado.

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  68. Ai que sono, ai que cansaço!
    Eu, que quero responder,
    Nem sei aquilo que faço
    Ou que deixo de fazer...

    País meu, eu, neste estado
    Pouco sei fazer por ti,
    Mas nunca te quis roubado
    Do tanto que aqui senti...

    Mais um tempo, um tempo mais,
    E talvez te visse, um dia,
    Desafogado e liberto

    Dos interesses colossais
    Dessa absurda oligarquia
    Que te lança em rumo incerto...

    Ah, nem sei se este não saiu a sonhar... mas saiu! Bjo!

    ResponderEliminar
  69. Todos nós pecamos e o chá não é exceção.
    Mas se peca é depois de idealizado pelas pessoas.

    Sabe que não estou melhor?

    Abraço,

    MLuisa

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  70. Mas ela nunca foi uma linha reta... mistérios!

    M.L.

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  71. “Alma suja”

    O lixo que nos invade
    Não é o que ansiamos
    Mas é a nossa realidade
    E é com ele que levamos

    A nódoa na nossa alma
    Nosso sangue que se esvai
    Como dor que não acalma
    Na melhor alma nódoa cai

    Humanidade de alma suja
    Não encontra o detergente
    Para as nódoas remover

    Pode ser que um dia surja
    E lave a alma da gente
    Com alma suja é sofrer.

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  72. Vi, do lixo nuclear,
    Gigantesco cogumelo
    A crescer e a formar
    Um disco imenso, amarelo...

    Vem de longe, essa ameaça
    Que sempre tive presente
    E em cada dia que passa
    Mais ela fica premente...

    Não será um lixo d`alma
    Mas um perigo é com certeza...
    Nada volta a ser igual

    E, se o homem não se acalma,
    Pode acabar c`oa beleza
    Do seu planeta natal...


    Abraço grande, Poeta! Todos nós, os que agora vamos estando vivos, convivemos, desde sempre, com a ameaça nuclear... é uma realidade incontornável...

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  73. ´Essa lágrima é a minha lágrima por não ser possível escrever. Agradeço tudo quanto me escreve e çhe desejo felicidades.
    Por enquanto, a saúde travou meus intentos.

    Até sempre,

    Mª. Luísa

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  74. “Esvaíram a nação”

    Este nosso Portugal
    Precisa duma limpeza
    Anda tudo a correr mal
    Desde o tempo da realeza

    Desinfecta-se o parlamento
    E a comunicação social
    O governo leva-o o vento
    A troika enfia-se no Tarrafal

    Interrompe-se a democracia
    E sem querer ser ditatorial
    Digo-vos que a solução

    É acabar com a partidocracia
    Que nos tem sido prejudicial
    Esvaindo a seiva da nação.

    Prof Eta

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  75. “Grega tragédia europeia”

    Houve a divina comédia
    Que termina no Paraíso
    Hoje há a Grega tragédia
    Porque não temos juízo

    Somos gregos sem saber
    Por gastar o que não temos
    Em breve iremos perceber
    Pois como eles sofreremos

    Dizem a Grécia irá sair
    Directamente p’ró inferno
    Ouviremos as almas gritar

    E a Europa irá cair
    No purgatório moderno
    Onde as almas vão penar.

    Prof Eta

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  76. Não tenho muitas certezas
    Quanto à tragédia europeia
    Mas penso que somos presas
    De uma bem perversa ideia...

    Não quero crer nos infernos
    - a não ser nos que criamos... -
    E, nestes tempos modernos,
    Nos que nos criam os "amos"

    Só sei que tudo se arrasta
    Numa estranha lentidão,
    Com tantas, contradições

    Que temos que dizer: - Basta,
    Tem de haver revolução
    Pr`acabar c`os vendilhões!


    Estou já a cair de sono, Poeta... e ainda precisava mesmo de fazer uma escolha de textos para um convite que me fizeram... espero não estar já a escrever "em seco" - offline...
    Abraço gde!

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  77. “Tod’a riqueza”

    Tod’a riqueza do mundo
    No afago dum coração
    Pode durar um segundo
    Mas é eterna a gratidão

    De oiro o sorriso que dás
    Diamantes teu olhar terno
    Momento que cá ficarás
    Se assim vivido é eterno

    Se no outro te revês
    Se o outro é teu irmão
    Se ao outro alivias a dor

    Não existem os porquês
    Não existe a divisão
    Existe a riqueza do amor.

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  78. Tarde, mas vou tentar responder-lhe, Poeta!

    Nem sempre a dor passará
    Mas faremos o possível
    Por torná-la menos má
    E também menos sensível

    Mas, se nos ataca a nós,
    Se, conhecendo-nos bem,
    Tentamos calar-lhe a voz
    Como a todos nos convém,

    Nem sempre ela quer ceder
    E quase nunca se apressa
    A deixar de nos doer...

    Se há mecânicas razões,
    Pouco haverá que a impeça
    De cobrir-nos de aflições...


    Aqui vai, Poeta, ainda um tanto ou quanto influenciado pela noite passada que não foi nada simpática e me fez acordar - cheia de sono! - com cãibras.
    Abraço grande!

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  79. “Longa crise”

    Vem de longe a crise
    Já remonta à criação
    Do animal que ajuíze
    Poder matar um irmão

    E usar em seu proveito
    O suor da humanidade
    Não respeitar preceito
    A não ser o da vaidade

    E o poder da ostentação
    Que o poder deve ocultar
    Mas oculto atinge o fim

    Onde meio é justificação
    Pr’a deixar viver ou matar
    Por isso estamos assim.

    Prof Eta

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  80. A vida é competitiva...
    Luta-se logo à nascença
    Por tudo quanto nos priva
    Do conforto da pertença...

    É apenas natural
    Ter desejos desmedidos
    Mas também, de forma igual,
    Querer vê-los mais repartidos

    Do Poder quero é poder
    Afastar-me bem depressa,
    Permanecer bem distante,

    Não me deite ele a perder
    Com a força da promessa
    Ou com mentira constante...


    Beijinho, Poeta! Boa noite!

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  81. Tudo bem contigo, Maria Luísa? Já te vi peloFacebook, mas mal tenho conseguido tempo para lá entrar... por aqui não tenho visto as tuas habituais respostas ao Poeta... mas a net tem estado tão instável que mal posso garantir seja o que for...
    Abraço, amiga!

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  82. Tenho estado doente e vou continuar me parece.
    Não posso comentar nosso amigo e lamento muito.

    As crises são quase seguidas e o pc me faz muito mal.

    Talvez amanhã lhe possa responder.
    Melhorei um pouco e escrevi "Rosas" no google.

    Cheguei aos 503 seguidores, mas os comments são poucos eu deixei de ir aos blogs deles.

    Me visita no google e me perdoem por não vos responder.
    Aguardo uma outra opinião de um médico particular , mas ainda vai demorar.

    Gostei de te encontrar,

    Mª. Luísa

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  83. O chá bem entendido - tem muito com o polvo
    mas mais camuflado.

    Não posso escrever. Me perdoe e agradeço muito a sua perseverança, mas o relógio tocou e tenho de ir embora.

    Talvez seja melhor me esquecer. Abraço grande,

    Mª. Luísa

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  84. Mª. João (eu já disse ao amigo) por aqui, talvez seja melhor me esquecerem.
    Lamento muito!

    Abraço,

    M. L.

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  85. Compreendo. Também eu estou com grandes dificuldades em manter o ritmo e a net, instável, não tem ajudado nada...
    Vou ao Google.
    Um abraço e as tuas melhoras, Maria Luísa.

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  86. “Guerra mundial”

    A Rosa de Hiroshima
    É a pequena demonstração
    Que a sede de poder prima
    Pela capacidade de destruição

    Não olha a meios nem fins
    Tudo o que utiliza é letal
    A força das armas ou afins
    Justificam a sede do capital

    O odor a corpos queimados
    Não pára a guerra mundial
    Está em curso, é a terceira

    Diferentes meios são usados
    Nesta não se utiliza gás letal
    Nem o abrigo é a trincheira.

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  87. “Casos da nação”

    Na bela desta nação
    Só falam de espionagem
    Porque temos um espião
    Que deixou cair a roupagem

    Passou a gato escondido
    Mas com o rabo de fora
    Gera-se enorme alarido
    Interessava que fosse agora

    Depois vem o Europeu
    E logo a seguir o Verão
    Segue-se-lhe o S. Martinho

    P’ra adega aqui vou eu
    Outros casos se seguirão
    Daí ao Natal é um fininho.

    Prof Eta

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  88. Pobre gato que se esconde
    Sem ter feito nem metade
    Do que o espião, como conde,
    Faz mas nega ser verdade...

    Se os rabos ficam de fora
    Logo alguma distracção
    Há-de surgir bem na hora
    De julgar-se essa traição...

    Podem vir mil europeus
    Ou mil verões dos mais quentinhos
    Que há-de haver quem nunca esqueça

    Que esses cuidados são seus,
    Muito embora os S. Martinhos
    Possam subir-lhe à cabeça...

    Meio palerma, mas aqui vai ele, Poeta!

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  89. “A luz no teu caminho”

    Aquilo que possas fazer
    Com espírito de abnegação
    Ajuda-te a compreender
    A força do teu coração

    Coração não se esgotará
    Nesse acto de altruísmo
    E muitas alegrias te trará
    A chama do inconformismo

    Deixa aos outros o oposto
    Daquilo que é tua opção
    Não olhes, segue o caminho

    Ajuda alguém no desgosto
    Desvia outro da perdição
    Dá a outrem um carinho.

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  90. “Anda comigo ver os espiões”

    Anda comigo ver os espiões
    Da nação, são a sua secreta
    E tratam das preocupações
    De forma enérgica mas discreta

    Relatórios com informações
    Nunca existiram, são uma treta
    Fazem parte das encenações
    E esqueces que estás sem cheta

    Anda comigo ouvir as audições
    No parlamento, ditas por poeta
    Ficas com diferentes sensações

    E de entulho a cabeça repleta
    Levas a mão bolso, contas os tostões
    Vais a pé, já não abasteces a lambreta.

    Prof Eta

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  91. A pé já não posso ir
    Mais além que uns poucos passos
    Mais me vale tentar ouvir
    Mesmo que seja aos pedaços...

    Manobras de dispersão
    E outros ruídos de fundo
    Vão convocando a atenção
    De quem vive neste mundo

    Quem os conhece e se esquiva
    Também pode estar tramado
    E ficar muito confuso

    Se anda tudo em roda-viva,
    Fica tudo tresloucado
    E a rodar em "parafuso"...

    Mal "aparufusado"... mas está feito! Agora é o computador que me faz saltar as letras para trás, para cima e para baixo... deve haver alguma maneira de fixar o cursor, mas eu não a conheço e lá vão as letras parar não sei onde... beijinho!

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  92. “A força da cenoura”

    Portugal não está a mais
    É um exemplo a seguir
    As reformas estruturais
    Da agenda hão-de sair

    Estão lá há trinta anos
    Mas foram muito elogiadas
    Por isso não haja enganos
    Serão de vez implementadas

    Força do elogio veio acordar
    Uma adormecida vontade
    Que tem sido quase nula

    Por isso é lento o caminhar
    Mas a cenoura na verdade
    Dá alento a muita mula.

    Prof Eta

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  93. Está espectacular, este sonetilho mordaz, Poeta! E eu que estou "sintonizada" para a sintonização da ligação, nem sei se lhe vou conseguir responder dignamente...

    Vai tudo atrás da cenoura
    Do benefício e do ganho
    Mas, quando a bolhinha estoura,
    Surge um "bruá" tão tamanho

    Que a confusão é total,
    Ninguém sabe o que fazer
    E a disfarçar, bem ou mal...
    Suba a cenoura ao poder!

    O perigo é que essa raiz
    Sendo, em si mesma, inocente,
    Gera muita ambivalência

    E ninguém sabe o que diz
    Quando acontece que a gente
    Quer algumas, de emergência!

    Parece mais escrito por uma cenoura do que por uma poeta, mas... fica, antes que a net resolva sumir-se de novo...
    Abraço grande!

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  94. “Europa a quatro”

    Para a crise analisar
    Outra cimeira aí vem
    Em Roma terá lugar
    Que vejam a crise bem

    Com a pança a abarrotar
    E bons salários também
    No final podem arrotar
    E olhar-nos com desdém

    Alemanha e França allez
    Arriba Itália e Espanha
    Os outros ficam à porta

    Europa a quatro já se vê
    Vão conseguir a façanha
    De declarar a crise morta.

    Prof Eta

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  95. Eutanasiar a crise
    É, certamente, espantoso,
    Embora a coisa deslize
    E eu esteja a levar pr`ó gozo...

    Mas, de cimeiras já farta,
    Cansada de nada ver,
    Nem a quatro... nem à quarta!
    Ficamos sempre a perder!

    E depois... como será
    Que vão fazer pr`a não ver
    A miséria dos mais fracos?

    Andarão de cá pr`a lá
    Em cimeiras de um poder
    Que assim nos transforma em cacos???


    Poeta, eu já volto! Tenho mesmo de ir levar o Kico ao xixi...

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  96. “Escravos da mente”

    A economia venceu
    Saudemos a sua vitória
    A humanidade pereceu
    Já não faz parte da história

    O que era um meio foi fim
    E acabou por nos dominar
    Por isso terminamos assim
    Um dia havemos de voltar

    Por outra certeza guiados
    Fecundada outra semente
    Nova sociedade há-de parir

    Com seres mais iluminados
    Por isso os escravos da mente
    Cedo tiveram que partir.

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  97. Não venceu! Teve o seu "pico"
    Que agora há-de recuar
    E aquilo que verifico
    É que está a agonizar...

    Mas, por muito tempo ainda,
    Há-de impor as suas leis
    E há-de ser muito bem-vinda
    Entre ricaços e reis...

    São as minhas previsões
    E, embora sendo ignorante,
    Vou-me atrevendo a dizê-las

    Sem temer desilusões,
    Sem me mostrar hesitante
    E a saber que não vou vê-las...


    Os meus sonetilhos andam tão mancos quanto eu, Poeta...
    Abraço gde!

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  98. “Mestres da política”

    Portugal é cadáver morto
    Disse-o com sua dicção
    E pelo discurso absorto
    Qual ministro da nação

    Não atingiremos bom porto
    Mas é brilhante a explicação
    Porque é que deu p’ro torto
    Apesar de ter dito que não

    Não são mestres de cozinha
    Mas são mestres da ilusão
    Destes cozinhados sem sal

    Vão tratando da vidinha
    Não iludem, são desilusão
    Cozinham apenas e mal.

    Prof Eta

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  99. “Futuro não chegou”

    O passado já passou
    Não vale olhar p’ra trás
    O presente esgotou
    Com ele esgotou a paz

    O futuro não chegou
    Que o homem foi incapaz
    D’acabar o que começou
    Na sua existência fugaz

    D’areia sempre foi grão
    Neste universo da vida
    Um ser muito primário

    Agora volta a ser chão
    Sem existência conhecida
    Imaginário do seu imaginário.

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  100. “Arte do afecto”

    A revolução cultural
    Virá mostrar-nos a razão
    E também o lado irracional
    Que a arte é transgressão

    Por boas causas transgride
    Apesar da incompreensão
    Sem arte não se progride
    Fica-se p’la estagnação

    Do humano sem coração
    Mercadoria a transaccionar
    Neste mundo tão abjecto

    Onde urge a revolução
    Que nos possa proporcionar
    O regresso à arte do afecto.

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  101. Também me ergo pelas causas
    Desse animal que em nós há
    E, embora fazendo pausas,
    Sei que há-de ficar por cá,

    Sei que pode evoluir,
    Ser bem menos consumista
    E - quem sabe? - até trair
    Uma tendência "especista"

    Quero crer no que há de belo,
    No que há de melhor, mais puro,
    Na maioria de nós

    E quero morrer a crê-lo
    - lá pr`a longe, no futuro! -
    Como um rio persegue a foz..

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  102. Sempre um pouco irreverente,
    Arte que é digna de o ser,
    Compulsiva, segue em frente,
    Vai criando até morrer

    E até quando desdenhada
    Segue o rumo que era o seu,
    Nasce por tudo e por nada,
    Quer dar mais do que já deu...

    Eu que a sei, que tanto a prezo,
    Presto-lhe a minha homenagem
    Onde a puder encontrar

    Porque ela traz sempre aceso
    Um lampejo de coragem
    E uma firmeza sem par...


    O meu abraço, Poeta! Se é verdade tudo o que disse neste sonetilho meio manco, não é menos verdade que a arte está sempre imbuída de afecto e dedicação. Pode não ser muito óbvio, mas o amor está sempre presente nela.

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  103. O amor está sempre imbuído nela...

    Escrevo pouco, mas no google e não respondo
    aos comments, ou muito pouco. Os amigos vão
    desaparecendo.
    O problema se mantém e estou esperando uma consulta, mas só em Julho.

    Desculpa o meu silencio e se podes...aparece nos "7degraus".

    Aqui já sabes o que pedi...Espero sempre momentos melhores, não iguais, isso não é possível, mas melhores...

    Beijos,

    Mª. Luísa

    Mª. Luísa

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  104. Não tens de pedir desculpa pelo sil~encio, Maria Luísa! Eu e o Poeta Zarolho sabemos que estás com problemas de saúde.
    Vou já ao Google!
    Um abraço grande e as tuas melhoras!

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  105. “Guerra actual”

    Somos o povo de Deus
    Investidos de maldade
    Perseguimos os Judeus
    Matamos sem piedade

    Deus não serve p’ra ilibar
    Crimes contr’a humanidade
    Ainda havemos de matar
    A nossa própria vontade

    Foram-se sessenta milhões
    Naquela indústria da morte
    A segunda guerra mundial

    Hoje não há contabilizações
    Mas não prevejo melhor sorte
    P’rós milhões da guerra actual.

    Prof Eta

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  106. “O vôo das borboletas”

    Estamos num estado larvar
    Da teoria do Darwinismo
    Havemos de nos libertar
    Do nosso enorme cinismo

    Atingiremos a evolução
    Num estado mais avançado
    Da larva borboletas surgirão
    Iniciando um enorme bailado

    Se não nos salvarmos então
    Ninguém mais nos salvará
    E as borboletas morrerão

    Com elas o bailado, a ilusão
    E nada mais nos restará
    Apenas o vazio da implosão.

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  107. Quero responder-lhe em verso
    Mas não sei s`inda consigo...
    Este foi um dia adverso
    E há mil coisas que eu nem digo...

    O tema agrada-me imenso,
    É mesmo uma tentação,
    Mas hoje nem sequer penso
    E o poema nasce em vão

    Mas, que eu consiga lembrar-me,
    Nunca acreditei que a vida
    Pudesse acabar assim

    E, se não quiser negar-me,
    Não a deixo ser "varrida"
    Nem subscrevo esse seu fim...


    Lá nasceu, muito manquito... mas nasceu. Gostaria de ter conseguido explorar melhor o tema mas não deu mesmo... nem sequer estava à espera de conseguir fazer rimar fosse o que fosse...
    Abraço grande!

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  108. Para mim, o chá é a criatura com mais faces.

    Abraço e obrigada,

    Mª. Luísa

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  109. Um grande abraço, Maria Luísa! Por mim, não tens de agradecer nada!
    É com muito gosto que te traga aqui estes sonetilhos com que respondo ao Poeta!

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