quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Prémio Dardos 2012/Oferta




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 O Prémio Dardos criado pelo escritor espanhol Alberto Zambadeque em 2008 destina-se a reconhecer valores culturais, éticos, literários, demonstrados por cada blogueiro na sua criatividade por meio de seu pensamento que está e permanece intacto entre as suas letras e as suas palavras.


E homenageio o "Povo Português" do qual faço parte, pela forma ordeira
como se tem manifestado neste problema tão grave que atingiu as classes
Mais Pobres que ficaram reduzidas a duas classes :

 Pobres e ricos.

 Assim, se destrói a vida e a cultura de um Povo!



Maria Luísa Adães






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81 comentários:

  1. eu não mereço fofa...

    tou por aqui no meu cantinho
    onde apanho as minhas destiladas "águas"

    mas mesmo assim
    ao quadrar seja que verbo
    sempre considerado o que nos une...

    palavras de teor e amor...na palavra


    beijinhos de aqui da Serra
    onde faz frio
    e arreganhamos seja o que for ...

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  2. “Europa final”

    Esta Europa vigente
    Está na contagem final
    O declínio é evidente
    A música é bestial

    Um metal bem puxado
    Com cordas a vibrar
    Ouve-se por todo lado
    Põe a malta a pular

    E de cabeça marada
    Com notas emocionantes
    Pela banda bem afinada

    Nada ficará como dantes
    Depois desta rocalhada
    Uma Europa de pedantes.

    Prof Eta

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  3. “Repetição”

    Repetição do passado
    Nos futuros que virão
    Tão certos com’os fados
    Da nossa melhor tradição

    Assim como a saudade
    Não ficará do presente
    Dum tempo d’insanidade
    Povoado de gente demente

    Há esperança que não morre
    Mas é certo ficará insana
    Com tantas desilusões

    Vendo esta gente que corre
    Contra a sua raça humana
    Num futuro com repetições.

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  4. Foi-se dando um passo atrás
    E outro, sem se perceber
    Que há quem seja bem capaz
    De tudo, pelo poder!

    Mas, andar pr`a trás, não quero
    Que o tempo era um tempo injusto
    E, às vezes, mal me tolero
    Se lhe evoco, enorme, o custo...

    Esperança, enquanto esperança for,
    Deita a mão a qualquer tempo,
    Dá-lhe a volta e, logo mais,

    Germinando, irá impor
    A sua força, ao lamento,
    E o seu brado, aos velhos "ais"...


    Abraço grande, Poeta!

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  5. Mudaste de post e publicaste um pequeno historial sobre o Prémio Dardos!
    Também para mim?! Muito obrigada, Maria Luísa!
    Vou colocá-lo no Prémios e Medalhas!
    Deixa-me só ver bem uma coisa... eu penso que ontem não cheguei a trazer o sonetilho até cá... hoje deixei-te este em duplicado porque fui induzida em erro pela falta do de ontem... já nem me entendo comigo mesma mas vou buscá-lo agora!
    Abraço grande!

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  6. Essa Europa reduzida
    Não é justa com certeza
    Pois não tem respeito à vida
    Nem lhe traduz a riqueza!

    Não respeita os cidadãos
    Nem lhes dá justiça alguma...
    Só alguns terão nas mãos
    Quanta riqueza se assuma!

    Quanta música surgir,
    Será, decerto, bem-vinda
    Se cantada de vontade

    E jamais por impedir
    Todo o desejo que ainda
    Possa haver, de liberdade!



    Abraço grande, Poeta!

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  7. Eu é que sei que mereces e não tu! Leva!

    M. Luída

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  8. Eu estou doente com uma crise que surgiu inesperada.
    Mas agradeço que recebas!

    M.L.

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  9. “Gritaria não”

    Vinte meses apenas
    P’rá linha de chegada
    Mortos são às dezenas
    Ao longo da caminhada

    Representam o sacrifício
    Desta longa maratona
    São os ossos do ofício
    Relvas não nos abandona

    Procura dar-nos alento
    Só não quer é gritaria
    Que incomode majestade

    Paguemos o seu sustento
    Pois essa é a única via
    P’ra não sentir austeridade.

    Prof Eta

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  10. Não sei que corrida é essa
    Que inclui o Relvas e tudo
    Nem que incumprida promessa
    Surge desse apelo mudo...

    É a corrida ao poder?
    Mas no poder já eles estão
    E assim fico sem saber
    Até da "refundação"...

    Se é pr`á chegada de alguém
    Estou pronta pr`ás "boas-vindas"
    Mesmo que não possa andar

    Pois não hei-de ficar sem
    Dizer-lhe as palavras lindas
    Que agora estou a lembrar...


    Abraço grande, Poeta!

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  11. “Refundidos”

    É tempo de refundar
    Três vivas à refundação
    Antes mesmo de afundar
    Esta belíssima nação

    E eu que vos proponho
    Este brinde vigoroso
    Estarão comigo suponho
    Em momento valoroso

    Refundados nós teremos
    Outro futuro, outra vida
    Mais além chegaremos

    Pátria de novo nascida
    Refundados nós seremos
    Viva a pátria refundida.

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  12. Não faltam neologismos
    Pr`a tapar as grandes falhas
    Que mais me parecem sismos
    Ou disfarce de umas gralhas...

    Não estou com quem quer reformas
    De um sistema já... estragado!
    Lamento, mas uso normas
    Mesmo que seja pecado!

    Pegar no "mal", "refundá-lo",
    Querer transformá-lo num bem,
    Impingi-lo, sustentá-lo,

    Dar-lhe uma volta, enfeitá-lo
    Só para agradar a alguém...
    PESSOAL; É PR`AFUNDÁ-LO!!!

    Cá vai, com o meu cansadíssimo abraço, Poeta!

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  13. “Reafundar”

    Refundação terminada
    Venha já o orçamento
    Ou então não sobra nada
    P’ra dar ao salazarento

    O povo aguenta mais
    Já apregoa o banqueiro
    E eu vejo disso sinais
    Os que faz o timoneiro

    Duma nau já sem rumo
    Ao sabor desta tormenta
    Remem todos com vontade

    É dado certo, não presumo
    Este é um povo que aguenta
    Com todo a austeridade.

    Prof Eta

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  14. Não remam, não! Já cansados
    De aturar tais disparates,
    Levantam-se, amotinados,
    Mandam a nau pr`ó... Eufrates!

    Mudemos de timoneiros
    Que, a estes, ninguém os quer
    E o mar é dos marinheiros,
    Não se verga ao deus-poder!

    Já com tanta austeridade
    Se afunda a nau das promessas
    Que prometem sem verdade

    Que antecedem tal motim
    E os tripulantes, sem pressas,
    Pegam no timão por fim!


    Abraço grande, Poeta!

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  15. “Dia das bruxas”

    Halloween muito feliz
    Nossa antiga tradição
    Pelo menos assim se diz
    A mim parece-me que não

    Com abóboras iluminadas
    E um sorriso recortado
    Abóboras parlamentadas
    E o orçamento votado

    Sentido de dever cumprido
    Para este país refundar
    Com gostosura ou travessura

    Parece que está decidido
    Isto é mesmo pr’afundar
    Não é das bruxas a loucura.

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  16. Halloween parlamentar,
    Foi aquilo que entendi...
    Não vos queria chatear
    Com quanto por lá ouvi,

    Mas fiquei quase a chorar
    E garanto que perdi
    O poder de controlar
    Toda a fúria que senti

    As abóboras fugiram
    E a multidão foi crescendo,
    Mas o OGE passou

    E, deste lado, surgiram
    Certezas a que me prendo
    Nesta tristeza em que estou...


    O outro nem sequer era parecido, mas foi-se, Poeta... de qualquer forma tenho sempre muita dificuldade em escrever quando estou com febre...
    Abraço grande!

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  17. “Troika nossa”

    Vai dizendo a troika nossa
    Iremos sempre mais além
    Sem que culpa seja vossa
    Contribuam como convém

    Não sabemos se causa mossa
    Mas se estão vivos, estão bem
    Aguentam austeridade grossa
    E o plano B já lá vem

    Assim vamos esvaziando
    Todo o vosso rendimento
    Mas sempre a bem da nação

    Cá nos vamos apaparicando
    Na cantina do parlamento
    Mas só com ovas de esturjão.

    Prof Eta

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  18. Eles que vão comer caviar
    Para um planeta qualquer
    De outro sistema estelar
    Porque, aqui, ninguém os quer!

    Nem a eles nem aos vendidos
    Que andam a apaparicá-los
    Ou que estão tão distraídos
    Que nem sabem criticá-los!

    Já não temos soberania,
    Nem temos coisa nenhuma...
    Mal nos resta a "imparidade"

    De ir criando a mais-valia
    Pr`a todo aquele que avoluma
    Esta absurda austeridade...


    Abraço grande, Poeta!

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  19. “Ai povo”

    Ai povo unido
    Cabelo comprido
    Charuto mordido
    Sem Abril cumprido

    Na teia do partido
    P’la corrupção engolido
    Eu te faço um pedido
    Afasta esse prurido

    Faz-te mesmo união
    Sem qualquer pretensão
    A não ser cada irmão

    Sentindo o seu coração
    E cada mão na mão
    Construa essa união.

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  20. “Insolvência moral”

    O FMI vem ajudar
    Para a despesa cortar
    Não sabemos governar
    Vamos ter que pagar

    Juros até à morte
    Por esta assessoria
    País pobre e sem sorte
    Escolheu a sua via

    A austeridade brutal
    Espécie de opressão
    A dependência total

    Que não é solução
    A insolvência moral
    Levou a esta decisão.

    Prof Eta

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  21. A corja do capital
    Hipotecou-nos a Terra!
    Vêm ver se Portugal
    Está submisso... ou lhes dá guerra!

    Se à custa de um povo inteiro
    Alguns se mostram servis,
    Já o povo é justiceiro,
    Não verga tanto a cerviz!

    Para nada trabalhamos,
    Em vão nos sacrificamos,
    Por esta conta impagável,

    Porque, pagar... não pagamos
    Por mais que, afinal, queiramos...
    Isto é mesmo insustentável!


    Abraço grande, Poeta!

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  22. “Casulo”

    Homem não é união
    Mas sim a desunião
    Homem não é evolução
    Mas sim a desagregação

    Promove confrontação
    Bom motivo de discussão
    Mas também de destruição
    Sempre por uma boa razão

    Mas no dia em que a utopia
    Tenha deixado de o ser
    Pode o homem destruir

    Esse casulo que impedia
    A cada homem o homem ver
    E já pode a união construir.

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  23. Nem por oito... nem oitenta!
    Não somos seres tão malvados
    Quanto o que pr`aí se inventa...
    Estamos só... mal acabados...

    Somos capazes do bem,
    Somos capazes do mal...
    Somos, quando nos convém,
    Como qualquer animal

    E apenas a razão
    De criar complexamente
    Discrimina a nossa acção,

    Não teremos intenção
    De sermos apenas gente...
    Mas é essa a conclusão!


    Abraço grande, Poeta! Estou num dos meus dias de cepticismo... alguma irracionalidade e muito cepticismo, nem eu sei porquê!
    Não digo que é da febre porque ela tem sido o bode expiatório de todos os meus defeitozinhos, mas...
    Beijinho para a Maria e para os pequeninos!

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  24. “Assalto à vida”

    Vens por poucas horas
    Mas te digo são demais
    Nossas vidas tu devoras
    Então porque não te vais

    Então porque não te calas
    Dizia o rei muito bem
    Dispensamos tuas falas
    E tuas receitas também

    Quinto império vencerá
    IV Reich é maldição
    Vai de retro satanás

    Não és bem-vinda por cá
    Nem queremos a aflição
    Da nova câmara de gás.

    Prof Eta

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  25. “Até à morte”

    Mundo de gente normal
    Há muito que não existe
    Existe um outro surreal
    Onde a demência persiste

    Terminou com a moral
    E o demónio não desiste
    Transforma o bem em mal
    Cria um mundo assim triste

    Mas eu não me conformo
    Com esta triste evolução
    Não me entrego assim à sorte

    A ver se o mundo transformo
    Nesta luta não há rendição
    Nem que lute até à morte.

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  26. Decerto nunca existiu
    "Mundo de Gente Normal"
    Se o homem nunca assumiu
    A condição de animal...

    Julga ter plenos direitos
    Sobre toda a Natureza
    Nunca aceitando os defeitos
    Da sua imensa avareza...

    Toda a luta, aqui, na Terra,
    Se faz mesmo até à morte,
    Seja paz ou seja guerra...

    Toda ela se desenrola
    Neste escrutínio da sorte
    Que, no final, nos imola...



    Um abraço grande, Poeta!

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  27. “Obama prisioneiro”

    Obama nobel da paz
    Esperança dum povo
    Mostrou que é capaz
    De ser eleito de novo

    Obama prisioneiro
    Do sistema moribundo
    Terá sido o primeiro
    Esperança deste mundo

    Povo vive d’esperança
    E abraça esta utopia
    Que está a terminar

    O mundo já não avança
    Tem momentos d’alegria
    Nas vésperas de colapsar.

    Prof Eta

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  28. Foi simbólico, decerto,
    Mas, depois de bem "espremido",
    Seguiu o sonho encoberto
    De um jogo bem mal escondido...

    Já se prova a mão severa
    Desse império de "gigantes"
    Que a tantos nos desespera
    Sempre igual ao que era dantes...

    Agoniza o capital;
    Disso nunca duvidei
    Mas sei que, antes de partir,

    Contra o destino fatal
    Negando quanto apontei,
    Mente e mata até cair...


    Obrigada, Poeta!

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  29. “Evolução®”

    Nesta sociedade do boato
    Não faças orelhas moucas
    Vais concluir que de facto
    Verdades são muito poucas

    Mentira assim repetida
    Tantas vezes sem fim
    É a verdade adquirida
    Na sociedade do frenesim

    Ouve, aprende a filtrar
    Essas mentiras mil
    Fazem parte da evolução

    Ouve, aprende a criticar
    P’ra que num dia d’Abril
    Sejas tu ®evolução.

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  30. Que nunca o seja de um só,
    Sob a pena de o não ser...
    Revolução não é nó
    Que um só possa desfazer...

    Desde muito pequenina
    Sei da falha relativa
    Da verdade que se ensina,
    Que, às vezes, tanto cativa...

    Mais filtros do que os que tenho,
    Poucos, decerto terão
    Nesta estranha sociedade,

    Neste mundo onde desenho,
    Com a minha própria mão,
    O esboço de outra verdade...


    Abraço grande, Poeta!

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  31. Deixou de discutir! Eu o calei!
    Amigo, vá aos "7degraus" leia, por favor e comente se quiser.
    É a parte principal de mim e gosto que os meus amigos me leiam.
    Você, é um deles!

    Abraço, Mª. Luísa

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  32. “Desevolução®”

    Desta gente já fartinho
    Pus-me a ouvir grafonola
    Bebi uns copos de vinho
    E o dito subiu-me à tola

    Pensei um discurso ouvir
    Vindo do fundo dum poço
    Gritei-lhe para o repetir
    Mais alto que o não ouço

    Promessas pareciam ser
    Dum futuro bem risonho
    Acordei meio amassado

    No presente e a tremer
    Verifiquei muito tristonho
    Ser o regresso ao passado.

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  33. Chegou-me a mim, bem do fundo
    De algum sonho imprevisível,
    Outra voz, de um outro mundo
    Possivelmente invisível...

    Contou, lá das profundezas,
    Mas de forma a que eu ouvisse,
    Dessas humanas fraquezas,
    Sem qualquer gabarolice...

    Respondi que os tais copitos
    Não nos dão qualquer saúde
    Nem futuro que se preze...

    Antes ter sonhos bonitos
    - ou comer mais amiúde... -
    Na minha profunda ascese!


    Abraço grande, Poeta!

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  34. “Novas danças”

    Não durmas irmão
    Permanece acordado
    Se dormes, a situação
    Coloca-te no passado

    Deixa ficar o colchão
    No sítio movimentado
    E levanta-te desse chão
    Onde estavas deitado

    Busca uma revolução
    Não fiques acomodado
    Porque o mundo então

    Ao ver-te assim prostrado
    Faz-te carne p’ra canhão
    Vem dançar ao nosso lado.

    Prof Eta

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  35. Eu, em dançar, já nem penso
    E ando muito dorminhoca...
    Só nos poemas compenso
    Este "recolher-me à toca"...

    Talvez carne pr`a canhão
    Ou mesmo alvo paradinho
    Que pr`aqui está, mesmo à mão,
    Na armadilha do seu ninho...

    Porém, calada não estou,
    E as palavras vão voando
    Pr`a quem as quiser escutar

    O que sentiu, ou pensou,
    A poeta, questionando
    Quanto aqui pôde encontrar...


    Abraço grande, Poeta!

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  36. “Carrossel”

    É no carrossel da vida
    Que revejo estas voltas
    Tanta oportunidade perdida
    Tantas vezes as revoltas

    Tanta gente incompreendida
    E tantas palavras soltas
    Faz parte da íngreme subida
    Certezas em dúvidas envoltas

    Um caminho cheio de pedras
    Com o desespero à mistura
    E dúvidas sobre a missão

    Importa que não te percas
    Sabendo que a vida é dura
    Tenta não viver em vão.

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  37. “Tiro de partida”

    Militares saíram à rua
    Mas não p’ra guerrear
    Ideal não se prostitua
    Que só vieram protestar

    Mas estava prostituído
    Esse ideal da revolução
    Que Abril foi possuído
    Por políticos de tostão

    E este país destruído
    À beira da escravidão
    Viu a tropa na avenida

    Um desfile sem sentido
    É mais um na multidão
    Sem o tiro de partida.

    Prof Eta

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  38. ... mesmo assim, não estou rendida
    Que isto das revoluções
    Passarem numa avenida
    Não lhes define intenções...

    Tudo se vai construindo
    E eu não sou mulher de pressas
    Que não veja o que vem vindo
    Por ruelas e travessas...

    Tenho, por vezes, saudades
    Dum tempo em que me "mexia"
    Sem tantas dificuldades,

    Mas nada posso fazer
    Senão dar-me, em cada dia,
    No que conseguir escrever...


    Abraço grande, Poeta!

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  39. “Sétimo dia”

    Não sabes mas foi Deus
    Descansou ao sétimo dia
    Não o podem fazer os ateus
    Podem ter outra filosofia

    Com afinco trabalhando
    Todos os sete os dias
    Na eira o centeio malhando
    Nasceu o pão que comias

    Agora já não há centeio
    O pão deixou de nascer
    Não é necessário malhar

    Seis dias dás um passeio
    Ao sétimo para desmoer
    Podes aplicá-lo a trabalhar.

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  40. “Fado austeridade”

    Angela à terra descia
    Esta terra ingovernável
    Em visita de cortesia
    Que cortesia é saudável

    Saudamos o teu gesto
    Nós povo desta nação
    Com futuro indigesto
    Sem ter conduto no pão

    Nesta terra da saudade
    Onde a dívida é lei
    Aonde a lei é fado

    O fado é austeridade
    E austeridade bem sei
    Deixa o povo esfaimado.

    Prof Eta

    ResponderEliminar
  41. Cortesia de aparências
    Nos joguinhos de poder
    Com que suas excelências
    Vão deitar-nos a perder!

    De traidores e ditadores
    Estamos todos muito cheios!
    Falta a comida, os valores
    E avançar contra os receios!

    Nenhum fado nos obriga
    A ceder a soberania
    E a acalentar os tiranos

    Que a nossa lusa barriga
    Está a ficar mais vazia
    Do que estava, há muitos anos!

    Aqui vai, Poeta, com o meu abraço!
    E outro, bem grande, para ti, Maria Luísa! Desculpa nem sempre ter tempo para te deixar dedicatória mais personalizada. Acredita que já me vai sendo muito difícil aguentar-me muito tempo sentada ao computador.

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  42. Não governa, mas faz parte de qualquer Governo no mundo, bom ou mau!

    M. Luísa

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  43. “Elite ofuscada”

    O direito à indignação
    É um direito universal
    Quer te indignes ou não
    Tenta cumprir Portugal

    Filho que és da nação
    Evita fazer-lhe mal
    Bem basta a provocação
    Deste momento actual

    Em que a elite ofuscada
    Pelos desmandos da troika
    Carregada de optimismo

    Não se indigna com nada
    E empurra a nação heróica
    Em direcção ao abismo.

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  44. Não tarda vou estar em greve
    E, amanhã, nada direi...
    Respondo mas vou ser breve,
    Que à greve, eu não faltarei!

    De elites do capital
    Estamos nós muito cansados
    E é pela Greve Geral
    Que iremos dar-lhes "recados"!

    Porque a luta continua
    Enquanto injustiça houver,
    Eu não hei-de abandoná-la!

    Nem eu, nem todo o que sua
    Pr`a ter um pão pr`a comer
    E o direito de sonhá-la!


    Abraço grande, Poeta! Amanhã não responderei. Tudo isto é muito simbólico, eu sei, mas é este o único trabalho que eu vou conseguindo fazer e estará parado, em greve geral, durante todo o dia 14.11.2012.
    Provavelmente irei até ao Facebook para tentar acompanhar a luta dos que saem às ruas, mas não publicarei nenhum trabalho meu. Beijinhos para a Maria e para os meninos!

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  45. O chá não faz greve por inerência de funções.

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  46. E no Facebook já se admite a perda de vidas...

    Esta gente enlouqueceu e não sabem o que dizem.
    Cuidado, morrer não é aproveitar os feriados, fazer pontes e passear. Que povo estúpido!

    Cada um tem o governo que merece! E é verdade!
    Infelizmente a ignorância predomina.

    Imaginem ...mortes! loucos!

    M. luísa

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  47. A ler o que digo acima o chá vai passear para longe de um País que não sabe governar, nem sabe ser governado.

    M. L.

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  48. estão mesmo a destruir-nos estes pelintras
    importantes...

    um xoxo de aqui dos calhaus

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  49. “Ano da serpente”

    Empobrece alegremente
    Não faças greve geral
    O governo não te mente
    Faz o nivelamento global

    Nivela ordenado da gente
    Por uma bitola intemporal
    Que existiu anteriormente
    Quanto te pagavam em sal

    Agora a salga é diferente
    Vão salgar o estado social
    Será nivelado outra vez

    Passa a estado deprimente
    E o nosso país natal
    Passa a ser o do chinês.

    Prof Eta

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  50. Eu, alegre, empobreci,
    E cá estou, alegremente...
    Mas, daquilo que eu sofri,
    Não quero pr`a toda a gente!

    Salguem lá quanto quiserem
    No luxo e nas mordomias,
    Só não salguem os que auferem
    Tão pouco, por mais-valias...

    Pobre do Estado Social
    Que está todo esburacado
    E à beira de nada ser!

    Pensam alguns; "Não faz mal!
    Está tudo anestesiado
    E prontinho pr`a morrer..."


    Abraço grande, Poeta!

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  51. Estão a destruir
    com consciência ou sem ela...

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  52. Essa ironia não fascina!

    M. Luísa

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  53. Qual Palácio?

    Agora se bebe Whiskey
    O chá não interessa a esta gente
    tanto de um lado
    como do outro.

    Não há escolha
    Vamos esquecer o chá!

    M. Luísa

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  54. a consciencia deles é o Tacho...

    feliz noite

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  55. “Animal imperfeito”

    Estamos só mal acabados
    É verdade agora e aqui
    Mas também escavacados
    Como imaginava Dali

    Vazios de revolução
    Vazios de novas ideias
    Sempre em desconstrução
    Nas inconscientes boleias

    Desde o vazio perfeito
    Ao pleno conflito moral
    Em ambígua contradição

    Homem, animal imperfeito
    Abraçando o bem e o mal
    Vejo em Dali a evolução.

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  56. O caminho é tortuoso, já há muito que somos os chineses da Europa e estão a forçar-nos ao último passo, a morte, com ou sem glória.

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  57. Acabo de perder um sonetilho que não foi lá muito fácil de produzir porque não estou nada bem... que aborrecida, esta falta de ligação...

    Vejo, em Picasso, bem mais
    Do que em Dali pude ver...
    São diferenças bem normais
    E a questão está em escolher...

    Vazia, não estou, decerto,
    Nem a moral me assombrou
    Mesmo sem ter descoberto
    Quem sou, ou pr`a onde vou...

    Perfeita é que nunca fui
    Mas sou deste estranho tempo,
    Disso não me apartarei,

    Destes versos se conclui
    Que, mesmo tendo talento,
    Nunca à fama chegarei...


    Um abraço, Poeta! Espero não perder também este...

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  58. Essa está muito boa.
    No fundo todos defendem o "Tacho"

    e os sindicalistas que estão como Deputados, foram aumentados este ano e recebem todos os subsídios,mas todos e de todos os partidos por lá espalhados. Nesses ninguém fala!

    E isto se chama salvar o povo? Que povo? A mim não e a ti? também não!

    M. L.

    M. Luísa

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