segunda-feira, 12 de outubro de 2015

VELAS

Imagem/Maria Laís Fett
Deus paira nas águas
não há horizonte ao longe
O tempo se move e se dissolve...

Te procuro como tu foste
e não te encontro na procura
Tudo mudou num instante

A terra e o mar que conheci
não existe mais
É tudo silêncio horizontal

O mar está brando
murmura segredos
Fala de morte
E de barcos sem norte

Deus não fechou Seus dedos
por isso te procuro
e quero desfazer
O que digo em horas mortas

E a despedida não me encanta
E esse adeus rápido e brando
Tem de ser de outra maneira

E volto...
A falar de Ti!


Maria Luísa Adães

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3 comentários:

  1. Belo!
    Análise feita por anónimos, desconhecidos e amigos
    e todos os outros, a quem amo e desconheço!

    Mª. Luísa
    Mª. Luísa

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  2. Querida amiga, creo que este velero te ha inspirado uno de tus más bellos poemas. Hay versos tan llenos de fuerza que son como una estrella que viniera a alumbrar el pensamiento. Un abrazo. Franziska

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  3. Francisca

    Meu pai era da Marinha de Guerra Portuguesa!

    e eu passei toda a minha vida muito perto do mar.

    Tíinhamos barco nosso na Arrábida, local de sonho, onde eu escrevi um livro que se esgotou
    e foi dedicado à Serra ao Mar e ao Vento.
    Tudo passa e se transforma
    mas os momentos felizes
    estão sempre na nossa memória, como dádiva de Deus

    Agradeço teu interesse pelas razões que sempre me levam ao mar!
    Mas sei que o mar é belo cruel,

    Assim como toda a beleza, se encontra envolvida pela crueldade
    que é outra "fonte da vida"...

    Beijos para ti e gracias pelo teu poder de análise e sensibilidade.
    Que Deus te acompanhe!

    Mª. Luísa

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