domingo, 6 de janeiro de 2013

Oferta do Ano 2013

http://poesiayvivencias.blogspot.pt






 O meu desejo de um bom Ano em 2013
 E acrescento um pouco mais!...


O interessante na Politica
É que o jogo não acaba mais.


A politica é o palco onde atores se criam
E se reinventam.

E a cortina do palco
Abre e fecha
Como outra condição de vida.


Os aplausos não duram muito

As multidões lesadas se saturam

E perdem sempre.


E a saída de um politico

Vem consagrar o outro

Que representa a outra peça.


O jogo é o mesmo

Representado no mesmo palco!



As palavras se parecem

Às intenções simuladas

A peça representada parece outra,

Mas não é!


Apenas o cenário muda

A forma de vestir muda

As palavras parecem mudar

Para outra forma de dar.



Mas o Final é o mesmo

A destruição é igual

E as cortinas se correm

E nunca deixam ver nada!



Há um esconderijo

Fechado a Sete chaves



E há um disfarce constante

E as multidões clamantes

Não importam

E são reduzidas lentamente...


Lamento não ter Esperança
De mudanças!



Mas desejo a Esperança
A mudança

O reparo neste Povo
Dócil e brando...

Só porque a Peça é sempre a mesma

E mal representada
E ninguém diz Nada!...


Maria luísa Adães



111 comentários:

  1. “Sem punição”

    Melhores dias virão
    E piores com certeza
    Muitos enriquecerão
    Uns cairão na pobreza

    Mas não é deve e haver
    O busílis da questão
    Estou mesmo em crer
    Ser de outra dimensão

    Como falta d’inteligência
    Para assumir a governação
    O que nos está a afundar

    E laivos de negligência
    Sem qualquer punição
    Também estão a ajudar.

    Prof Eta

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  2. Tenho esperança, ainda, Maria Luísa... não exactamente para mim, mas para a vida, terei sempre esperança, enquanto viver...

    Um bom e inspirado 2013 para ti! Abraço grande!

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  3. Mil cairão na pobreza
    Pr`a um só se enriquecer...
    Disso, tenho eu a certeza
    E espero nunca o esquecer!

    Parto deste postulado
    E com ele convivo bem
    Enquanto um povo enganado
    Canta ao PR, em Belém...

    Depois... há um comodismo,
    Uma inércia, um servilismo,
    Que parece não ter fim

    Ignorância à descrição
    Servida em primeira mão;
    E é mais ou menos assim...


    Abraço grande, Poeta!

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  4. O chá voltou

    E eu voltei!

    Beijos para todos, não esquecendo os mais pequenos, Ano Feliz!

    Maria luísa

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  5. É bom ter Esperança!

    E eu escrevi "Esperança" nos "7degraus" e o nosso amigo já por lá apareceu. Gostei!

    Beijos e Ano Feliz!

    M. Luísa

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  6. Gracias,

    Pedro Luís López Pérez

    de Poesiasyvivências / Espanha.

    Maria Luísa

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  7. É tudo o que nos resta, minha querida amiga; a esperança, o talento e a nossa capacidade de nos organizarmos e resistirmos... e é muito, Maria Luísa!
    Estou numa ligação louca e com uma dor de dentes infernal... em cima de todas as outras a que já vou estando habituada... não estarei, como podes calcular, no melhor da minha inspiração... duvido muito que me nasça algum poema nestas condições...

    um grande abraço para ti!

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  8. “Alma a tostão”

    Nosso futuro prometeu
    Mas nada foi alcançado
    O que o presente nos deu
    Foi o regresso ao passado

    E assim vamos andando
    Como o tal caranguejo
    Em ao passado chegando
    Bom futuro não antevejo

    Ouviremos discursos mil
    De vãs promessas plenos
    Aos vendedores de ilusões

    Quem assim te fala é vil
    Rege-se por bens terrenos
    Troca almas por tostões.

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  9. Boa notícia a do seu regresso, um bom ano para vós.
    Bjs.

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  10. A vida do meu chá ´

    É a minha própria vida!

    M. Luísa

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  11. Eu não estou nada bem e o Google dá muito trabalho com as mudanças que faz.

    Agora na Administração para colocar a imagem desapareceu a palavra Mágica
    "Procurar". Já mandei pedir ajuda a uma amiga de muito tempo, mas estou doente e cansada.
    Escrevi "Esperança" e ainda coloquei a imagem com o "procurar". apena há uns dias.
    Aparece...Mas hoje estou perdida e escrever um grande sacrifício.

    Beijos e obrigada por tuas palavras.

    M. Luísa

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  12. Lamento tanto, amiga. Também eu não estou mesmo nada bem fisicamente e mal me aguento em pé... tive muita dificuldade em tratar dos animais, hoje porque às dores "do costume" veio juntar-se uma enorme dor de dentes.... e a ligação passou a estar tão instável que cheguei a pensar nem sequer vir responder-vos e actualizar o meu trabalho online... e tudo funciona mal... acabo de receber um aviso de corte de água relativo a uma factura que foi paga no dia 21 de Dezembro. Mas estou tão cansada e tenho tanta papelada que nem sequer consigo encontrar o recibo dessa factura... mas que foi paga, foi! E uns dias antes do prazo limite, nos CTT... não sei o que se anda a passar com os SMAS que agora emitem avisos de corte por tudo e por nada... estou bastante mais limitada a nível físico e não consigo mesmo encontrar o recibo... tudo isto, para quem está com uma tremenda dor de dentes, é frustrante... mas sempre desabafámos uma com a outra... se a ligação continuar assim, terei de acabar por desistir de publicar online... ou seja onde for, porque uma foi consequência da outra...

    As tuas melhoras, Maria Luísa e um grande abraço!

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  13. Em verdade reconheço
    Que há muitas almas vendáveis
    Que até fazem o seu preço...
    São cidadãos "intragáveis"!

    Poucos ousam "dar a cara",
    Poucos sabem o que querem...
    È a ferida, que não sara,
    De aceitar tudo o que derem...

    Mas haverá, dentre nós,
    Quem esteja atento, informado,
    Capaz de erguer-se, de pronto,

    Mal sinta vibrar a voz
    Do seu direito roubado
    Por um sistema que é... tonto!


    Cá vai, atrasadíssimo, desinspirado por uma dor de dentes e sempre a saltitar entre a ligação "on" e "off"... o meu abraço!

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  14. O que se passa comigo é complexo e não dá para dizer.
    Lamento tudo quanto se está a passar contigo!

    Melhores dias? Para o nosso tempo? Ou para o meu (sou mais antiga)? Talvez para o teu...

    Espero que sim!

    Tenho um dente estranho, mas ontem no estomatologista me foi dito que estou a tomar um medicamento (do problema recente) que não posso tirar dentes e se o fizesse, teria de deixar o medicamento e só ao fim de 1 ano e 1/2, poderia tirar o tal dente. Fiquei estática, e se apossou de mim qualquer coisa de estranho, pois foi uma notícia que me deixou abalada.

    As coisas continuam mal, mas há quem esteja pior, mas isto eu não esperava...

    Tenho um problema no pc que descobri ontem,
    a nível dos "7degraus".
    Já me foi dito que é técnico e não sei que fazer.
    Hoje num blogs de Brasilia me fizeram uma homenagem sobre um comments que deixei e não faço a minima idéia do que escrevi. E assim, me prendo ao que tenho de deixar...

    Abraço e melhoras,

    M. Luísa

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  15. também eu estou a tomar um medicamento que torna muitíssimo arriscada qualquer extracção dentária... é a varfarina sódica, com a designação comercial de Varfine. Mas bastam alguns dias de interrupção... mas é sempre perigoso interromper este tratamento... tem altíssimos riscos... e eu preciso mesmo de extracções urgentes... e outras "reparações"... não sei como será mas não tenciono desesperar até que as dores o façam por mim... não tenho mesmo saída...

    abraço grande!

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  16. Não há saída para mim

    Vamos esquecer o que disse!

    M. L.

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  17. Não desanimes, amiga, por favor... não quero esquecer, quero que melhores!

    Beijo grande!

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  18. “Espiral”

    A espiral é recessiva
    Mas já vejo uma luz
    Fraquinha e inexpressiva
    Que tão pouco me seduz

    Está lá muito ao fundo
    Num túnel imaginário
    Escavado no mundo
    Deste nosso anedotário

    Contadores de anedotas
    Sem grande imaginação
    Não contam nada de novo

    Vão salvando bancarrotas
    À banca dão injecção
    Com o sangue deste povo.

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  19. o chá é sempre verdadeiro!

    Quem o prepara
    ou quem o serve
    ou quem o bebe...

    Esse e só esse pode não ser verdadeiro e ser perigoso. Cuidado!

    Já deixou comments sobre o que esvrevi no cimo, ou se limita a escrever sem reparar no princípio?
    Sem ofensa!

    M. Luísa

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  20. Quem disse que regressei?

    Fui eu? Então foi simbólico!

    Não regressei!...

    Abraço, M. luísa

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  21. Deve estar alucinado
    Se vê luz na escuridão
    Em que deixou mergulhado
    O povo desta nação...

    Cada vez mais negro e escuro
    Se apresenta este caminho
    Que se dirige ao futuro
    Em desnorte... mas "asinho"!*

    Sobre isto vamos falando
    E tecendo as nossas rimas
    Enquanto o formos podendo,

    Mas nunca sabendo quando
    Calarão tais "obras primas"
    Nem porque as vamos fazendo...


    Cá vai, ainda do mais fundo da dor de dentes temperada da irritação - muitíssimo justificada! - em que esta ensandecida ligação me está a deixar...

    * ASINHO - Lesto, rápido, despachado...

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  22. “Esta gente”

    A orgia do poder
    Foi de tal dimensão
    Acabaram por esquecer
    Ser filhos de quem são

    Mas que gente é esta
    Que está à frente da gente
    Será gente que não presta
    Ou será gente doente

    Que encaixa na perfeição
    Neste tempo miserável
    Em que tentamos viver

    Só abraça esta missão
    Gente assim tão execrável
    Que prefere ver-nos morrer.

    Prof Eta

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  23. O que escreveu no princípio já tinha lido faz muito tempo, faz parte do teatro conspurcado da nossa peça real.

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  24. Não só prefere... necessita
    De excluir muitos de nós
    Pr`a se poder manter rica...
    É, infelizmente, atroz!

    Não duvido um só segundo
    Que o perverso capital
    Seja a expressão, lá no fundo,
    Do tal fascismo... integral.

    Alguns loucos nem entendem
    O que aqui se vai passando
    Mas também eles passarão

    Pelo que outros compreendem
    E já vão denunciando
    Sem qualquer hesitação...


    Acho que estou sem ligação, de novo... estou tão cansada deste "tem-te/não-caias", Poeta...

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  25. “O circo humano”

    O bem está espalhado
    Mas o mal está atento
    Mantem o bem vigiado
    Só à espera do momento

    Mal tem um grande aliado
    Que é o humano sedento
    Por ver o irmão crucificado
    São actos do temperamento

    Pelos média banalizados
    Com massiva audiência
    Ao estilo coliseu romano

    Os melhores são premiados
    Por não ter benevolência
    Para com o ser humano.

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  26. Em verdade, a crueldade
    Só procura a frestazinha
    De tudo aquilo que invade
    Pr`a ser dona e ser rainha...

    Ela suborna e seduz!
    Insinua, a descarada,
    Que pode bem fazer jus
    À perversão mais malvada!

    Alguns serão premiados
    Por se mostrarem cruéis...
    Outros vão "tomar-lhe o gosto"

    Mas outros, mesmo "vendados",
    Dando os dedos, dando anéis,
    Olham-na e cospem-lhe o rosto!


    Cá vai, um bocadito melodramático... mas olhe que as coisas estão mesmo a ficar dramaticamente trágicas, Poeta...
    Abraço grande!

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  27. “Sessões contínuas”

    Holofotes da ribalta
    São a grande tentação
    Estão a ofuscar a malta
    Que logo perde a noção

    Por mais que se retrate
    Sobre tudo vale opinar
    No reino do disparate
    Para a fama alcançar

    E para à fama fazer juz
    Sem dever à inteligência
    Qualquer disparate produz

    Uma onda de indignação
    Sem qualquer consequência
    E logo começa outra sessão.

    Prof Eta

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  28. Pois... terei de concordar
    Que muitos, só pela fama,
    Muito irão conjecturar
    Sobre quem nos "faz a cama"!

    Nunca o "poder invisível"
    Foi tão bem representado
    Pela gentalha sofrível
    Que nos conduz, como a gado...

    Ele são tantos incidentes,
    Tantos direitos negados
    E outros tantos já perdidos

    Que até uma dor de dentes
    Faz ressoar, nos "tablados",
    As queixas dos já excluídos...


    Poeta, até o meu sonetilho vai meio disparatado... mas sim, é verdade e é naturalíssimo que assim seja. Não é o mais desejável, mas é humano... as pessoas sentem - literalmente! - o chão a fugir-lhes debaixo dos pés... encarando isto individualmente, muitos estarão habituados a este tipo de "desgraças" ... mas há uma enorme diferença entre a "desgraça", que pode acontecer a uma pessoa qualquer, e a que está a acontecer a todo um povo. É um tremendo fenómeno social e muitos sentem-no... outros, apenas o vão pressentindo. Pedir à generalidade da população portuguesa que pense e aja com alguma racionalidade é o mesmo que pedir ao meu Kico que venha para aqui escrever um soneto em decassílabo heróico enquanto eu vou lá dentro descansar um pouco...

    Abraço grande!

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  29. “The end”

    Os dois últimos seres
    Que no planeta sobraram
    Muito dados aos prazeres
    Por fim assim pensaram

    Foram tempos irracionais
    Que acabámos de passar
    Por isso não queremos mais
    E decidiram não procriar

    Num dia ao entardecer
    Quedaram-se a contemplar
    Toda essa irracionalidade

    Acabaram por morrer
    Nada mais há pr’a contar
    Foi o fim da humanidade.

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  30. “Zé pobrezinho”

    Austeridade gradual
    Veneno aos bocadinhos
    É uma receita desleal
    Não mata os coitadinhos

    Dentro do expectável
    Está a nossa recessão
    Um pouco desagradável
    Mas é a única solução

    No país intervencionado
    Está muito difícil viver
    Tem que haver reacção

    Neste país aqui plantado
    A solução não é morrer
    Mas morreu a revolução.

    Prof Eta

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  31. As revoluções não têm
    Um dia, ou hora, agendados...
    Ressurgem quando já crêem
    Dia e hora ultrapassados

    E mesmo sendo perverso
    O veneno que lhe dão,
    Como aqui me nasce o verso,
    Há-de haver revolução!

    Há-de surgir, tarde ou cedo,
    Contra indecisões do medo,
    Contra o que preciso seja

    Pr´a que se possa sentir
    Que; às vitórias do porvir,
    Nenhum de nós, talvez, veja...


    Abraço grande, Poeta! estou um bocadinho "azeda", hoje... penso que seja da dor de dentes que se está a eternizar...

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  32. “Meada”

    Não sou meio nem ponta
    Do fio dessa meada
    Da história que me conta
    Não quero saber de nada

    Na ignorância vivendo
    Não dou ponto nem nó
    Assim me vou mantendo
    De mim não tenham dó

    Meto pernas ao caminho
    Pr’alimentar os rebentos
    À noitinha se regresso

    A canseira é o carinho
    São os melhores momentos
    Desta meada que teço.

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  33. ... eu disse ao Anjo que iria tentar responder-lhe, Poeta... ainda bem que eu não prometi conseguir! Sabe que este seu sonetilho está uma pequena maravilha? Fico quase sem palavras, mesmo as da prosazinha comum... está tão bem conseguido que quase visualizo alguém a dizer-me isto, condensando toda a sua vida nestas quatro estrofes...


    MEADAS...



    Serás sempre meada, inteira ou não,
    Dum fio de vida em breve desfiar
    E quer possas, quer não, terás de ousar
    O fio da vida em tal contradição...

    Hoje, amanhã, depois... continuar!
    Que o tempo, sem a tua permissão,
    Sem tu lhe dares licença pr`a passar,
    Passou-te à frente e nem pediu perdão...

    Mas, venha lá quem venha, a vida é tua!
    Se a alma não protesta, o corpo sua...
    E suará demais se não te ergueres,

    Se não brandires ao vento, em cada rua,
    De braço levantado, o que em ti estua
    No punho das palavras que trouxeres!


    Olhe, Poeta... saiu-me em soneto "mal acabado". Precisa de muito trabalhinho para ficar menos "desafinado", mas foi o que saiu desta funda soneira em que estou... abraço grande!

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  34. “Previsões”

    As previsões d’outono
    É que me puseram assim
    Cortaram-me no abono
    Já não chega para mim

    As previsões de verão
    Com temperatura elevada
    Prometem muita recessão
    Desata tudo à chapada

    Lá mais para o inverno
    Deste mar de previsões
    Vejo a coisa muito bera

    Para sair deste inferno
    Prevejo na rua os canhões
    E uma nova primavera.

    Prof Eta

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  35. Antes de mais, Poeta, peço-lhe desculpa por não ter respondido ontem. A ligação estava execrável e eu dei comigo a ligá-la e religá-la, numa conversa com a Leonor, uma amiga do Facebook, que me fez rir até às lágrimas... acabei por me ir deitar, cheia de sono e a rir á gargalhada... parece paradoxal, mas olhe que foi mesmo assim...

    Talvez surjam os canhões,
    Talvez não, talvez... talvez...
    Não sei fazer previsões
    Como as que o Poeta fez...

    Só sei ver que isto é demais,
    Que terá de ser mudado,
    Que há falhas descomunais
    Sobre um povo espoliado...

    Vejo este povo a afundar-se
    E este governo a gabar-se
    De ver luz do outro lado...

    Eu, de modo bem diferente,
    Vejo é tudo escuro à frente
    Deste povo endividado...


    Abraço grande, Poeta!

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  36. “Último acto”

    Submetido a julgamento
    Neste tribunal celeste
    Não rejeitei por momento
    A pena que Tu me deste

    São as falhas dum humano
    Que caminhou no amor
    Pequenas nódoas no pano
    Em alguns momentos de dor

    Quem o caminho percorre
    Por mais santo que seja
    Leva sempre o prejuízo

    Dá-se conta quando morre
    Que a vida já não sobeja
    Numa esquina do paraíso.

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  37. Muito bom sonetilho, Poeta!

    Não sei se sou santa, ou não...
    Só sei que faço o que posso
    E não tenho outra ambição,
    Mesmo vivendo num poço...

    Todo o ser vivo se mede
    Nas circunstâncias da vida
    Que nunca dão quanto ele pede,
    Nem são feitas "à medida"...

    Entre acasos e vontades
    Se constrói uma existência
    Nesse contexto social

    Crescem, assim, sociedades
    E humaniza-se a consciência
    Que é seu eixo principal...


    Vai muito coxinho porque foi feito um tanto ou quanto à pressa... hoje estou hiper atrasada, Poeta... abraço grande!

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  38. “Alerta laranja”

    Está laranja especial
    Alerta em todo o país
    Por causa do temporal
    Tenho pingo no nariz

    Muito forte ventania
    Assola toda a região
    Mas isto já se previa
    Só falta vir a monção

    Qu’os deuses ensaiam
    Para varrer o que falta
    Será a grande enxurrada

    Por isso não se distraiam
    Se estou a avisar a malta
    A malta já está avisada.

    Prof Eta

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  39. ALERTA FICO!

    A malta fica avisada
    E agradece o nobre aviso
    Mas vai ser muito "lixada"
    Por um Tempo sem juízo...

    Lá se vão minhas marquises
    E o restante há-de ir atrás
    Pois por muito que me avises
    Sei lá do que ele é capaz...

    Enxurradas, sempre as houve
    E, até hoje, não morri
    Por isso aqui fico à espera

    Ao Temporal, se lhe aprouve
    Passar, hoje, por aqui,
    Nunca eu direi: - Quem me dera!


    Obrigada, Poeta! Não posso fazer rigorosamente nada senão esperar que ele não se lembre de levar as minhas marquises com ele...
    Abraço grande que o tempo está mesmo muito feio, por aqui!

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  40. “Saravá Maria”

    Salvé Maria regressada
    E eu devo confessar
    Com a cabeça passada
    Até esqueci de lembrar

    Mas finalmente lembrei
    De ir ao made em Lisboa
    A Maria reencontrei
    Sempre aquela pessoa

    Com história de arrasar
    Quem se lhe atravessa
    Nesse caminho trilhado

    Feito com muito suar
    Por isso não se lhe peça
    Que este seja alterado.

    http://maria-made-in.blogs.sapo.pt/

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  41. Seja então muito bem-vinda
    No retorno a Portugal
    Que a nossa terra é bem linda
    Mesmo quando há temporal...

    Tinha saudades do gato,
    - porque disso eu nem duvido! -
    Quer matá-las no recato
    De um descanso merecido!

    É mulher determinada
    E já deu pr`a entender
    Que o Mestrado segue em frente

    Porque ela, mesmo cansada,
    Quer estudar, quer aprender
    E ensinar, depois, "à gente"...


    Abraço grande, Poeta, Maria e Maria Luísa!

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  42. “Tentação”

    Em duodécimos é fixe
    O subsídio receber
    Sr.ministro não me lixe
    Eu não estou a perceber

    O senhor vai adiantar
    Parcela da remuneração
    Para depois nos roubar
    E não quer ser ladrão

    Como lhe iremos chamar
    Depois desta contradição
    Quando tudo vai levar...

    Pois é a bem da nação
    E também pr’a nos salvar
    Que o consumo é tentação.

    Prof Eta

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  43. Se o consumo é tentação
    Porque é que hão-de consumir-nos
    Até à plena exaustão
    Do que em labor conseguirmos?

    E teremos de escolher,
    Entre a forca e o garrote,
    Uma forma de morrer
    Sem que a matança se note!

    Nós, qual rebanho assustado,
    Reabrindo a própria cova
    Pr`a que nos vão empurrando,

    Ou, então, lançando um brado
    Que este governo remova
    E nos mude este comando1


    Um tanto ou quanto à pressa, Poeta, aqui vai com o meu abraço!

    PS - Vou no fim da segunda leitura do seu presente Não me lembro quanto tempo tive de esperar pela consulta, mas deu para reler, já com o espírito crítico que uma primeira leitura não permite, 97 páginas!

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  44. “Rico de amor”

    Aquele que não tem nada
    É que a leva bem direito
    Que não se sinta atacada
    Quem às balas dá o peito

    Se tem pingo de carácter
    Torna-se difícil a missão
    Tanta coisa para nos deter
    Mas ao impulso, dizer não

    Que este caminho seria
    Sem ti, mais deprimente
    Mas é a nossa mais valia

    Podermos gritar, presente...
    Não tenha que chorar um dia
    Por ver um de vós ausente.

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  45. Se um for, agora, "ausentado"
    Por alheia imposição,
    Já muito terá falado,
    Foi boa a contribuição,

    Mas, se mais cedo negado
    Seu cantar de oposição,
    Poderia haver estragado
    O resultado à canção...

    Que cada um siga em frente
    Ou, conforme o próprio entenda,
    Que se cale para sempre

    Porque a hora é decisiva
    Nesta poética "contenda"
    Que me impõe ficar bem "viva"...


    Aqui vai, embora muito atrasado, com o meu abraço!

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  46. “Rosa choque”

    Não quero almas penadas
    Na puta da minha vida
    Ou outras cenas maradas
    Como agulhas com sida

    Nem amores descartáveis
    Plenos de falsas ilusões
    Ou bonecas insufláveis
    Para aliviar as tensões

    Quero apenas essa rosa
    Que floriu no teu jardim
    Esse amor que perdura

    Essa forma tão fogosa
    De te exibires para mim
    Num bailado de loucura.

    Prof Eta

    ResponderEliminar
  47. Só há pouco aqui cheguei,
    Não sei a quem se dirige
    E não sei, sequer, se sei
    Do que fala, o que o aflige...

    Nunca sei aconselhar
    Sobre os "males de coração"
    Pois receio muito errar
    E criar mais confusão...

    Fui ao centro de saúde
    E ao posto de atendimento
    De quem está no desemprego...

    Se tenho alguma virtude,
    Seja esse o meu sustento,
    Pese embora o desapego...


    Aqui vai, Poeta, com o meu abraço e pedindo desculpa - mais uma vez - pelo atraso. Desta vez foi uma convocatória da segurança social à qual não poderia faltar de forma nenhuma... e tenho outra, para amanhã.

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  48. “Choque rosa”

    Dirijo-me a este mundo
    E ao próximo também
    Mas este pensar profundo
    Não se dirige a ninguém

    Dentro de mim nasceu
    Este sentir de inquietude
    Cedo deixou de ser meu
    P’ra atingir a plenitude

    É sentir da humanidade
    Este rosa choque à solta
    Mas passada a ansiedade

    Logo imensa calma volta
    Aqui nasce a liberdade
    Depois de toda a revolta.

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  49. Tinha chegado cansada,
    Por isso nada entendi...
    Rosa exausta, enregelada,
    Não vê quanto agora vi...

    Decerto anda o mundo inquieto
    Num estranho desassossego
    Que a TV mostra em directo
    E, às vezes, nem eu percebo

    Mas, calma por natureza,
    Não desisto de entender,
    Mau grado a minha pobreza

    E respondo, aqui, em verso,
    Tão só quanto perceber
    Acerca deste universo...


    Aqui vai, atrasado e muito coxinho... mas vai!
    Abraço grande, Poeta!

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  50. “Mercados sem povo”

    Toquem sinos a rebate
    Que já fomos ao mercado
    Não preciso de resgate
    P’ra comprar o pescado

    É a moral deste país
    Que precisa ser resgatada
    Mas isso ninguém diz
    Pois está envenenada

    O povo já não interessa
    Só interessa a finança
    Em catadupas d’informação

    Mas depois ninguém peça
    Que ao sentir vazia a pança
    Não se dê uma explosão.

    Prof Eta

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  51. Perdão, Poeta, mas o meu funcionamento online entrou em conflito com a minha disponibilidade física - até com a mais orgânica e primária das disponibilidades físicas... - e com o senhor Tempo... estou que nem sei para onde me vire...

    VIDAS TRANSACCIONADAS

    Fomos todos ao "Mercado"!
    E depois, no dia a dia,
    Mudará o triste fado
    Desta nossa economia????

    Nestes "jogos de crochet"
    Das finanças das elites,
    Quem se trama é sempre o Zé
    Que está farto de que o cites...

    Ser Humano, esse invisível,
    Já nem conta nas jogadas
    De tanta efabulação

    E o pior, o mais terrível,
    São as vidas condenadas
    Qu`inda nem sabem que o estão!!!


    Atrasadíssimo, mas com o maior dos meus abraços, Poeta!

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  52. “Black Jack”

    Vinte são treze mais sete
    Black Jack o vinte e um
    Sorte não se compromete
    Com jogador nenhum

    Mas aporta mil ilusões
    E faz jogada importante
    Para cativar multidões
    Há a sorte de principiante

    O vício vem a seguir
    Por já serem profissionais
    Depois é vê-los falir

    Por buscar sempre mais
    Sorte estaria em desistir
    Mas ao azar quedam leais.

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  53. "Hit the road, (black) Jack!"

    Deve ser um qualquer jogo
    Dos muitos que desconheço
    Pois não sei mas vejo logo
    Que esse há-de ter alto preço...

    Detesto jogos de sorte
    - ou de azar, tanto me faz! -
    Que me aborreçam de morte,
    Que me tornem incapaz,

    Me retirem qualidade,
    Lucidez, discernimento
    Ou poder de decisão!

    Eu sou, à minha vontade,
    A raiz de um pensamento
    Prontinho a dizer que não!


    Cá vai, atrasadíssimo e meio pateta, mas vai. Detesto jogos de azar, Poeta... detesto, no que a mim diz respeito e considero-os uma péssima influência para qualquer pessoa que se preze a si própria...

    Abraço grande!

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  54. “Múmia”

    Justiça dos sacrifícios
    É dúvida do orçamento
    Múmias para os egípcios
    Subiam ao firmamento

    Levavam o seu tesouro
    Para as portas franquear
    Rubis, diamantes e ouro
    Não se iriam sacrificar

    Ser múmia ou português
    Uma questão importante
    És múmia passas ao lado

    Dos sacrifícios de vez
    Português é insignificante
    E em vida é sacrificado.

    Prof Eta

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  55. Talvez múmias enroladas
    Em ligaduras sem fim
    Estejam a ser preparadas
    Neste mui luso jardim

    Mas já vi múmias andantes,
    Saltitando aterradoras
    A atacar os seus mandantes
    De formas mui promissoras...

    Mas eram só fantasias
    Que se criam pr`assustar
    Nalguns filmes de "terceira"

    Mostrando, em salas vazias,
    Que é bem melhor nem ligar
    A quem caia nessa asneira...


    Aqui vai com o abraço do costume... e o já costumeiro atraso, Poeta!

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  56. “Provocação”

    Aceitem a provocação
    Da minha sinceridade
    Porque vem do coração
    Num acto de liberdade

    Eu posso dizer que não
    Ou sim sem ambiguidade
    Mas não falho a um irmão
    Até sem consanguinidade

    Porque irmãos em Cristo
    Consanguinidade provém
    Do acto da própria bondade

    E já que fui chamado a isto
    Tentarei ver mais além
    Será nossa a felicidade.

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  57. SEM PROVOCAÇÃO


    Eu cá costumo afirmar
    Ser irmã de cada vida,
    Seja um bípede a falar,
    Ou fala desconhecida

    Como a de um gato a miar
    Pois fico sempre rendida
    Se os oiço a comunicar
    De uma forma mais dorida

    Mas nada disso me impede
    De saber que, sendo humana,
    Também humana é a sede

    Do que um poema me pede
    Porque um verso nunca engana
    Nas razões em que se mede...


    Abraço grande, Poeta!

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  58. “Partidarização”

    Dos ideais da revolução
    Só os de Março ficaram
    Rasgaram a constituição
    Ditadura amplificaram

    A esta nova escravidão
    Só uns poucos escaparam
    Mentores da partidarização
    Este sistema edificaram

    Para gáudio dos iluminados
    Que sempre nos enganaram
    Mas que saíram enganados

    Pois sempre subestimaram
    O poder dos esfomeados
    Da fome que eles criaram.

    Prof Eta

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  59. Bem eles tentam deturpar
    A Constituição de Abril
    Que vão tentando calar
    De forma acesa e febril!

    Bem nos tiram, dia a dia,
    Direitos já conquistados
    Ao poder da tirania
    Sobre os povos enganados,

    Porém creio, ou quero crer,
    Que jamais nos vencerão
    Venha lá o que vier

    E, da fome que impuserem,
    Nascerá, de novo, o pão
    Porque é pão que todos querem!


    Lá vai, com o meu abraço, Poeta!

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  60. “Caminhada no amor”

    Deus é coração
    Deus é carinho
    Deus é oração
    Deus é o caminho

    Deus vive em mim
    Para me compreender
    Com um Deus assim
    Não me vou perder

    Foi tudo o que senti
    Enquanto caminhava
    E me dirigia a Deus

    Foi quando percebi
    Enquanto conversava
    Ele é cá dos meus.

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  61. Quando assim foi encontrado
    Caminho para o caminho
    Tantas vezes caminhado,
    Depressa ou devagarinho,

    Se se sente encorajado,
    Se mesmo estando sozinho,
    Deixa as tristezas de lado
    Pr`a se rir, mesmo baixinho,

    Decerto é feliz, Poeta,
    E eu não devo estar inquieta
    Quando leio estes seus versos

    Nem de forma algo secreta
    Recusar-me a ser directa
    Indo por trilhos diversos...


    Cá vai, com o meu abraço, Poeta!

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  62. “Aguentarás”

    Aguenta sem abrigo
    Que eu vou aguentar
    Já tenho o meu castigo
    Milhões p’ra esbanjar

    Aguenta hirto e firme
    Aí debaixo da ponte
    Alguém me confirme
    Vejo lucro no horizonte

    Aguenta essa fome
    E esse frio também
    Que o futuro é aguentar

    Aguenta em meu nome
    Que não te faço refém
    Desta forma de pensar.

    Prof Eta

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  63. “Quando se come”

    Por quem lutou lutaremos
    Não estou a falar contigo
    Por quem morreu morreremos
    Estou a falar aos sem abrigo

    Lutas pelos teus milhões
    Nós pela nossa dignidade
    Enfrentaremos os canhões
    Sem um pingo de ansiedade

    Sem fazer qualquer desvio
    Nesta luta desigual
    Onde se ilude a fome

    E tenta iludir-se o frio
    Onde se passa menos mal
    Nos dias em que se come.

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  64. Quem luta por seus milhões
    São, felizmente, bem poucos
    E devem estar todos loucos
    Porque oferecem soluções

    Que passam por privações
    E, ao fazer ouvidos moucos,
    Vão ter de deixar-nos roucos
    De gritar nossas canções...

    Sei que a luta é desigual
    Mas, seja a bem, seja a mal,
    Há-de um dia encontrar Norte

    Pois sempre houve resistentes
    A lançar outras sementes
    Que não da pobreza e morte...


    Abraço grande, Poeta!

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  65. “Escravidão brutal”

    Na sociedade do brutal
    O homem é o animal
    Sem consciência afinal
    Do seu destino fatal

    Não passa dum numeral
    Ou um facto percentual
    Para estragar o arraial
    Montado pelo capital

    O homem é empecilho
    Se acaso se põe a pensar
    Não passa dum sarilho

    Duma enorme proporção
    Vamos ter que o domar
    Sujeitá-lo à escravidão.

    Prof Eta

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  66. LIBERTAÇÃO E VIDA!

    Estamos abaixo de feras!
    Vamos sendo, nestes dias,
    Escravos das "altas esferas"
    Da pior das tiranias...

    Somos "coisas" dispensáveis
    Das leis de oferta e procura
    Com sonhos pouco prováveis
    De impor-nos à ditadura

    Mas, entre nós, "desistência"
    É termo vão, sem sentido
    Nem lugar para crescer...

    Viva, então, a Resistência
    Que sempre tem conseguido
    Ter a força de vencer!


    Aqui vai, Poeta, com o meu abraço!

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  67. “UNIKO”

    Noutro tempo e lugar
    Em diferente dimensão
    Sem ser sítio d’encantar
    Todos deram sua mão

    Com violinos a tocar
    A violência do acordeão
    Todos consegue acordar
    Numa enorme profusão

    Melodia e ritmos a saltitar
    Numa aparente confusão
    Deves ouvir e apreciar

    Sem entrar em negação
    Assim conseguirás chegar
    Onde outros nunca chegarão.

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  68. “TV Rural”

    Deputados a apregoar
    Vai voltar o TV Rural
    Eu já estou a imaginar
    Agricultura em Portugal

    Crescem espigas de milho
    Girassóis em Sto.Ovídio
    Arma-se um grande sarilho
    Com a caça ao subsídio

    Portugal vira uma seara
    Trigo, cevada e centeio
    Governo dá todo o apoio

    O crescimento não pára
    Confirma-se o meu receio
    Em vez de trigo era joio.

    Prof Eta

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  69. “Mundo ao contrário”

    O mundo ao contrário
    É uma opção viável
    Pois o actual cenário
    Não passa d’execrável

    Vira-se do avesso
    Este mundo inútil
    Que assim tá de gesso
    Não passa de fútil

    Reinventa-se o mundo
    E com imaginação
    Dá-se-lhe um sentido

    Que este está imundo
    Entrou em depressão
    É um mundo perdido.

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  70. VIDA, APESAR DE TUDO


    Se este mundo, do avesso,
    Se mostrar menos perdido,
    Peguemos no seu começo
    Pr`a lhe dar outro sentido,

    Mostrando-lhe o nosso apreço
    Ter-lhe-emos garantido
    Um rumo novo e sem preço
    E um progresso indesmentido!

    Nem sei como consegui
    Mas penso aqui ter deixado
    O que as rimas nunca calam

    Apesar do tempo, aqui,
    Estar tremido e mal-parado
    Pelas tensões que me abalam...


    Não sei mesmo como consegui, mas aqui vai, Poeta, com o meu abraço!

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  71. “Poder em Portugal”

    Abundante o desalento
    Fez escoar a esperança
    Ouço o sopro do vento
    Não me soa a mudança

    Soa como um temporal
    Que nos está a arrasar
    É o poder em Portugal
    Que só sabe espezinhar

    Recebe doces saborosos
    Os quais gosta de lamber
    Não passam duns gulosos

    Que se agarram ao poder
    P’ra servir os poderosos
    Com poder de corromper.

    Prof Eta

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  72. "Outro poder..."

    Anda à solta, a corrupção,
    Neste jardim pequenino
    Onde um poder que é ladrão
    Tenta impor-se qual destino...

    É bem certo e já sabido
    Que os recursos são finitos
    Mas mal se ouve o estranho grito
    Que ressoa entre os aflitos...

    É tempo de se calarem
    Os gulosos do costume
    Que só o são por roubarem!

    Que ao mais pobre produtor
    Se não trate como estrume
    E saiba dar-se VALOR!


    Maria João
    Abraço, Poeta! Esse valor vai meio "gritado", eheheheh... mas foi assim mesmo que me saiu...

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  73. “Negócio do amor”

    Esquece os pensamentos
    Esvazia essa tua mente
    E sem constrangimentos
    Podes dizer, presente

    Presente de verdade
    Em todo o esplendor
    Esvazia-te d’ansiedade
    Entrega o teu amor

    Não exijas o retorno
    Que isto não é negócio
    Mas se o deste com sentido

    Na conta verás o estorno
    Depositado por um sócio
    Com amor serás reconhecido.

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  74. Só faltava, só faltava...
    Já agora... a Poesia,
    Pois nem ela se livrava
    De se ver "mercadoria"

    E, nos versos que cantava,
    Noite a noite e dia a dia,
    A Poesia cobrava
    Quanto nela se escrevia...

    Tendo em conta que o Amor
    Não se esgota num binómio
    Nem se aprende - é quando for! -

    Poeto, com muito ardor,
    A fugir do manicómio
    Que é o meu computador...


    Pois, Poeta... foi o que me ocorreu... e é a pura verdade! Este computador está doidinho de todo e não faz outra coisa senão tremer tanto que quase não consigo ler nada... quando a ligação não bloqueia, claro, e me deixa que tempos "pendurada" à espera que ele se resolva a"desbloquear"... mas a verdade é que escrever também é um acto de amor, sobretudo quando se escreve poesia...

    Abraço grande!

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  75. “Secretário do povo”

    Franquelim já baralhou
    Partiu e deu de novo
    Antes na banca trabalhou
    Agora trabalha p´ró povo

    Ao serviço desta nação
    Revela sua idoneidade
    Quem lhe chamar ladrão
    Não revela honestidade

    É nobre a nova função
    De novo deve baralhar
    E sem ponta de cinismo

    Vai promover inovação
    Criatividade impulsionar
    E até o empreendedorismo.

    Prof Eta

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  76. “Música no parlamento”

    Grândola no parlamento
    Foi um hino à revolução
    É chegado o momento
    Do povo dizer que não

    Não em tom de lamento
    Nem de cravo na mão
    Não nos faça de jumento
    Todo e qualquer ladrão

    Que o povo sem sustento
    Vai entrar em convulsão
    E os discursos ao vento

    De nada vos servirão
    Nem o cacete virulento
    Das forças de dissuasão.

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  77. “O país de FJV”

    Eu já pago sem bufar
    Até engulo o caroço
    Se mais querem levar
    Já só fico pele e osso

    O IMI é por ter tecto
    O IRS pelo trabalho
    O IVA pelo objecto
    E se fossem pró cara...

    O ISPP p’ra me deslocar
    O IA para ter carrinho
    Pago eu e pagas tu

    Que mais irão inventar
    Se o fiscal for parvinho
    Mand’o logo tomar no c´.

    Prof Eta

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  78. “Dar a vida”

    Dar a vida sem morrer
    É um desígnio infinito
    Como pode acontecer
    Para dá-la, dela necessito

    Eu à vida não pertenço
    Pertenço a um todo maior
    Dou-me à vida se penso
    Deixar um rasto de amor

    Podes não acreditar
    Naquilo que eu te digo
    Talvez explicar não consiga

    Mas a vida não posso dar
    Para estar sempre contigo
    Não sou dono desta vida.

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